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19/11/2014 - 15h54min

Evento discute os desafios da Região Metropolitana de Florianópolis

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O arquiteto Vladir Bartalini, palestrante do seminário. FOTO: Miriam Zomer/Agência AL

Os desafios dos municípios da Grande Florianópolis para a consolidação da Região Metropolitana de Florianópolis foram discutidos nesta quarta-feira (19) no Seminário Cidades Metropolitanas – Democráticas e Participativas, realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CAU/SC), com apoio da Assembleia Legislativa. O evento reuniu prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários municipais, arquitetos e urbanistas, além de representantes de entidades da sociedade civil.

Segundo o presidente do CAU/SC, Ronaldo de Lima, o conselho é permanentemente acionado para auxiliar nas discussões sobre as questões que envolvem o planejamento urbano em todo o estado. “Com a recente aprovação do projeto de lei que formaliza a Região Metropolitana da Grande Florianópolis, o conselho decidiu participar desse processo e realizar esse seminário. Esse é o momento para sentarmos e discutirmos os desafios para a efetiva implantação da região metropolitana”, afirmou.

O evento foi aberto com a palestra do arquiteto e urbanista do Núcleo de Pesquisas USP Cidades Vladir Bartalini, de São Paulo. Ele expôs as experiências desenvolvidas pela Grande São Paulo, uma das maiores metrópoles do mundo. “Os municípios que integram uma região metropolitana têm problemas comuns, mas cada um tem um papel diferente dentro dessa região. Esses problemas não serão resolvidos sem projetos estruturantes, que definam bem o papel de cada cidade nessa região”, afirmou.

Bartalini considera que, para a resolução dos problemas, principalmente os relacionados à mobilidade e saneamento básico, as obras de infraestrutura são essenciais, mas não serão suficientes se não houver mudanças estruturais. “É preciso romper o isolamento entre os municípios. É um processo complexo, difícil. Mas não podemos deixar de insistir para que ele aconteça”.

O arquiteto defende a formação de centralidades dentro da região metropolitanas, ou seja, áreas onde a população tenha oferta de serviços, moradia, emprego, lazer, entre outros, sem precisar fazer grandes deslocamentos. “Os problemas de mobilidade são consequência desse movimento pendular que muitas pessoas fazem todos os dias para ir de casa para o trabalho ou para acessar serviços, por exemplo”.

Ações
O secretário de Estado de Planejamento, Murilo Flores, afirmou que o governo estadual concluirá em breve um estudo de planejamento urbano voltado para a Região Metropolitana da Grande Florianópolis. Segundo ele, esse estudo possibilitará a integração dos municípios e o desenvolvimento de projetos comuns nas mais diversas áreas. “Também vamos incentivar a criação dos consórcios intermunicipais, que podem atuar no gerenciamento dos resíduos sólidos, na segurança, saneamento, transporte integrado”, afirmou o secretário.

O deputado Reno Caramori (PP), presidente da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia, afirmou que o saneamento básico é um problema que deve ser atacado como prioridade. “Muito se fala na mobilidade urbana, mas precisamos tratar o esgoto de nossas cidades, para proteger o meio ambiente e a saúde da população”.

O deputado Edison Andrino (PMDB), que foi prefeito de Florianópolis, lembrou que a formalização das regiões metropolitanas é importante também para a obtenção de recursos junto a organismos internacionais de fomento. “Os problemas não têm solução isolada. Ou se trabalha em conjunto, ou nunca vamos resolvê-los”.

Debate
O seminário prosseguirá até a noite desta quarta-feira. Representantes dos municípios que integram a Grande Florianópolis discutirão o papel de cada um e os problemas que devem ser atacados. As entidades também vão tratar de suas contribuições nesse processo. Mais informações estão disponíveis no site do CAU/SC.

Marcelo Espinoza
Agência AL

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