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07/04/2017 - 13h21min

Engenharia da Udesc Joinville se destaca em competições acadêmicas

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Alunos e professores das equipes que participam dos projetos de ensino da Udesc em Joinville: destaque internacional
FOTO: Solon Soares/Agência AL

Os cursos de engenharia do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT) da Udesc em Joinville têm se destacado em competições acadêmicas, com resultados expressivos inclusive no exterior. Por meio de projetos de ensino, os universitários desenvolvem e constróem carros, barcos e aeromodelos para participar das disputas, que têm projetado o nome dos acadêmicos e da universidade.

Um desses projetos é o Baja, que consiste no desenvolvimento e montagem de um carro offroad para as competições. Na Udesc, a equipe Baja Velociraptor, formada por 22 graduandos, ficou em segundo lugar na classificação geral da 14ª Competição Baja SAE Brasil –Etapa Sul, realizada em novembro passado, em Passo Fundo (RS). A equipe também participou de uma competição internacional, nos EUA, no ano passado.

Já a equipe Albatroz é responsável pelo desenvolvimento de um aeromodelo. O trabalho de 30 acadêmicos surtiu bons resultados: nos últimos três anos, o time é o melhor no Sul do país nas competições.  Nas águas, a equipe Hurakan projetou um catamarã movido à energia solar e conquistou o primeiro lugar no Desafio Solar Brasil 2016, realizado em Búzios (RJ), além de outros resultados expressivos em anos anteriores.

Entre os alunos que integram as três equipes, há um consenso: o desenvolvimento dos projetos possibilita pôr em prática aquilo que é aprendido em sala de aula. “Na classe, a gente faz o cálculo e chega a um número. No projeto, você tem que interpretar esse número. Isso é ser engenheiro na vida real”, diz Juliana Zimmermann, capitã da equipe Albatroz (Micro) e aluna do 8º semestre de Engenharia Mecânica.

A prática possibilitada pelo projeto permite que, além de exercer a teoria da Engenharia Mecânica, os acadêmicos agreguem conhecimentos de Engenharia Aeronáutica. Juliana lembra, ainda, que a participação nas competições mantém os alunos em contato com o mercado de trabalho e com o que há de mais atualizado em tecnologia.

O exercício da prática também é importante no combate à evasão de alunos. Matheus Portz da Silva, integrante da equipe Baja Velociraptor, afirma que teve a certeza de que estava no curso certo quando começou a trabalhar no projeto do carro offroad. “É algo que exige muita dedicação e tempo. Mas é muito bom quando a gente tira o projeto do papel, é muito motivador”, diz o universitário, que está no quinto semestre de Engenharia Mecânica.

Aluno do sétimo semestre de Engenharia Mecânica, Gabriel Faustini, capitão da Equipe Hurakan, comenta que os resultados das competições motivam os estudantes a irem cada vez mais longe. No caso da Hurakan, o próximo desafio é a construção de um novo barco para a competição internacional, na Holanda. “Vamos ter que construir um barco do zero, com materiais mais leves, que vai exigir bastante investimento”, explica.

Benefícios
Conforme o vice-reitor da Udesc, Leandro Zvirtes, a instituição investe entre R$ 8 mil e R$ 10 mil em cada projeto de ensino, principalmente na infraestrutura física. O retorno, porém, é muito maior. “Os projetos despertam os alunos para a profissão já dentro da academia. O resultado é que temos profissionais de melhor qualidade quando eles entram no mercado de trabalho”, considera.

As equipes também contam com patrocínios da iniciativa privada. O diretor-geral do CCT, José Fernando Fragalli, também considera os projetos de ensino um diferencial na formação dos futuros engenheiros. “É como se eles estivessem numa empresa, tendo que apresentar resultados, além de aprenderem a trabalhar em equipe. Isso é um diferencial na hora em que eles entram no mercado de trabalho”, acredita.

Orientador da equipe Albatroz desde 2009, o professor Fernando Humel Lafratta concorda que as atividades do projeto de ensino diminuem a evasão escolar. “Nós temos muitos relatos de alunos que estavam para desistir do curso e voltam atrás por causa da prática”, diz.

As três equipes mantêm sites e perfis no Facebook com detalhes dos projetos desenvolvidos, além dos patrocinadores e apoiadores. Mais informações podem ser obtidos na página da Baja Velociraptor, da Albatroz e da Hurakan.

Marcelo Espinoza
Agência AL

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