Dive-SC destaca a importância da vacina contra febre amarela
Atenta às recomendações do Ministério da Saúde referente à imunização contra a febre amarela, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC), desenvolve um trabalho de orientação à população, com foco na prevenção da doença que já registra casos no Sudeste. A iniciativa visa informar às pessoas quais são municípios catarinenses considerados Área com Recomendação de Vacina contra Febre Amarela (ACRV), entre outras questões.
Para a gerente de Vigilância de Zoonoses e Entomologia (GEZOO) da DIVE/SC, Suzana Zeccer, a vacina é a melhor maneira para se evitar a doença. Ela ressalta que, além da divulgar os municípios, a iniciativa visa esclarecer à população quais são as pessoas que devem e podem ser vacinadas.
Suzana alerta que população residente nos 162 municípios catarinenses considerados área de risco devem ser vacinadas. Além desse grupo, a gerente disse que a vigilância orienta também a necessidade de vacinação para as pessoas que forem se deslocar para regiões silvestres, rurais ou de mata localizadas em qualquer um dos 3.530 municípios brasileiros considerados ACRV.
Segundo Suzana, quem ainda não é vacinado e pretende viajar para essas áreas deve procurar um posto de vacinação pelo menos 10 dias antes da viagem. Indicada para pessoas a partir dos 9 meses de idade, a vacina oferece imunização total de proteção contra a doença, que pode ter curta duração ou evoluir para formas graves e levar até mesmo à morte. Diante gravidade, ela destaca que a vacina é gratuita e está disponível nas salas de vacinação das unidades de saúde pública do estado.
“Pessoas que ainda não foram vacinadas devem receber a vacina. Já aquelas, que em algum momento da vida já receberam a dose única da vacina não precisam mais ser vacinas ao longo da vida”, observou.
No entanto, grupos como gestantes, idosos, pessoas em quimioterapia e em determinados tratamentos de saúde não devem receber a vacina por causa dos riscos de reações graves.
Imunização
Suzana reafirma que a vacinação contra febre amarela é a medida mais importante e eficaz para prevenção e controle da doença. Produzida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a vacina produzida no Brasil é segura e altamente eficaz na proteção contra a doença, com imunogenicidade de 95% de proteção. “Os anticorpos protetores aparecem entre o sétimo e o décimo dia após a aplicação da vacina, razão pela qual a pessoas devem aguardar esse período, antes de ingressar em área de risco da doença”, observou.
Segundo Suzana, se a pessoa se deslocou nos últimos 15 dias para áreas com recomendação de vacina para febre amarela, exerceu alguma atividade em área de mata ou apresentou alguns dos sintomas deve procurar uma unidade de saúde. “A procura pelo atendimento médico é fundamental para a investigação, o diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento”, destaca.
Macacos também são vítimas
A gerente da Dive explica que o vírus da febre amarela se mantém naturalmente num ciclo silvestre de transmissão, que envolve primatas não humanos, animais hospedeiros e mosquitos silvestres.
Ela destacou, também, o importante papel dos macacos no combate da doença. Por serem tão vitimas quanto os humanos, por conviverem no mesmo ambiente do vetor silvestre, são os primeiros a adoecerem, sinalizando que o vírus amarílico encontra-se circulando na localidade. “Portanto, toda a morte de macacos deve ser notificada às autoridades de saúde municipais, para que sejam tomadas as devidas providências de investigação e vacinação da população local”, comentou.
A doença
A febre amarela é uma doença infecciosa e não contagiosa que se mantém endêmica ou enzoótica nas florestas tropicais dos continentes americano e africano, sendo transmitida ao homem mediante a picada de insetos hematófagos da família Culicidae, em especial dos gêneros Aedes e Haemagogus. A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação contra a doença.
Entre os principais sintomas da doença, estão a febre alta de início súbito, sensação de mal-estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço, calafrios, náuseas e vômitos. Porém, quando a doença evolui para a forma grave, há aumento da febre, diarreia, reaparecimento dos vômitos, dor abdominal, icterícia (olhos amarelados, semelhante à hepatite), manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos no nariz e gengivas) com comprometimento dos órgãos vitais como fígado e rins.
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