Estudo que aponta queda nos índices educacionais de SC repercute no plenário

Para Coruja, resultado é reflexo de falhas na elaboração dos currículos escolares e da diminuição da qualidade dos conteúdos ministrados.

O deputado Fernando Coruja (PMDB) subiu à tribuna na sessão plenária da manhã desta quinta-feira (18) para comentar levantamento que aponta queda no desempenho do ensino médio em Santa Catarina. Para o parlamentar, o resultado é reflexo de falhas na elaboração dos currículos escolares e da diminuição da qualidade dos conteúdos ministrados.

O estudo, da organização não governamental Todos Pela Educação, feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, coloca Santa Catarina em penúltimo lugar entre os estados em termos de desempenho do Ensino Médio, com um incremento no índice de aprovações de apenas 0,6 ponto percentual nos últimos 10 anos (de 62,1%, em 2005, para 62,7% em 2014).

Os dados também demonstram que o estado ficou distante da meta estabelecida pela entidade para o período, de ter 75,4% dos seus estudantes de até 19 anos com o ensino médio concluído.
“O Brasil realmente tem problemas estruturais graves na educação, que não podem ser resolvidos por meio de propostas simplistas como o estabelecimento de metas mais ousadas para o setor, a exemplo das que foram apresentadas aqui no ano passado, quanto debatemos o Plano Estadual da Educação. A questão passa por uma série de fatores, como a queda na qualidade da educação em todo o país e um currículo com excesso de matérias, que guardam pouca relação com o mercado de trabalho”, disse Coruja.

Outro fator que pode ter influenciado o mau resultado obtido por Santa Catarina é a forma de avaliação dos alunos, acrescentou o deputado, que se mostrou otimista com uma melhoria no quadro nos próximos anos. “Não consigo avaliar efetivamente se esses números decorrem do fato de termos critérios mais firmes de aprovação, mas, de maneira geral, temos aqui configurado um problema que é nacional. Entretanto, por termos uma situação privilegiada sob o ponto de vista econômico e social, em Santa Catarina poderíamos implementar modificações que permitam que nosso ensino médio avance. São pontos que precisamos avaliar e debater.”