13/10/2009 - 18h24min
Entrada franca na Efapi atrai ainda mais público
No terceiro dia da Exposição-feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó – Efapi 2009 – os pavilhões só foram abertos às 15 horas. A entrada nesta terça-feira (13) é gratuita e desde o início da tarde os visitantes já faziam filas nos portões de acesso ao Parque de Exposições Tancredo Neves. Ontem, feriado nacional e Dia das Crianças, o evento recebeu 38 mil pessoas, segundo informações divulgadas pelos organizadores. Parte do público foi atraída pelo show nacional do grupo de samba “Inimigos da HP”.
Nos quatro primeiros dias de feira, que segue até o domingo (18), 220 mil pessoas passaram pelo parque, quase a metade da estimativa feita pela Comissão Central Organizadora (CCO) para os 10 dias de Efapi, que foi de 500 mil visitantes. Para se ter uma ideia, é como se a população da cidade de Chapecó, de 165 mil pessoas (IBGE/2007), fosse triplicada e passasse pelo local.
Para dar conta de todo o lixo produzido por esta quantidade de pessoas foi elaborado um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Efapi (PGR). O coordenador do gerenciamento, Valmir Carlos Kirschner, explicou que o plano foi elaborado em parceria com o curso de Monitoramento e Controle Ambiental do Senac de Chapecó, cujos alunos atuam no dia a dia da feira.
O primeiro passo é a identificação dos resíduos por tipo, depois do gerador (estande, por exemplo) e do local. A partir daí é definida em que embalagem aquele tipo de lixo deve ser acondicionado para então seguir para o sistema de coleta e destinação. “Cada etapa desse processo é monitorada. Temos umas 120 pessoas trabalhando no parque para manter a limpeza e dar a destinação correta a todo o tipo de lixo produzido aqui”, completou o coordenador. Ele acrescentou que o trabalho é inspecionado pela Vigilância Sanitária e pela Vigilância Ambiental da prefeitura de Chapecó.
Só na coleta e destinação dos dejetos dos animais que estão sendo expostos na Efapi trabalham 30 homens. Até o final de hoje terão sido recolhidas 20 toneladas deste tipo de resíduo, que é encaminhado para compostagem e, dali, para as propriedades rurais, onde será transformado em adubo orgânico.
Os dejetos humanos dos banheiros químicos são recolhidos ainda na madrugada, antes do amanhecer. Os alunos do Senac monitoram a limpeza e coleta dos resíduos de cada unidade, que seguem direto para a estação de tratamento de efluentes. “Medimos os volumes recolhidos e fotografamos o despejo para, no final do evento, apresentar um relatório. Sem essa monitoria, não poderíamos garantir a destinação correta dos 15 mil litros de dejetos humanos que já coletamos.”
Em que pese todas as mensagens na rádio da feira, cartazes e depósitos para recicláveis espalhados por inúmeros pontos, ainda falta consciência da população. De acordo com Kirschner, muito lixo que poderia ser encaminhado para a reciclagem se perde por conta disso. Ainda assim, já foram recolhidas 10 toneladas de materiais recicláveis, 5 toneladas de orgânicos e 15 toneladas do chamado classe 2 - restos de tapeçaria e confecção, entulhos de obras e pedaços de madeira. Os recicláveis são separados por catadores de duas associações do município e a renda é dividida entre todos. Na última edição, a venda do material resultou em R$ 15 mil e cada trabalhador recebeu, em média, um salário mínimo nacional. (Andréa Leonora/Divulgação Alesc)