Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
01/03/2016 - 15h28min

Executivo apresenta proposta de renegociação da dívida aos deputados

Imprimir Enviar
Deputados conhecem detalhes de proposta do Executivo em reunião na Casa D'Agronômica

Parlamentares catarinenses reunidos na Casa da Agronômica, no final da manhã desta terça-feira (1º), ouviram do governador Raimundo Colombo (PSD) a proposta de renegociação da dívida com a União defendida por Santa Catarina. Na segunda-feira (29), diante da dificuldade de fechar um acordo com o governo federal, o Estado depositou em juízo em uma conta administrativa no Banco do Brasil a parcela de R$ 89 milhões da dívida.

O que está sendo questionado é a fórmula utilizada para o cálculo, alterada pelo decreto 8.616 de 2015, que estabelece a taxa Selic capitalizada, ou seja, com a incidência de juros sobre juros. A mudança na regra fez o saldo devedor de 1º de janeiro de 2013, que baliza o cálculo de renegociação, subir de R$ 8,567 bilhões, para R$ 9,520 bilhões.

Esses débitos se referem à contratação de empréstimo no valor de R$ 4,165 bilhões pelo Estado, em 1998. Desse montante, até 31 de dezembro de 2015, já haviam sido pagos R$ 12,95 bilhões, restando ainda um saldo de R$ 9,080 bilhões para ser quitado, conforme a União.

A proposta do governo do Estado é que sejam mantidos os termos constantes na Lei Complementar Federal nº 148 de 2014 que estabelece os encargos limitados à variação acumulada da taxa Selic, e não capitalizada. Com base nesta conta, o saldo devedor do Estado, pelas contas da Secretaria da Fazenda, seria de R$ 1,497 bilhão ou, dependendo do cálculo, geraria um crédito de R$ 1,342 bilhão em favor de Santa Catarina.

Mesmo durante a apresentação o governador manteve as tratativas com a Presidência da República e o Senado, no sentido de adiar a votação do decreto 8.616 para garantir margem maior de negociação. "Teremos uma reunião dos governadores com a presidenta Dilma e o ministro da Fazenda na sexta-feira. O decreto que seria votado hoje na Câmara dos Deputados provavelmente será transferido para a próxima semana. É nesse espaço que se abre, que tentaremos construir um cenário de negociação entre os Estados e o governo federal", disse. Colombo se mostrou confiante em uma solução política. "Considero que sempre prevalece o bom senso e o equilíbrio. Acho que nós vamos conseguir construir uma solução que seja boa para o país", concluiu.

Na reunião, o presidente da Assembleia Legislativa (Alesc), deputado Gelson Merísio (PSD), apresentou projeto de lei (PL), lido na sessão plenária desta tarde, que permite ao governo estadual não assinar o aditivo da dívida com a União. "Nós aprovamos um projeto em dezembro que dava as condições para que o governo pudesse fazer a assinatura de um aditivo renegociando a dívida. Isso com base em um projeto aprovado pela Câmara e sancionado pela presidente da República. Com a edição de um decreto que se contrapõe à legislação, nós estamos também mudando a interpretação da lei aprovada em 2015, dando parâmetros para o governador assinar aditivos", explicou Merisio. No PL só é permitindo um novo acordo nos moldes da lei como foi aprovada em 2014, além de convalidar a decisão do governo estadual de suspender os pagamentos enquanto não estiver resguardado o interesse do Estado.

Giovanni Kalabaide
Agência AL

Voltar