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24/11/2016 - 16h00min

Falta de infraestrutura em SC pode aumentar influência do PR, RS e SP

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Deputado Cesar Valduga coordenou o seminário

A falta de uma infraestrutura adequada, como duplicação de rodovias, construção de ferrovias e baixos investimentos no porto de Imbituba, pode diminuir ainda mais o papel centralizador de Florianópolis e aumentar a influência do  Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. O diagnóstico é do professor Márcio Rogério da Silveira, coordenador do Laboratório Circulação, Transporte e Logística, da UFSC, que defendeu investimentos públicos em infraestrutura para minimizar essa tendência.

– Investimentos públicos geram investimentos privados, que ampliam a renda, aumentam o consumo e o comércio, ampliando a demanda industrial e gerando mais poupança. O estado deve ser capaz de dar o pontapé inicial, planejando, fazendo investimentos e adotando políticas públicas. Esta é a regra para atrair investimentos ou parceiros, até hoje não descobri outra fórmula, não teve país que se lançou em uma revolução industrial sem uma revolução dos transportes, é a base. Esta é a receita que dá certo no mundo capitalista, fora disso é uma aventura perigosa.

O especialista em logística mostrou como os portos de Itajaí e Navegantes se transformaram em polos de atração de empresas e negócios, potencializados pelas BRs 101 e 470. Atualmente, esse complexo portuário é responsável pelo escoamento de 73% das cargas catarinenses e é o segundo porto do país em movimentação de contêineres.

– É uma experiência que pode se reproduzir em outras partes do território, inclusive no interior, com portos secos, ou no litoral, aproveitando melhor o porto de Imbituba, garantiu o pesquisador.

Atualmente, segundo o professor do departamento de Geografia da UFSC, os principais polos de atração de negócios são as regiões de Joinville, Blumenau, Itajaí e Florianópolis. Por outro lado, as regiões de Tubarão e Lages foram as que mais perderam poder de atração de novos empreendimentos.

– Em Joinville prevaleceu o acesso fácil aos mercados consumidores e aos portos para importação de insumos e exportação de produtos. Na Grande Florianópolis houve expansão dos distritos industriais de São José e Palhoça. Em Tubarão temos pontos esparsos e em Criciúma vemos a formação de um eixo com a polarização das atividades econômicas em Criciúma e Içara. Em Chapecó há pontos mais dispersos próximos à BR-480 e também no interior, descreveu o especialista.

Sugestões aos governantes
O coordenador do Laboratório de Circulação, Transporte e Logística da UFSC recomendou aos governantes estaduais e municipais planejar a fluidez territorial do estado, diversificar a matriz de transportes e construir um sistema de normas e tributação para atrair investimentos.

– Uma infraestrutura de transportes em condições de suportar os fluxos demandados, com sistemas de telecomunicações de fibra ótica e telefonia celular. O ideal é uma matriz de transportes mais equilibrada. O predomínio é das rodovias, mas a rodovia é um modal caro, é barato para se construir, mas no longo prazo interfere no desenvolvimento, as principais economias do mundo sabem disso há muito tempo, por isso investiram e investem em ferrovias, sustentou o pesquisador.

A palestra fez parte do Seminário Circulação, Transporte e Logística em Santa Catarina, realizado pela Comissão de Legislação Participativa em conjunto com a Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira.

 

Vítor Santos
Agência AL

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