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09/05/2013 - 17h22min

Em defesa da classe trabalhadora, assistentes sociais celebram o seu dia

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Professora Lúcia Lopes, palestrante do seminário do CRESS. Foto: Solon Soares/Agência AL

A melhoria dos salários e o respeito à jornada semanal de trabalho são os motes da campanha em comemoração ao Dia do Assistente Social, celebrado em 15 de maio. Na tarde desta quinta-feira (9), um seminário no Auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, marcou a data.

Cerca de 300 assistentes sociais de todo o estado participaram do evento, organizado pelo Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) 12ª Região. A campanha também tem a participação do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).

De acordo com a presidente do CRESS 12ª Região, na campanha, a defesa da classe trabalhadora não fica restrita aos assistentes sociais. “Não são só os assistentes que sofrem com a exploração do trabalho. As outras classes também enfrentam longas jornadas e baixos salários”, afirma Magali Régis Franz. “A maioria das pessoas que procura o assistente social está fragilizada ou pela renda baixa, mesmo aqueles que estão empregados, ou por outras questões”.

A dirigente explica que os assistentes sociais tiveram conquistas importantes nos últimos anos, como a aprovação da Lei Federal 12.317, em 2010, que estabeleceu jornada de 30 horas semanais para a categoria. “Isso veio pra valorizar o trabalho do profissional, tendo em vista que muitos assistentes, devido às jornadas extenuantes e por trabalharem com as fragilidades da sociedade, estavam adoecendo e se afastando”.

Palestras
Os participantes do seminário acompanharam duas palestras. Na primeira, o professor da Universidade Federal da Paraíba e conselheiro do CFESS Marcelo Sitcovsky Santos Pereira tratou do tema “O assistente social em defesa da classe trabalhadora”. Segundo ele, mesmo com a aprovação da lei 12.317, os assistentes ainda enfrentam jornadas de trabalho superiores a 30 horas por semana, além dos baixos salários.

“É uma luta contra a precarização do trabalho e contra a exploração, que não é restrita aos assistentes sociais e abrange todos os trabalhadores”, afirmou Pereira. “É preciso que os empregadores entendam que sem o braço do trabalhador nada se transforma em riqueza”.

Já a professora da Universidade de Brasília Lúcia Lopes tratou do tema Seguridade Social. Ela defendeu uma ampliação das políticas de seguridade além daquelas previstas na Constituição Federal: saúde, previdência e assistência.

“Nós defendemos uma perspectiva de seguridade social para além dessas políticas. Na seguridade, também se inclui educação, trabalho, renda. Não dá pra se pensar proteção social sem se pensar articuladamente os conjuntos dessas políticas”, disse Lúcia.

Marcelo Espinoza
Agência AL

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