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23/07/2014 - 17h22min

Enquanto PM comemora redução, SAMU faz campanha contra trote

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Enquanto a Polícia Militar comemora a redução dos trotes recebidos no 190, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) faz campanha nas escolas catarinenses para diminuir os trotes ao 192. De acordo com o major De Sousa, comandante em exercício da Central Regional de Emergência da Grande Florianópolis, localizada no 4º BPM e que atende o 190, 192 e 193, no dia 22 de julho o 190 recebeu 2.032 ligações e apenas 11 foram trote. “Foi um feito histórico, postei no Facebook e até o comandante curtiu, somente 0,54% das ligações desse dia eram trote”, contou o major. No caso do Samu, segundo explicou Juliana Guaresi, supervisora de planejamento da Associação Paulista para o Desenvolvimento da medicina (SPDM), cerca de 10% das ligações recebidas são trotes.

A Agência AL apurou que PM estipulou um protocolo de ação para executar a Lei 14.953/09, do então deputado Rogério Mendonça, que coíbe o trote, enquanto o Samu não encaminha os casos de trote para o Ministério Público. “Enviamos os casos à Corregedoria da PM, que seleciona-os, remetendo-os à Secretaria de Segurança Pública e esta ao MP”, explicou Sousa. Já a supervisora de planejamento da SPDM afirmou que “a empresa estuda como proceder e não tem um caminho definido ainda”.

Segundo Naihana Pandini, atendente do 192, o trote é comum, quase sempre feito por crianças e geralmente nos horários de entrada e saída das aulas. Para combater a sanha infantil pelo trote, o Samu criou dentro do Projeto Educa Samu um programa educacional voltado para as escolas públicas e privadas. “Temos oito educadoras espalhadas pelo estado que desenvolvem atividades nas escolas para prevenir o trote”, afirmou Juliana, acrescentando que a SPDM faz contato com as escolas e expõe o projeto.

Apesar do percentual significativo de 10% de trotes para 192, apenas uma média de 15 trotes por mês geram o deslocamento de ambulância. “Quase todos os trotes são identificados pelos atendentes e a ligação não chega ao médico que avalia a gravidade dos casos”, explicou Juliana, que citou o caso de duas adolescentes de Balneário Camboriú que enganaram os atendentes e o médico plantonista. “A ambulância foi até o local, era um salão de beleza. Elas riram do pessoal do Samu, mas eles chamaram a polícia e constataram a fraude”, contou Juliana.

Vítor Santos
Agência AL

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