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04/02/2014 - 15h01min

Economia catarinense mantém índices do ano passado

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Maurício Mullinari, assessor econômico da Fecomércio. Foto: Eduardo Guedes de Oliveira / Agência AL

Os economistas em Santa Catarina traçaram suas expectativas para o ano de 2014 no mês que passou. Segundo relatório da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) vai ser baixo para este ano, acompanhando o movimento do ano de 2013. O comércio varejista catarinense teve uma desaceleração no volume de vendas no ano passado e, de acordo com dados da Fecomércio, a previsão é de que neste ano a situação se repita. Em 2013, o crescimento foi de apenas 3% e em 2014, deve ser de 4%. Nos anos anteriores, até 2012, o crescimento chegava a 8% ao ano.

Maurício Mulinari, assessor econômico da entidade, explica que o mercado de trabalho está seguro e que vai haver um crescimento no volume de emprego e renda por conta da falta de mão de obra especializada, mas a inflação pode ser o vilão que prejudicará o setor. De acordo com o assessor, na média, é uma inflação segura. O preço dos alimentos e serviços, contudo, é o que mais vai pesar no bolso do consumidor catarinense. “A alta no preço dos alimentos é decorrência da má safra nos Estados Unidos, o que influencia o preço aqui. A alta do dólar é outro fator que encarece os alimentos vindos de fora”.

A avaliação do economista é de que a renda do trabalhador aumentou, mas a inflação diminuiu o poder de compra das famílias. “Outro fator para a desaceleração do comércio é o endividamento, o que reduz a procura e oferta por crédito. De qualquer forma, as pessoas estão conscientes desse endividamento e cautelosas em sanar suas dívidas”.

Apesar das expectativas não muito otimistas, Maurício afirma que a economia catarinense e brasileira continua crescendo e gerando renda. Para ele, o consumo deve ser efetuado de maneira comedida, pois a situação para 2014 está tranqüila, mas a margem de lucro das empresas já não é tão grande quanto nos anos anteriores por conta dos custos elevados e do menor volume de vendas.

Michelle Dias
Agência AL

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