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10/04/2010 - 21h25min

Documento sobre criminalidade em Campos Novos será entregue a autoridades da Segurança Pública

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Audiência Pública a fim de debater o aumento dos índices de violência no município de Campos Novos.
O município de Campos Novos, na região Meio-Oeste catarinense, vem registrando um sério aumento nos índices de criminalidade. Para discutir a situação, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Romildo Titon (PMDB), realizou uma audiência pública na sexta-feira (9), na Casa da Cultura do município. Um dos encaminhamentos tirados ao final do encontro foi a elaboração de uma lista dos problemas que afligem a população, e possíveis soluções. O documento será entregue às autoridades da área da Segurança Pública de Santa Catarina, conforme compromisso assumido por Titon, que coordenou a audiência. Outras medidas foram determinadas de imediato pelo comandante-geral da Polícia Militar, Eliésio Rodrigues: três policiais militares que fazem a segurança da Unidade Prisional Avançada (UPA) retomarão as funções de policiamento ostensivo; a escala de trabalho será readequada; e haverá a contratação de uma cozinheira pela prefeitura, forma de substituir o militar que atua nesta função, liberando-o para a atividade policial de fato. Atualmente, a segurança dos 30 mil habitantes da cidade é garantida por 38 policiais militares. No encontro, promovido em parceria com a Câmara de Vereadores de Campos Novos, o debate se encaminhou para os principais tipos de ocorrência que têm contribuído para o aumento da criminalidade: furtos, assaltos, tráfico de drogas e agressões. O delegado regional Altair Luiz Muchalski chamou a atenção para o perfil das pessoas que cometem estes delitos. Segundo o levantamento que apresentou, 80% não possuem ensino fundamental completo, 50% estão desempregados e, na maioria das ocorrências, são pessoas solteiras, da faixa etária dos 18 aos 30 anos. “Esses dados evidenciam como é fundamental o acesso à educação e ao trabalho na vida das pessoas”, observou. Muchalski acredita que o combate ao comércio de drogas apresentará reflexos em toda a cadeia criminosa, uma vez que o tráfico está intimamente ligado a outras formas de delitos. Ele defendeu o aumento de efetivo para ambas as polícias, Militar e Civil, especialmente por conta da grande extensão territorial do município - 1.850 quilômetros quadrados -, o terceiro maior do estado. O delegado foi um dos que alertaram para o fato de que novas ações de segurança, como a instalação da UPA, atualmente com 100 detentos, tiraram do trabalho ostensivo alguns servidores da segurança. “Temos que fortalecer as polícias investindo na capacidade humana de trabalho”, comentou. Opinião semelhante foi expressa pelo comandante Eliésio Rodrigues. Em sua opinião, se o tráfico e a receptação forem combatidos com maior eficiência, os números de delitos como furto cairiam consideravelmente. Mas ressaltou que as ações não devem ser exclusivas da PM. “Sei que a PM é onde se dá vazão aos problemas sociais. Mas a segurança pública não se faz somente com a Polícia Militar. Existe um sistema mais complexo no qual entram família, escola, igrejas, além dos órgãos constituídos”, comentou. Ele conclamou a comunidade a participar através dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg) e sugeriu medidas como a abertura das escolas aos finais de semana para atividades dos jovens. Eliésio foi enfático ao criticar as benesses da legislação penal, defendendo que “está na hora de serem revistas algumas leis desta área”. Para confirmar sua posição sobre o assunto, comentou que, às vezes, a repreensão ao crime exige medidas mais duras, a exemplo do programa de segurança “Tolerância Zero”, executado pelo ex-prefeito de Nova Iorque, nos Estados Unidos, e que resultou em importante queda na criminalidade. O deputado Romildo Titon achou positiva a discussão. Ele confia que a entrega do documento contendo a lista de problemas e possíveis soluções vai fazer com que as autoridades da área iniciem ações mais eficazes para conter o avanço da criminalidade em Campos Novos. “A Assembleia Legislativa oportunizou um debate democrático, no qual a sociedade expressou seus anseios e expectativas. A atuação em parceria é que poderá trazer soluções aos problemas apresentados nesta audiência”, explicou o deputado Titon. (Scheila Dziedzic/Divulgação Alesc)
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