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29/03/2017 - 17h50min

Famílias ainda procuram corpos 53 anos depois do golpe de 1964

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FOTO: Solon Soares/Agência AL

Centenas de famílias ainda procuram corpos de entes queridos que continuam desaparecidos depois de 53 anos do golpe civil-militar de 1964, perpetrado em 31 de março. “O estado brasileiro continua com sua dívida em relação aos 140 desaparecidos”, lembrou Cesar Valduga (PCdoB), que destacou o caso o ex-deputado estadual barriga-verde Paulo Stuart Wright, cassado pelos colegas, e que sumiu sem deixar vestígios. “Ele organizou 27 cooperativas de pescadores, inspirando Dias Gomes na novela ‘O bem amado’”, registrou Valduga.

Segundo o representante de Chapecó, a repressão aos adversários do regime atingiu 1.196 camponeses, 6.952 militares, 4 mil parlamentares foram cassados, 130 cidadãos banidos do país, 7.376 indiciados por crimes políticos, mais de 10 mil submetidos a inquéritos e 436 assassinatos.

Além disso, o parlamentar do PCdoB acusou o governo de Michel Temer de ter engavetado o relatório final da Comissão Nacional da Verdade. “As ações foram paralisadas, há um retrocesso nas medidas de reparação e o relatório da Comissão da Verdade foi engavetado, mas faz parta da história politica do povo brasileiro”, insistiu Valduga.

Dirceu Dresch (PT) acompanhou o colega e declarou que o dia 31 de março é uma data marcante que convida os brasileiros a refletirem sobre momentos obscuros da história pátria. “O PCdoB esteve à frente das lutas sociais da época”, informou Dresch, que comparou a deposição de João Goulart com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “Em 1964 também elegeram como principal alvo os direitos da classe trabalhadora e soberania nacional, os golpistas de hoje já entregaram as reservas internacionais de petróleo”, discursou Dresch.

Dia do cão
Ismael dos Santos (PSD) exibiu no telão digital do Plenário o vídeo divulgado pela Polícia Militar da prisão de dois assaltantes com a ajuda de um cão treinado. “A perseguição foi quase ao lado do meu gabinete regional, na rua Paraíba, em Blumenau, assaltaram a agência dos correios e fugiram para um matagal, mas foram capturados com a ajuda do cão Brutus, ele tem apenas um ano e oito meses”, revelou Ismael.

Maurício Eskudlark (PR) e Aldo Schneider (PMDB), que presidia a sessão no momento em que Ismael discursou, cumprimentaram a Polícia Militar e enalteceram a façanha do melhor amigo do homem, o Brutus.

Segurança pública em Campinas
Maurício Eskudlark repercutiu na tribuna audiência pública da Comissão de Segurança Pública realizada no bairro de Campinas, em São José, na noite de terça-feira. “Uma audiência muito representativa, presente o juiz de direito, o promotor, o delegado, o comandante da PM local e a população, que explanou as necessidades”, descreveu Eskudlark, que destacou o desejo da comunidade de deslocar do bairro um ferro-velho. “Os usuários de crack que fazem pequenos furtos acabam levando para esses compradores/receptadores, por isso temos de regulamentar para exigir nota fiscal e CPF para facilitar a identificação de objetos furtados”, explicou o deputado.

Cebola na exceção tarifária
Milton Hobus (PSD) defendeu a inclusão da cebola na lista de exceção de importação com sobre-elevação de tarifa. “É um instrumento que já foi utilizado no caso do alho, que viveu o mesmo problema durante anos, agora não existe abusos de preços, o mercado se autocontrola. As medidas tarifárias são a única proteção que o pequeno agricultor pode ter e o mínimo que podemos fazer”, reconheceu Hobus, que recebeu o apoio do deputado Natalino Lázare (PR).

Show midiático
Dirceu Dresch acusou as operações lavadas a cabo pelo Ministério Público Federal, Policia Federal e Justiça Federal de shows midiáticos. “O judiciário não precisa de mídia, de marketing, mais de um milhão de trabalhadores perderam empregos por causa da Lava Jato, enquanto a Alemanha teve problemas com carros, com punição dura aos dirigentes, mas não destruíram as empresas. Por isso não precisa destruir as empreiteiras e as empresas de carnes, precisa apurar a corrupção”, recomendou Dresch.

BR-101 em Tijucas
Serafim Venzon (PSDB) noticiou que a ANTT e a Auto Pista Litoral Sul participarão de reunião na manhã da próxima segunda-feira para tratar dos acessos e marginais da BR-101 no município. “Também estarei lá para debater uma solução para a BR-101 em Tijucas, os caminhões bi-trens com mais de 30 metros precisam fazer curvas de 90 graus, só a operação de retorno demora cinco minutos, na hora do trânsito é uma confusão sem tamanho”, contou Venzon.

Oposição a Trump
Fernando Coruja (PMDB) ironizou a oposição ao governador Raimundo Colombo, afirmando que existe na Alesc uma oposição ferrenha a Donald Trump, atual presidente dos EUA. “Lageano de fala mansa, o governador não encontra quase nenhuma oposição, aqui se fala do Temer, do Trump, o Trump tem uma oposição ferrenha, mas do governador se fala muito pouco”, relatou Coruja.

Segundo o deputado, Colombo se elegeu com voto dos catarinenses e uma expressiva votação na região Serrana. “Ele dizia ‘uma região ou detém o poder econômico, ou detém o poder da mídia, ou precisa do poder político’”, contou Coruja, que ponderou que passados sete anos de mandato “não houve mudança nenhuma, a serra continua na mesma situação, sem nenhuma alteração que determine outro encaminhamento” econômico e social.

O deputado comparou a gestão de Colombo à de Luiz Henrique da Silveira. “O Luiz Henrique levou a BMW para a região de Joinville, já em Lages foram anunciadas e criadas falsas esperanças muitas vezes, empreendimentos lançados em épocas pré-eleitorais que nunca chegaram”, criticou o representante de Lages.

Coruja enumerou protocolos assinados com pompa e circunstância de empresas como Riva Soluções, ZF Rolamentos e a Sinotruk, gigante chinesa de caminhões. “Foi desapropriado um grande terreno, instaladas placas nas rodovias, até fábrica de aviões ia se instalar em Lages”, disparou Coruja, que desafiou o governador a demonstrar o contrário.

1,2 mil empregos em Mafra
Silvio Dreveck (PP) destacou a instalação da empresa alemã Kronberg e Schubert, que fabricará chicotes elétricos em Mafra. “Hoje se instalou uma empresa multinacional em Mafra, com alta tecnologia e com mão-de-obra qualificada, esta empresa gerará 1,2 mil empregos diretos, um grande ganho para a população da região”, frisou Dreveck, que lembrou na tribuna a imigração alemã. “O migrante germano criou raízes, contribuiu com idioma, tradições, cultura e economia da população catarinense”, ressaltou Dreveck.


 

 

Vítor Santos
Agência AL

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