Exposição busca despertar reflexão sobre os cuidados com o meio ambiente
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quarta-feira, 5 de junho, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina recebe a partir das 19 horas, a exposição fotográfica “Um olhar ambiental sobre Araranguá e região do entorno”. Com imagens do fotógrafo ambientalista Tadeu Santos e outros 13 convidados, entre amadores e profissionais, os trabalhos permanecem expostos no hall do Parlamento para visitação pública até o próximo dia 14.
Segundo o expositor, todos os trabalhos retratam a preocupação que todo ser humano deve ter com o meio ambiente. Ao todo, cerca de 120 trabalhos, com mais de 200 imagens, estarão ilustrando a exposição. Cada quadro contém três imagens inseridas em forma de composição com fotos expostas e a exibição de imagens abordando as potencialidades ecoturisticas e os conflitos socioambientalistas do município e região localizado no Sul de Santa Catarina.
Segundo os organizadores, a exposição tem como objetivo divulgar Araranguá e região. Para eles, a iniciativa tem a função de provocar uma reflexão nos corações e mente dos visitantes sobre a urgente necessidade da preservação dos recursos naturais, como forma de manter o equilíbrio ecológico dos ecossistemas afetados.
Conhecendo Araranguá
Localizada no Sul de Santa Catarina, Araranguá possui uma faixa litorânea ao leste, está próxima dos Aparados da Serra Geral, a oeste, e inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, do qual recebe todos os afluentes do Rio Itoupava e Rio Mãe Luzia para formar o Rio Araranguá, com aproximadamente 39 quilômetros de extensão. O município ainda conta com um atrativo sistema lagunar protegido por remanescentes da Mata Atlântica, tanto pelo lado sul e norte do seu território.
A foz do Rio Araranguá, que é chamada de ''Barra'', não é fixa, portanto se desloca vagarosamente entre um trecho aproximado de 7 quilômetros de extensão na orla marítima. Esta dinâmica proporciona um cenário em constante transformação geográfica, resultando em aspectos contemplativos diferenciados e significativas mudanças no ecossistema local, por vezes trazendo dificuldades de acesso às embarcações ao caudaloso rio, principalmente aos pescadores nativos de Ilhas e Morro Agudo, uma das últimas comunidades açorianas ao sul da costa brasileira
Seu riquíssimo estuário é prejudicado pela intensa poluição dos rios a montante, principalmente pelos resíduos piritosos da atividade carbonífera (Rio Mãe Luzia) e pelo desordenado uso do agrotóxico na rizicultura (Rio Itoupava), além do lixo e esgoto despejado nos cursos d'água dos 15 municípios que formam a bacia hidrográfica.
Pedidos
O ambientalista Tadeu Santos, que também é integrante da ONG Sócios da Natureza, ocupou a tribuna da Assembleia, na tarde desta quarta-feira, para promover a exposição fotográfica e destacar o potencial ecoturístico da região. Santos pediu a ampliação do debate sobre o uso de energia limpa em detrimento da queima de combustíveis fósseis como o carvão mineral, que, segundo ele, tem comprometido a qualidade da água da Bacia do Rio Araranguá.
O fotógrafo também destacou a necessidade da transformação das áreas de preservação permanente, as APPs, em unidades de conservação, que podem dar acesso a recursos financeiros necessários para a preservação ambiental e a utilização da área para o lazer sustentável.
Sala de Imprensa