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25/07/2014 - 17h00min

“Estamos sempre à margem”, afirma ativista em evento sobre a mulher negra

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O evento foi organizado pelo Programa Antonieta de Barros da Alesc, que há dez anos recruta jovens de comunidades Fotos: Miriam Zomer/ Agência AL

A luta diária por respeito, dignidade e reconhecimento social, travada pelas mulheres negras em todo o país, dominou os debates do evento que marcou o Dia Internacional da Mulher Negra, comemorado em 25 de julho. Uma mesa de debates com representantes de várias entidades do movimento negro foi realizada na tarde desta sexta-feira (25), no Auditório Antonieta de Barros da Assembleia Legislativa.

“A coisa que a gente mais quer é ser aceita e respeitada. E, com isso, conseguirmos nosso espaço. Estamos sempre à margem, somos colocadas `a margem”, disse Rosane Nunes da Silva, presidente da Urca (Associação de Resgate Cultural Mãe África e Pai Brasil). “A mulher branca saiu de casa há 30 anos para trabalhar. A mulher negra está fora de casa há 500 anos, sempre trabalhando”, comparou.

Além da Urca, membros do movimento Unegro, do Grupo Afro Ganga Zumba, do Bloco Alegria do Caminho Novo e da AMAB (Associação de Mulheres Negras Antonieta de Barros) falaram sobre a história da mulher negra em Santa Catarina e dos novos desafios contra o preconceito e a favor da inclusão.

O evento foi organizado pelo Programa Antonieta de Barros (PAB) da Assembleia Legislativa, que há dez anos recruta jovens oriundos de comunidades em vulnerabilidade social para estagiar no Parlamento. Marilú Lima de Oliveira, coordenadora do PAB, disse que o principal objetivo do encontro foi promover a reflexão a cerca do tema entre os estagiários do PAB. “Queremos que a juventude conheça a história da mulher negra e possa participar da inclusão e entender seu papel na sociedade e neste processo”, resumiu Marilú.

A professora Altair Alves Lúcio, membro da diretoria da AMAB, passeou pela história catarinense e lembrou nomes de mulheres negras do passado e da atualidade que contribuíram e contribuem na luta pela participação delas na sociedade. “É preciso dialogar para saber como o jovem está se colocando diante dessa questão”.

O repórter e apresentador da RBSTV, Edsoul, participou do evento, mediando parte do debate. Ainda foram realizadas pela manhã atividades voltadas aos estagiários do PAB, com projeção de filmes. Os participantes ainda conferiram uma exposição fotográfica de Carla Deschamps que clicou várias mulheres negras em diversos cenários.

Rony Ramos
Rádio AL

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