FCDL pede criação de delegacia especializa no combate à pirataria
No Dia Estadual de Combate à Pirataria e à Biopirataria, o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL), Sérgio Medeiros, pediu a criação de uma delegacia especializada de combate ao crime no estado. O pronunciamento foi realizado durante a sessão ordinária na tarde desta terça-feira (3).
Medeiros disse que o assunto deve ser pauta constante para que a sociedade entenda os males do comércio de produtos de origem duvidosa. “Aqueles que vendem produtos legalizados são vistos como ladrões por cobrar os valores mais altos do que aqueles que vendem produtos piratas”, refletiu. O presidente da FCDL ainda disse que o estado deixa de arrecadar mais com este tipo de comércio.
“Só em 2012, no Brasil, foram recolhidos o equivalente a R$ 2 bilhões em produtos piratas. O negócio é grande”, destacou Medeiros ao afirmar que a venda de produtos ilegais muitas vezes está diretamente ligado ao crime organizado no país. O secretário executivo do Conselho Estadual de Combate à Pirataria, Jair Schmitt, também ocupou a tribuna do Parlamento, solicitando apoio dos deputados à causa.
Além da delegacia especializada em Santa Catarina, a FCDL vai criar, em parceria com a Assembleia Legislativa, um grupo de estudos para combater a prática. As feiras itinerantes (conhecidas como Feirinhas do Brás) também são alvo de críticas dos lojistas. “Estes eventos afetam a economia nas regiões onde ocorrem”.
O deputado Darci de Matos (PSD), presidente da Frente Parlamentar de Apoio ao Comércio Varejista, disse que no ano passado foram gastos pelos brasileiros R$ 23 bilhões em produtos piratas, uma cifra que assusta e que demonstra os prejuízos à arrecadação de tributos no país.
Rádio AL