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04/11/2020 - 16h51min

Estiagem assola Oeste e deputados sugerem desbloquear recursos

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Deputado Mauro de Nadal comandou a sessão virtual
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

A estiagem que assola o Oeste há cerca de 40 dias repercutiu com força na sessão virtual de quarta-feira (4) da Assembleia Legislativa, com deputados sugerindo o desbloqueio de recursos em Brasília para mitigar a falta de água em Chapecó e região.

“Não há perspectiva nenhuma de chuva, falo de chuva significativa. Já tem rodízio de abastecimento de água, Chapecó é um desses municípios, e não há previsão de quando o abastecimento será normalizado. O lajeado São José está praticamente seco e o rio Tigre ainda se mantém, mas não consegue garantir o abastecimento”, destacou Padre Pedro Baldissera (PT).

O deputado lamentou os prejuízos à lavoura de milho e avaliou que a quebra na safra poderá comprometer a silagem para os animais no inverno, impactando diretamente as famílias.

“Sempre avisamos que ia acontecer, agora avisamos que situação vai se agravar a cada ano que passa. Precisamos recuperar a capacidade de mananciais, com tratamento cuidadoso da água subterrânea e encontrar formas de acumular água nos meses chuvosos para utilizar nos meses de estiagem”, defendeu o parlamentar, que citou o exemplo das cisternas.

Cesar Valduga (PCdoB) concordou com Padre Pedro e sugeriu que o Ministério da Integração desbloqueie R$ 189 mi destinados à captação de água no rio Chapecozinho para suprir a demanda de Chapecó e região.

“Segundo as palavras da população, se fala em água só na época de estiagem, mas temos projeto licitado e está contingenciado no Ministério da Integração para captação de água no rio Chapecozinho. Nossos senadores, a bancada federal, vamos descontingenciar os recursos de R$ 189 mi, que façamos um requerimento em conjunto com todos os deputados”, propôs Valduga.

Moacir Sopelsa (MDB) apoiou o descontingenciamento.

“Vi as imagens da situação da barragem que abastece Chapecó, pode contar comigo no apoio ao descontingenciamento. Que o governo federal crie vergonha, descontingencie os recursos e mande para Santa Catarina para captar água, que o povo está desesperado”, descreveu Sopelsa.

Valdir Cobalchini (MDB) e Neodi Saretta (PT) acompanharam os colegas.

“Falta priorização para a prevenção do fenômeno que se repete, a estiagem que enfrenta o Grande Oeste é terrível, já tem prejuízos que se acumulam, nossos animais dependem de água transportada, as prefeituras nunca trabalharam tanto e têm cidades que falta água para o consumo das pessoas. A situação ficará dramática pelas perspectivas que temos”, declarou o representante de Caçador.

Cobalchini sugeriu que a casa integre o Comitê de Crise criado para enfrentar a estiagem e pediu que o Executivo, através das secretarias e empresas, “estenda a mão aos municípios”.

“A seca assola violentamente o Oeste, no início do ano a região passou por uma longa estiagem e agora há 40 dias não chove, as agroindústrias e os produtores estão puxando água”, lamentou Saretta.

Estupro culposo
Kennedy Nunes (PSD) voltou a criticar o julgamento de um caso de estupro em que a vítima foi esculachada pelo advogado de defesa sem qualquer ação por parte do promotor e do juiz.

“Tem uma menina da idade da minha filha que vai em uma festa e perde a virgindade, isso é fato. Quando ela procura a Justiça e quando pensa que vai ser abraçada e protegida, ela, em plena audiência, é novamente violentada. Quem manda no julgamento é o juiz, não é? Parabéns juiz, o senhor teve a coragem de deixar uma mulher ser novamente agredida”, discursou Kennedy, que reverberou a frase do meritíssimo dirigida à vítima: “tome uma água para se recompor”.

Ada de Luca (MDB), Luciane Carminatti (PT) e Dirce Heiderscheidt (MDB) também lamentaram a omissão do juiz e do promotor.

“A jovem foi submetida a uma inquisição vexatória e humilhante, precisamos que todas as condutas sejam apuradas e eventualmente punidas, queremos respeito”, pediu a coordenadora da Bancada Feminina da Alesc, acrescentando que entre 2010 e 2018 o estado registrou crescimento de 88% nos estupros consumados.

“A forma como esse processo se deu me lembrou a época medieval, quando as mulheres que questionavam alguns comportamentos que a colocavam em submissão total, eram amarradas e queimadas em praça pública”, rememorou Carminatti.

“É uma situação muito complicada e a palavra que precisamos é respeito”, concordou Dirce, que apelou aos colegas homens para se juntarem à Bancada Feminina em defesa das mulheres.

Já os deputados Jessé Lopes (PSL) e Maurício Eskudlark (PL) pediram cautela para não incriminar alguém que ainda não foi condenado definitivamente.

“Temos a responsabilidade de não incriminar alguém antes de um desfecho”, justificou Jessé, que citou o caso do prefeito Gean Loureiro, que foi filmado em ato sexual com servidora da prefeitura em repartição pública. “Ao olhar a cena a gente vê que houve consentimento das partes e ela tentou incriminar o prefeito”.

“Nosso estado é campeão em violência doméstica, esse machismo e  o sentimento de posse na relação são problemas gravíssimos”, afirmou Eskudlark, ponderando em seguida que as imagens mostram que a vítima entrou e saiu do local do suposto crime voluntariamente.

Câncer de próstata
Neodi Saretta (PT) repercutiu na tribuna virtual a campanha Novembro Azul, que objetiva sensibilizar os homens para a importância do exame de próstata para prevenir um tumor maligno no local.

“A campanha  conscientiza os homens sobre o câncer de próstata, que é o segundo que mais atinge os homens, atrás apenas do câncer de pele. A cada 36 minutos um homem é vítima do câncer de próstata. Que o estado e os municípios possam aproveitar este mês para fazer ações de conscientização acerca dos exames e do diagnóstico precoce”, declarou o presidente da Comissão de Saúde.

 

Vítor Santos
Agência AL

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