Família de último exilado político brasileiro agradece apoio de parlamentar

A família do último exilado político brasileiro, Edilton Swarovski, esteve no gabinete do deputado Reno Caramori (PP) para agradecer o apoio oferecido pelo parlamentar. Edilton, catarinense de Caçador, está há 45 anos no México, foi exilado por ter sido acusado de prática de motim e atos de subversão, quando estava na Marinha, em 1964. Segundo a mãe de Edilton, Maria Ignes Zandavalli Swarovski, 92 anos, a volta de seu filho é o seu melhor presente. “Foram anos de sofrimento. Estou feliz demais. Já faz 30 anos que não vejo meu filho. Agora vou mimá-lo e cuidar dele com todo o meu amor”. Edilton foi anistiado pela Lei nº 6683, de 28 de agosto de 1979, mas ainda não havia retornado por medo de ser perseguido novamente. Atualmente, ele vive, no México, de uma pensão que recebe do governo. Com 69 anos, doente e pesando um pouco mais de 40 kg, Edilton, que está sofrendo de Mal de Parkinson, chega ao Brasil amanhã (16) e deve permanecer no Rio de Janeiro até a próxima segunda-feira para cuidar de sua saúde, quando então segue para Florianópolis. Reno Caramori afirmou que não fez mais do que a sua obrigação. “O meu trabalho foi simples. Foi só interagir no processo e agilizá-lo. Agora a sua família vai ter o prazer de vê-lo novamente. Meu trabalho não pode ser considerado um favor. Eu considero como uma obrigação”. Reno ainda afirmou que o exilado volta ao país com todos os seus direitos assegurados. Também estavam presentes no encontro a irmã de Edilton, Elaine Swarovski Tristão, e a sobrinha Valéria Aparecida Tristão. (Graziela May Pereira/Divulgação Alesc)