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14/10/2009 - 20h18min

Emprego, renda e muito trabalho na Efapi

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Efapi 2009 - Casal vendendo churros
Na edição 2007 da Efapi o casal Jardel Ribeiro, 22 anos, e Kely Lopes, 20, assumiu dívida de R$ 6 mil para comprar uma máquina de churros, o ponto de exposição e a matéria prima. Durante o período da feira os dois chegaram a trabalhar 17 horas seguidas, esforço recompensado com o aumento das vendas que, no final do evento, já chegava a 600 unidades por dia. Dali eles saíram com todas as dívidas pagas e “um dinheiro no bolso”. É isso o que a Efapi representa para muitos trabalhadores: um impulso. “Esse passou a ser o nosso ganha pão. Em seguida conquistamos um ponto no calçadão do centro da cidade e há uma semana diversificamos nossos negócios com a abertura de um quiosque de tapioca e sucos naturais.” Mesmo com a vida um pouco mais organizada eles voltaram para a Efapi e a trabalhar 17 horas por dia. “É que agora compramos o nosso apartamento e a entrada é de R$ 5 mil. Vamos tirar o dinheiro desses 10 dias de trabalho aqui”, diz Kely, confiante. Agora a arrancada nas vendas já foi a partir de 500 churros por dia. “Vamos chegar aos 800, tenho certeza.” A movimentação de dinheiro já chega a R$ 12 milhões em Chapecó e municípios vizinhos só em função da feira. Nesta edição estão sendo gerados 3 mil empregos diretos temporários. Emprego como o de Douglas Marolli, de 20 anos, garçom em um dos grandes restaurantes do parque. O que ele vai fazer com o dinheiro que ganhar? “Investir na minha banda de rock. Estou desempregado e trabalho aos sábados para manter os estudos. Com a Efapi vou ter uma renda extra e poder investir no meu hobby.” Não é este o caso do casal Francisco e Neiva Moraes. Pais de dois filhos, eles vivem de catar, separar e vender materiais recicláveis. “Estamos aqui por necessidade. Cada um de nós tira pelo menos um salário mínimo nesse período, o mesmo que levamos um mês inteiro para fazer fora da Efapi. Podia ser melhor pelo tanto de trabalho, mas é um dinheiro muito importante para nós.” Há também quem esteja empregado, mas não deixe passar a oportunidade de um dinheiro extra. O mecânico de maquinário agrícola Verlei Malmann tirou férias da empresa onde trabalha e durante 10 dias vai virar pizzaiolo na Efapi. “Vai dar para tirar mais de R$ 800,00. Nos outros 20 dias das férias eu posso passear e descansar. Vale a pena.” Boa parte desses trabalhadores deseja mesmo é ser empreendedor como o primeiro casal dessa matéria. E por isso mesmo muitos procuram o espaço do Sebrae-SC na Efapi. A analista Sílvia Carvalho Ferreira conta que é comum visitas de pessoas buscando informações. “Muitos se surpreendem ao ver nossas publicações e perceber que estão no caminho errado. Eles confundem sonhos, que todos temos, com um plano de negócios, o que é realmente necessário para a efetivação do sonho.” A gestora da Área de Políticas Públicas do Sebrae-SC, Kátia Rausch, observou entre os muitos visitantes alguns que estão na Efapi para compor capital a fim de investir em um negócio. “São pessoas que começam como vendedores de churros, ou de cachorro-quente, mas que não pretendem ficar no ramo de alimentos porque exige muito sacrifício. Eles estão fazendo o certo, juntando capital próprio para iniciar um negócio evitando, assim, o endividamento que ameaça tantas empresas em início de vida.” (Andréa Leonora/Divulgação Alesc)
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