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01/04/2015 - 12h15min

Evento na Assembleia debate ações de prevenção a deficiência

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Seminário promovido pelo Legislativo é voltado à capacitação de profissionais. FOTOS: Fábio Queiroz/Agência AL

Caso fossem tomados os cuidados adequados, até 70% dos casos de deficiências poderiam ser evitados. A informação, divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), revela a importância da difusão de informações sobre o tema, objetivo do 2º do Seminário de Prevenção de Deficiências, que acontece nesta quarta-feira (1º), no Palácio Barriga Verde, em Florianópolis.

Voltado à capacitação de profissionais das áreas de saúde, educação e assistência social, o evento é promovido pela Federação Apaes de Santa Catarina (Feapaes-SC), em parceria com a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa.

Segundo o presidente da Feapaes, Júlio César de Aguiar, as palestras, proferidas por especialistas como geneticistas e psiquiatras, pretendem ressaltar a importância dos cuidados de prevenção, a serem tomados em três momentos. O primeiro, destinado à identificação e redução dos fatores de risco, deve acontecer ainda no momento em que a mulher decide ter filhos ou na descoberta da gravidez, pois os riscos de má formação do feto ocorrem nas primeiras semanas de gestação. “Nesta fase, as ações incluem a realização de consultas médicas, exames contra doenças infecciosas e sexualmente transmissíveis e a abstenção do uso de fumo, álcool e drogas.”

Caso o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor da criança seja atestado, no chamado segundo nível de atuação, são aconselhadas medidas para se reduzir sua duração ou gravidade. Já em um terceiro momento, o objetivo passa a ser a redução das sequelas decorrentes da deficiência ou os efeitos a ela associados. “Podemos evitar que três, em cada quatro crianças, nasçam com deficiência somente pela adoção de cuidados básicos. Isso é fantástico.”

Ainda durante o seminário, informou Aguiar, será realizada uma avaliação do Programa Prevenir, lançado em 2011 com o objetivo de levar à sociedade os cuidados de prevenção da deficiência. “Somente no ano passado, contamos com a participação de 95% das Apaes, que promoveram ações por todo o estado, como a realização de palestras e a distribuição de fôlderes em locais como colégios, maternidades e fábricas.”

Em 2017 a entidade também pretende solicitar ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que realize um censo para levantar informações sobre as pessoas com deficiência em Santa Catarina. “Nossa expectativa é que os números de incidência caiam vertiginosamente”, disse.

Presente no seminário, o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, deputado José Nei Ascari (PSD), afirmou que a disseminação de conhecimento ainda é a forma mais eficaz para a melhoria da saúde da população. Ele também destacou a parceria existente entre a comissão e as Apaes. “Prevenção implica na redução dos gastos destinados ao tratamento e reabilitação, contribuindo ainda para o aumento da qualidade de vida das pessoas afetadas. Por isso, a Assembleia Legislativa tem sempre prestado seu apoio ao trabalho realizado por estas entidades.”

Medidas que ajudam a prevenir deficiências

Antes da gravidez (pré-concepcional):

  • Antes de engravidar, a mulher deve consultar um médico para verificar as condições físicas de seu organismo, principalmente se tiver menos de 18 anos ou mais de 35 anos;
  • Procurar orientação com os serviços de aconselhamento genético na comunidade (principalmente quando houver casos de deficiência na família);
  • Fazer exames: hemograma, sífilis, toxoplasmose, diabetes, tipagem sanguínea, rubéola e tétano, pelo menos seis meses antes de engravidar;
  • Prevenir-se de doenças infecciosas e sexualmente transmissíveis;
  • Evitar casamento entre parentes.

Durante a gravidez (pré-natal):

  • Amar-se, procurar viver em harmonia;
  • Consultar um médico obstetra pelo menos seis vezes durante a gravidez;
  • Realizar exames periódicos de controle: hemograma, sífilis, toxoplasmose, diabetes;
  • Tomar somente remédios prescritos pelo médico;
  • No caso de algum problema como pressão alta, diabetes, coração ou infecções, procurar o médico;
  • Procurar um curso para gestantes;
  • Ter uma alimentação saudável;
  • Não fumar e beber bebidas alcoólicas durante a gravidez;
  • Tentativas de aborto podem provocar deficiência a criança e risco de morte para a mãe;
  • Evitar exposição à radiação, como raios-X
  • Procurar orientação médica antes de fazer exercícios ou atividades que exijam esforço físico;
  • Evitar contato com portadores de doenças infecciosas, como gripe, rubéola, sarampo, meningite.

Momento do parto (peri-natal):

  • Faça questão de ter seu filho no hospital, com a presença de um obstetra e um pediatra na sala de parto;
  • O ideal é que a mulher tenha parto normal;
  • Amamentar o bebê o quanto antes, se possível, já na sala do parto;
  • Exigir o teste Apgar.

Depois do nascimento (pós-natal):

  • Faça o teste da orelhinha (desde a primeira avaliação nas primeiras 48 horas e segunda avaliação com um mês de vida);
  • Faça o teste do olhinho;
  • Do 3º ao 5º dia de vida fazer o teste do pezinho;
  • Levar o bebê com 10 dias, e depois mensalmente, ao pediatra durante o seu primeiro ano de vida;
  • Amamentar o bebê pelo menos até os 10 meses de vida;
  • Não dar remédios à criança sem orientação médica;
  • Vacinar a criança segundo a cartilha oferecida pelo Ministério da Saúde;
  • Se o bebê nascer com alguma deficiência, procurar iniciar o tratamento o quanto antes. A estimulação nas primeiras semanas é fundamental.
Alexandre Back
Agência AL

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