Florianópolis sedia congresso e feira voltados à educação
O Centro de Convenções CentroSul, em Florianópolis, é palco desde esta quinta-feira (10) do Congresso Educasul 2015 e do Expo Estudar, dois eventos voltados à área de educação. O congresso prossegue até sexta-feira (11) e é voltado a professores, coordenadores pedagógicos e gestores de unidades escolares e demais profissionais ligados à área. Já a feira Expo Estudar, com entrada gratuita, vai até sábado (12), com a proposta de mostrar ao público de todas as idades as opções de cursos de todos os níveis de ensino, cursos de idiomas, lazer, entre outros.
Na Expo Estudar, ao todo, 29 expositores oferecem opções de formação, crescimento profissional e aprimoramento pessoal nos mais diversos segmentos educacionais. Além disso, o público pode acompanhar palestras, talk-shows, apresentações musicais e artísticas e lançamento de livros. A feira é aberta a visitação das 13 às 20 horas.
O Congresso Educasul 2015, que acontece paralelamente à feira, tem como tema este ano “Direito dos educandos e os currículos da Educação Básica: propostas e desafios”. Para isso, os organizadores do evento vão promover palestras, mesas temáticas e grupo de trabalhos com profissionais de renome na educação.
Na tarde desta quinta, uma das mesas temáticas tratou do tema “A contribuição das áreas de conhecimento para a superação de percursos formativos fragmentados”. Sob a coordenação do professor doutor Luís Carlos de Menezes, na Universidade de São Paulo (USP), um dos tópicos discutidos foi a criação da Base Nacional Comum da Educação, que deve ser concluída até junho de 2016.
“Já temos os parâmetros e as diretrizes curriculares, além do Plano Nacional de Educação (PNE), que sinalizam o que fazer, mas ainda não há uma política educacional em escala nacional”, explica o professor. O objetivo dessa Base Nacional é oferecer um currículo básico que deve ser seguido por todas as escolas, em todo o território nacional. “Essa base deve ser de, no máximo, 60% do currículo. O restante tem que ser preenchido com produção local.”
Para Menezes, a Base Nacional Comum da Educação será importante o desenvolvimento do Brasil. “Países do nosso porte, se não tiverem uma articulação efetiva, não são países. Não há país que se estabeleça sem ter uma definição básica do que é educação. Não significa que todas as escolas terão que cumprir a mesma coisa, mas têm que cumprir o essencial”, disse.
Ainda na mesa temática desta quinta, a professora doutora da UFSC Mary Elizabeth Cerutti-Rizzatti tratou do desafio imposto pelas novas tecnologias, como os smartphones, à educação. "A escola não pode ficar alheia a isso. Muitas vezes, o professor fala e os alunos estão no celular. O grande desafio é contemplar essas tecnologias, sem tomá-las como finalidade em si mesmas. Elas são instrumentos desse trabalho", disse.
Mais informações podem ser obtidas nos sites do Congresso Educasul 2015 e do Expo Estudar.
Agência AL