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20/08/2014 - 16h41min

Fita Floripa leva espectadores a uma imersão no sonho e na magia

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FOTOS: Fábio Queiroz/Agência AL

Poesia, amor, cores, luzes, sombras, seres fantásticos, teimosias, raiva, máscaras, objetos e bonecos. Estes e outros elementos compõem de forma lúdica e mágica os espetáculos do 8º Festival Internacional de Teatro de Animação – Fita Floripa, que acontece até o dia 23 de agosto em Florianópolis e em mais 10 cidades do estado, com artistas do Brasil, de outros países da América Latina e da Europa.

Além dos espetáculos, o Festival conta com exposições de bonecos, oficinas e com o primeiro colóquio internacional sobre o tema. Palestras, mesas redondas, sessões de comunicação e chamada para publicação de trabalhos, estão abertas a quem quiser participar, gratuitamente (é necessária a inscrição prévia, no site do festival). “Trouxemos pesquisadores e estudiosos da área, de diversos lugares, e esperamos fazer um grande debate sobre o teatro de animação na contemporaneidade”, conta Sassá Moretti, coordenadora geral do Fita Floripa.

O sonho e a necessidade de trazer para Santa Catarina atores, diretores e a possibilidade de trabalhar e mostrar ao público essa linguagem, originada há cerca de 3 mil anos, motivou Sassá a escrever um projeto e tornar seu desejo realidade. Do projeto para a criação do festival escrito em 2007, enquanto era professora do Departamento de Artes e Cultura da Udesc, e sua execução, o caminho foi curto. No mesmo ano, o festival teve sua primeira edição e, desde lá, encanta crianças e adultos.

Natália Andrade, 6 anos, assistiu ao espetáculo “O homem que amava caixas”, da Artesanal Cia. de Teatro, do Rio de Janeiro, e saiu entusiasmada. “Eu achei muito legal, porque o menino fica amigo do pai dele e também gostei da mocinha que brinca com o cachorro”. 

Com satisfação e brilho nos olhos, a coordenadora fala do Fita Floripa e de seu sucesso desde a primeira edição: “Não tínhamos nada que trabalhasse animação aqui. Quando eu precisava mostrar ao vivo um teatro de bonecos, tinha que levar os alunos para Canela (RS), onde já existia um festival conhecido. Mas, mesmo sem referências locais, o Fita Floripa já começou grande em capricho, dedicação, comprometimento da equipe, das companhias teatrais convidadas e em reconhecimento do público. Está cada vez mais lindo e ganhando em qualidade. O colóquio ainda vai nos dar mais força”.

Diferentes formas de contar uma história
Existem infinitas formas de contar uma história e, dependendo de quão interessante ela é, a imaginação pode voar longe. Neste 8º Fita Floripa, artistas de referência no gênero desembarcam no Estado e apostam em diferentes linguagens, em espetáculos com bons enredos e dramaturgia consistente.

Cleber Laguna, ator e diretor da Cia. Mevitevendo, de São Paulo, trouxe o espetáculo “Esses olhos tão grandes”, uma adaptação livre do conto “O Chapeuzinho vermelho”, de Charles Perrault, que tem apresentações em Florianópolis, São José, balneário Camboriú, Blumenau e Joinville.

Segundo ele, “trabalhar com teatro de animação é trabalhar com magia. O teatro de animação lida com muita imaginação, nos faz enxergar uma coisa irreal, que não existe e dar vida a ela, dar vida a seres inanimados junto com o público”.

Uma exposição de bonecos também trazida pelo grupo pode ser apreciada no Hall do Teatro Ademir Rosa, no CIC. Ali, seres inanimados, monstros, fantoches, máscaras e bonecos podem ser vistos bem de pertinho.

Uma atração pouco vista e também muito interessante é o teatro lambe-lambe, apresentado pela mineira Conceição Rosiéri, de Belo Horizonte. Em uma caixa “mágica”, conceição apresenta o espetáculo, de meio minuto, para uma só pessoa, intitulado “Num piscar de olhos”. “A ideia é fazer espetáculo para uma pessoa só, mostrando a materialização de um sonho, onde a figura, no caso uma fada, aparece e some, como que por encanto”.

Ao longo dos anos, o Fita Floripa vem inovando. Além de já contemplar atividades para o público surdo, neste ano amplia a acessibilidade também aos deficientes visuais. “Teremos em nossa programação uma apresentação com audiodescrição simultânea para este público especial”, informa Sassá Moretti.

O início da magia
Originado há cerca de 3 mil anos, a manipulação de bonecos surgiu para animar e comunicar ideias ou necessidades de várias sociedades. Alguns historiadores defendem que seu uso antecipou os atores no teatro. Evidências mostram que eram utilizados no Egito, em 2000 a.c., com o uso de figuras de madeira operadas com barbante. Bonecos articulados de marfim e argila controlados com cordões também foram encontrados nas tumbas egípcias. Os hieróglifos também descrevem "estátuas que caminham" usadas pelos antigos egípcios em peças teatrais religiosas em registro datado de 422 a.c.

Os escritos mais antigos sobre os bonecos são creditados a Xenofonte (nascido em Atenas, em 430 a.c., foi soldado, mercenário e discípulo do filósofo Sócrates. É conhecido pelos seus escritos sobre a história do seu próprio tempo e pelos seus discursos para Sócrates).

Ingressos
Em Florianópolis, os ingressos custam R$ 10,00 a inteira para o Projeto 7:30, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), e Teatro da UFSC, e R$ 20,00 a inteira para Teatro Ademir Rosa, TAC (fora o Projeto 7:30), e Teatro Governador Pedro Ivo. Além do público previsto por lei, os espectadores que doarem um agasalho também podem pagar meia-entrada.

Para as demais cidades, os espetáculos são gratuitos. Também não há custo para as peças na Concha Acústica da UFSC e no Sesc Prainha, em Florianópolis. Confira a programação completa no site do festival: www.fitafloripa.com.br

Michelle Dias
Agência AL

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