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Florianópolis sedia Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
Cerca de 2500 pesquisadores e estudantes de todo o país participam de hoje até a próxima sexta-feira (2), no Costão do Santinho, no Norte da Ilha de Santa Catarina, do 34º Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, com o tema Ciência do solo: para quê e para quem? O objetivo é debater o distanciamento entre as informações contidas nos estudos e os potenciais usuários, no caso os produtores agrícolas.
De acordo com o presidente da comissão organizadora do evento, Ivan Luiz Zilli Bacic, “existem muitas pesquisas em ciência do solo que nem sempre são diretamente aplicadas na sociedade. Então a questão é trazer pesquisas em linguagens mais apropriadas e aplicadas a problemas diretos”. O congresso é promovido pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão de Santa Catarina (Epagri).
O estado, que já foi referência nacional em pesquisas na área, como no Projeto Microbacias, é o único das regiões Sul e Sudeste que ainda não havia realizado o congresso, que acontece a cada dois anos, desde 1947. Também é a primeira vez que uma universidade não organiza o evento. Para o presidente da Epagri, Luiz Ademir Hesmann, a discussão é importante para a criação de alternativas de produção e de renda para o produtor rural. “Temos buscado a inovação no conhecimento, priorizando a interação entre o produtor, o técnico e a sociedade”, explicou.
O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado Joares Ponticelli (PP), e o deputado José Milton Scheffer (PP) participaram da solenidade de abertura, realizada na noite deste domingo (28). Para Scheffer, Santa Catarina precisa discutir as questões relacionadas ao uso do solo. “Somos um estado pequeno, mas líder em produção de alimentos em muitas áreas e sem dúvida nenhuma o solo é a base de todo o desenvolvimento agrícola do estado e de todo o país”.
Já Ponticelli lembrou que as alterações na legislação que trata da exploração dos recursos naturais, entre eles o solo, estão sendo debatidas no Parlamento catarinense. “Um congresso de altíssima qualidade técnica. Para nós, que neste momento discutimos a revisão do Código Ambiental, é extremamente positivo. As contribuições serão importantes para o momento decisivo que teremos no segundo semestre, de revisar e atualizar o nosso código”, avaliou Ponticelli.
