Espaços culturais da Alesc registram aumento no número de visitantes
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL
Palco de lançamentos literários, exposições de artes visuais e apresentações artísticas, os espaços culturais da Assembleia Legislativa têm se tornado referência para a arte e a cultura catarinenses. A Gerência Cultural da Alesc pretende ampliar neste ano a promoção e a valorização do setor, abrindo 2020 com a comemoração do centenário do nascimento do artista Ernesto Meyer Filho e dos 20 anos de funcionamento da galeria de arte que leva seu nome.
A galeria e o Espaço Didático Cultural da Alesc abrigaram, somente em 2019, 25 exposições e 10 mostras institucionais dos mais variados gêneros, além de organizar mais de 10 apresentações artísticas e culturais. Foram apresentados trabalhos contemplados pelo Edital de Seleção de Projetos Artísticos e mostras institucionais. Para as exposições de 2020, o edital já está disponível para consulta e as inscrições serão em março.
De acordo com Any Santos, da Gerência Cultural da Alesc, a procura pelos espaços aumentou consideravelmente neste ano devido à maior divulgação e ao interesse do público pelas obras. “Foram em média de 80 a 100 pessoas prestigiando os eventos, que girou em torno de quatro a cinco por mês.”
Entre as exposições, destaque para a que retratou os 30 anos da Constituição Estadual e a mostra de desenhos infantis: Criança não trabalha, lugar de criança é na escola, resultado de uma parceria entre o Tribunal Regional do Trabalho e a Assembleia. A mostra itinerante já passou por vários municípios e recebeu mais de mil visitantes, além da mostra infantil a Arte Transforma, exposta no Espaço Didático Cultural, em que os artistas são crianças.
Acervo
Sobre o acervo cultural da Assembleia, Any Santos explica que a partir de aquisições e doações espontâneas de artistas e apreciadores de arte, há uma eclética coleção de 425 obras. O início do acervo do Legislativo estadual confunde-se com a própria história do Poder, compostas por pinturas, gravuras e esculturas de renomados artistas estrangeiros e brasileiros, entre eles muitos catarinenses. O Parlamento intensificou as doações com a aprovação da Resolução 986, de 2002, que estimula os autores de obras expostas na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho, localizada no hall do Palácio Barriga Verde, a deixar um trabalho para ser exposto permanentemente nas dependências da Casa.
Visando preservar e valorizar este patrimônio artístico-cultural que pertence à sociedade catarinense, tendo como responsável por seus cuidados o Poder Legislativo, a Coordenadoria de Eventos, por intermédio da Gerência Cultural, faz a catalogação das peças, além de fotografá-las e divulgá-las com o respeito e o reconhecimento que seus autores merecem, salienta.
Entre as obras de maior vulto do acervo estão “O Naufrágio”, do catarinense Eduardo Dias; “Cais Beira Mar”, do também catarinense Martinho de Haro; “Desterro 1700”, do artista Rodrigo de Haro; “Opus 1 e Opus 2”, da artista Maria Polo, natural de Veneza (Itália); e “A Conquista”, do espanhol Antônio Mir.
Esses e outros trabalhos permanecem expostos nos corredores e demais ambientes da sede do Poder Legislativo, transformando o Palácio Barriga Verde em uma grande galeria de arte. Distribuídos de maneira harmoniosa pelas salas, corredores e gabinetes, as peças podem ser apreciadas por cerca de 2 mil pessoas por dia, média de visitantes recepcionados pela Casa.