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21/09/2018 - 12h58min

Evento debate a importância dos grupos de apoio na efetivação das adoções

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Para que o trabalho seja eficaz, deve-se procurar restaurar a base de vínculos afetivos do acolhido

De que forma os profissionais envolvidos nos serviços de acolhimento devem atuar para que o processo de adoção de crianças e adolescentes transcorra da melhor forma possível? A questão esteve no foco dos debates promovidos, na manhã desta segunda-feira (21), durante o 15º Encontro Estadual de Grupos de Estudos e Apoio à Adoção de Santa Catarina, que acontece paralelamente nas sedes do Tribunal de Justiça (TJ) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em Florianópolis.

O evento, que teve início nesta quinta-feira (20), é promovido pela Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ) do TJ, com organização da Comissão Judiciária de Adoção (Ceja), da Coordenadoria Estadual da Infância, e da Juventude e Academia Judicial; e o apoio da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC).

Falando a um público formado por magistrados, acadêmicos e profissionais da área de assistência social, a psicóloga Luana Desidério, que atua na Casa Lar Emaús, de Florianópolis, afirmou que a criança ou adolescente sob medida protetiva encontra nas casas de acolhimento um ambiente desconhecido a sua realidade e sem referências afetivas, o que pode prejudica-lhe o desenvolvimento psicoemocional. Neste sentido, ela aconselhou a realização de um trabalho especial de acolhimento e adaptação, que envolva também um planejamento futuro de desligamento da instituição, caso não haja uma reinserção familiar.

Ainda conforme Luana, para que trabalho seja eficaz, deve-se procurar restaurar a base de vínculos afetivos do acolhido, por meio de “figuras de apego”, que podem ser os próprios profissionais da instituição. “Então, se a gente conseguir formar um vínculo seguro com a criança para que ela tenha referências em que possa confiar, em que ressignificar as suas experiências e as crenças que tem sobre si mesma e sobre o mundo, isso vai ajudá-la de forma essencial no seu caminho de vida.”

 

Grupos de apoio

Já o juiz corregedor Rodrigo Tavares Martins, do Núcleo V da CGJ, afirmou que a rede de apoio à infância, integrada por membros do TJ, MP e grupos de apoio, visa essencialmente identificar situações de risco às crianças e adolescentes e traçar estratégias que lhes garantam uma vida digna e com melhores perspectivas.

Nesta rede, disse, cabe ao TJ atuar na fase da destituição do poder familiar, com a procura de interessados na adoção da criança em sua própria a família biológica e, não sendo isso possível, o encaminhamento para adoção por outras pessoas.

Neste ponto, afirmou, é fundamental o suporte psicológico prestado pelos grupos de apoio à adoção - entidades formadas na própria sociedade civil - para que o processo seja bem-sucedido. “A criança, logo depois que vai para a adoção, se infantiliza como uma forma inconsciente de defesa à nova família e com isso muitas vezes os pretendentes acabam se desestabilizando.”

Conforme Martins, em 2017 foram realizadas 636 adoções no estado, com seis casos de devoluções por parte das famílias. Já os casos de interrupção do estágio de convivência entre os acolhidos e as famílias postulantes à adoção, chegaram a 30.

O Encontro Estadual de Grupos de Estudos e Apoio à Adoção de SC se encerra na tarde de hoje (21), com debates sobre Comunicação não violenta e escuta de crianças e adolescentes em situação de violência.

Alexandre Back
Agência AL

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