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08/06/2016 - 12h11min

Feira do Mel vai até sábado na Capital com grande variedade de produtos

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Cerca de 50 mil visitantes são esperados para a 17ª edição da Feira do Mel, que começou nesta quarta-feira (8) e segue até sábado (11), no Largo da Alfândega, em Florianópolis. O evento reúne expositores de todas as regiões do estado em 22 estandes de comercialização de produtos alimentares e cosméticos. Um dos atrativos é o preço do quilo de mel convencional, que pode ser adquirido por R$ 23, valor 40% menor do que a média do comércio varejista.

A proposta da feira, segundo o presidente da Federação das Associações dos Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (Faasc), Nésio Fernandes de Medeiros, é estimular o consumo do mel no país. De acordo com dados da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), os brasileiros consomem, em média, 128 gramas do alimento por ano. Na Alemanha, por exemplo, a taxa sobe para 2,2 kg por pessoa a cada ano. “A feira é um mecanismo para incentivar o consumo de mel, mostrando que pode ser vendido a um preço mais acessível, encurtando a distância entre o produtor e o consumidor. Estamos com mais de 50 toneladas de mel na feira e esperamos vender ao menos 35 toneladas.”

A funcionária pública Sara Giacomelli visitou a feira na manhã desta quarta-feira para comprar favos de mel. “Minha família toda come mel regularmente. Também consumimos própolis, bolachas de mel, e outros produtos. Sempre venho na feira. Os preços estão bons, só não compro mais porque não dá.”

O visitante da feira também pode fazer uma massagem facial gratuita com cosméticos à base de mel, argila, pólen e geleia real. “O mel não serve apenas como alimento, tem muitas outras aplicações. Ele tem a função de remineralizar a pele numa máscara de argila ou de lama negra, num creme hidratante, devido a seus ativos, suas vitaminas e minerais. Ele é rico em vitamina do complexo B e aminoácidos essenciais”, comentou o terapeuta oriental de Campo Alegre, Antonio Lorenzetti.

Apicultura em SC
Um recente censo apícola realizado pela Faasc apontou que 7 mil famílias rurais se dedicam à apicultura no estado, com 350 mil colmeias instaladas. A produção catarinense corresponde a 6 mil toneladas ao ano.

Santa Catarina já foi líder nacional na produção de mel, mas vem perdendo espaço nos últimos anos. Para reverter esse cenário e incentivar a produção local, a Secretaria de Estado da Agricultura tem um programa que fornece aos produtores equipamentos necessários para a implantação da apicultura na propriedade.

Cada kit é composto por colmeias com ninho e duas melgueiras, cera alveolada para seis colmeias, formão, dois macacões completos com máscara, dois pares de luvas e um fumegador, cobertura ecológica, arames, esticador de arame, rainha, núcleo Langstoth, alimentador de cobertura e jaleco.
O valor do kit é de aproximadamente R$ 1.800,00. O produtor tem dois anos de prazo para pagamento com parcela anual. Se o pagamento for único, quando do vencimento da primeira, há subvenção da ordem de 60% sobre o valor da segunda parcela. Neste caso, o produtor paga apenas R$ 1.260,00.

Na opinião do farmacêutico e bioquímico da empresa Prodapys, de Araranguá, Célio Marcos da Silva, o governo precisa investir no processo de polinização. “A importância da apicultura não está na produção de mel, mas sim na polinização. Cerca de 73% dos alimentos que comemos depende da polinização feita pelas abelhas”, destacou. “Posso dar um exemplo simples: Santa Catarina movimenta em média R$ 2,3 bilhões ao ano com a produção de maçã. As macieiras florescem no começo de agosto, e as abelhas passam o inverno sofrendo de fome. O governo precisa investir na alimentação das abelhas com pastagens apícolas, como o nabo forrageiro, para aumentar a produção. O mel é uma consequência positiva”, acrescentou.

Horários de funcionamento
A Feira do Mel fica aberta das 8h às 18h30 durante a semana e, no sábado, das 8h às 13h. O evento é uma promoção da Faasc, com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

(Com informações da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca)

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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