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28/09/2009 - 18h23min

Escolas finalizam 3º Encontro Estadual da Síndrome do X Frágil com apresentação de experiências

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III Encontro Catarinense da Síndrome do X-Frágil - Simone de Almeida
O 3º Encontro Catarinense da Síndrome do X Frágil, que ocorreu durante todo o dia de hoje (28), no Auditório Deputada Antonieta de Barros, terminou com a apresentação de algumas escolas e suas experiências com a inclusão dos portadores da síndrome nas instituições. Quatro escolas da Grande Florianópolis apresentaram o trabalho que realizam, sendo que apenas uma é pública. A primeira escola a mostrar sua experiência foi o Centro Educacional Menino Jesus, com a pedagoga Eliane Araújo. Ela afirmou que nunca se falou tanto em diferenças como agora e que a escola ganhou muito com a inclusão do aluno. “A realidade de hoje é diferente. A educação tem que ser diferente também porque não há mais um padrão.” Em relação à síndrome, já que na escola também existem alunos com outros problemas, Eliane destacou que são crianças sociáveis e doces e que mostram habilidades no aprendizado com a utilização do computador. “Outra providência que tomamos foi colocá-los longe de janelas ou longe de corredores para que não possam ver o movimento. A sala também deve ser limpa, sem nada que chame muito a atenção.” Eliane citou que a rotina e os bons exemplos são fundamentais, porque crianças com X Frágil costumam imitar comportamentos. A pedagoga Tânia Mara, que falou em nome da Escola de Educação Básica Governador Ivo Silveira, de Palhoça, disse que a escola atendeu dois jovens com a síndrome. Os dois entraram no primeiro ano do ensino médio e já se formaram. A menina está cursando Enfermagem, no ensino superior, e o rapaz trabalha numa grande empresa da região. “Foi uma experiência válida. Na época, não sabíamos nada sobre a doença e procuramos atendê-los de uma forma que não se sentissem excluídos. Tânia acredita que qualquer tipo de síndrome deve ter avaliação diferenciada, destacando o que cada aluno tem de melhor e o que ele aprendeu durante o ano. Representando o Colégio Ilhéu, a professora Simone Carminatti de Almeida acredita que a principal dificuldade da síndrome é o entendimento sobre a doença. “Nós não tínhamos a menor ideia do que seria o X Frágil e a nossa aluna nos ensinou muito. Ela é especial. Não foi nada fácil. Houve tropeços e falhas, mas tenho certeza de que estamos fazendo um bom trabalho.” A escola apresentou seus métodos de ensino. Na matemática, procurou-se dar maior ênfase nas quatro operações básicas. Em português, trabalha-se a leitura e a interpretação de textos simples. A oralidade é utilizada nas outras disciplinas. A última apresentação foi feita pela diretora pedagógica do Colégio Energia, Lorena Nolasco, que falou de um aluno que entrou com cinco anos na escola, há cerca de 15 anos. Atualmente, o rapaz trabalha como inspetor de alunos na instituição. “Ele não aprendeu a ler e nem a escrever, mas reconhece cada nome de professor por símbolo. É dedicado, carinhoso e prestativo. Sinto que conseguimos fazer parte da vida dele. Que fizemos a diferença para ele.” A oralidade e o uso do computador também foram destacados como fontes importantes na ajuda para a formação do aluno. A idealizadora do evento, Ingrid Tremel Barbato, comemorou o resultado do encontro: “Depois de hoje, estaremos mais preparados e muito melhores como pessoas”. (Graziela May Pereira/Divulgação Alesc)
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