Federalização da Furb e 171 anos de Joinville mobilizam deputados
O processo de federalização da Universidade Regional de Blumenau (Furb) e a passagem dos 171 anos de fundação de Joinville ganharam destaque na sessão de quarta-feira (9) da Assembleia Legislativa.
“É uma universidade municipal, de direito público, no entanto financiada 100% pela iniciativa privada. Quero manifestar ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, o nosso apoio à proposta de federalização da Furb. É uma demanda antiga, de décadas, que já esteve em estágios mais avançados, mas estamos retomando de novo pela qualidade da educação do Vale do Itajaí”, relatou Ismael dos Santos (PSD).
Celso Zuchi (PT) apoiou Ismael e lembrou os entraves jurídicos e burocráticos que dificultam a federalização.
“Quem sabe a gente não consegue que um dia a nossa Furb seja federalizada”, afirmou Zuchi.
Já o deputado Sargento Lima (PL) parabenizou os joinvilenses pela passagem do 171º aniversário de fundação de Joinville, a maior cidade de Santa Catarina.
“Aprendi a amar a minha cidade, que ama gerar riquezas e gerar empregos. Não existe programa social maior do que gerar empregos. No período mais crítico da pandemia foram geradas mais de 23 mil vagas de emprego, para deixar claro a importância de Joinville para o estado. Para mim Joinville é a capital do trabalho”, avaliou Lima.
O deputado observou que Joinville atrai imigrantes de todo país e do exterior, com destaque para paranaenses, gaúchos e mato-grossenses.
“Obrigado Joinville pelo carinho que você sempre demonstrou para com todos que chegam e edificam sua casa”, discursou Lima, que migrou do Espírito Santo para Santa Catarina, fixando-se em Joinville.
Ismael dos Santos, Maurício Eskudlark (PL), vice-presidente da Casa, e Fernando Krelling (MDB) acompanharam Lima nas homenagens a Joinville.
“Parabéns ao povo de Joinville, está sendo uma caminhada vitoriosa, com muita fé e determinação”, definiu Ismael.
“Também nos associamos a essa homenagem ao município de Joinville”, declarou Eskudlark.
“Tenho praticamente em todas as sessões falado o nome da cidade de Joinville, tenho muito orgulho de representar nosso município no parlamento de Santa Catarina. Quando uma cidade cresce, os problemas também crescem. Que a gente possa unir forças pela cidade. E a todo joinvilense que dorme pouco e trabalha muito fica aqui o meu reconhecimento”, discursou Krelling.
Escolas em ruína
Celso Zuchi contou na tribuna que participou de cerimônia de assinatura de ordem de serviço para construção de quadras poliesportivas em cerca de 70 escolas. O parlamentar lembrou que em Gaspar existe uma escola do estado que está há cinco anos sem cobertura, enquanto outras estão com janelas e portas caindo.
A seca não dá trégua
Neodi Saretta (PT) alertou para a continuidade da seca que assola o estado e relatou reuniões para tratar do assunto em São Joaquim, Concórdia, Catanduvas e Peritiba.
“A grande preocupação é com as perdas que os agricultores estão tendo, temos tratado desse assunto, a bancada do Oeste, a Secretaria da Agricultura, todos na busca de ações que possam mitigar esses prejuízos. Tenho defendido que é essencial que o auxílio chegue lá na ponta”, pontuou Saretta.
Eron Giordani
Ivan Naatz (PL) falou sobre a atual situação do secretário da Casa Civil, Eron Giordani.
“Dia primeiro de abril o governador Eron Giordani deixa o governo do estado, assume seu posto aqui na Assembleia e o governo se acaba. Quem vai governar Santa Catarina?”
Para Naatz, o governador Carlos Moisés abriu mão de governar e apenas repassa recursos para os prefeitos.
“O que o governo faz é pegar dinheiro e levar para os prefeitos realizadores de obras, que os prefeitos fazem obras. Obra de competência de Santa Catarina não tem nenhuma”, desafiou Naatz.
Zolgensma mais barato
Fabiano da Luz (PT) comemorou na tribuna que o remédio mais caro do mundo, Zolgensma, que chegou a custar R$ 12 mi e é utilizado no tratamento de crianças com atrofia muscular espinhal (AME), teve seu preço reduzido e agora custa R$ 6 mi.
“Uma proposta feita pelo governo brasileiro que fixa o valor em R$ 6 mi. Felizmente agora com essa regulação diminuiu o tamanho da busca por recursos, haja vista que reduziu o preço pela metade. Tem de reconhecer o esforço das famílias e do governo”, argumentou Fabiano.
Agora, segundo o deputado, falta incorporar a medicação ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“Não são tantas as crianças assim”, justificou.
A carestia voltou
Fabiano da Luz comparou os preços de alguns produtos praticados em 2015 e em 2022. A carne custava R$ 22 o quilo, hoje é vendida pelo dobro, R$ 44; o feijão saiu de R$ 4,70 para R$ 8; o café de R$ 17,61 para R$ 34,69; o quilo de banana era R$ 2,80, enquanto atualmente custa R$ 7,26; e o açúcar custava R$ 3,22 e agora é vendido a R$ 9,50 o quilo.
Terrorismo psicológico
Bruno Souza (Novo) classificou de terrorismo psicológico um vídeo divulgado pela Secretaria da Fazenda elencando os malefícios causados pelas bebidas alcóolicas.
“No final do vídeo o real motivo: tentar legitimar o aumento de impostos”, classificou Bruno, que acusou o governo de intimidar a Casa para manter o veto aos autógrafos da lei que diminui o ICMS recolhido pelos bares e restaurantes.
Agência AL