Direção do Sintespe denuncia ameaças e pede diálogo com governador
O secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de Santa Catarina (Sintespe), Wolney Chucre, utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira (10) para denunciar ameaças que o sindicato está sofrendo em função da greve dos agentes prisionais. A Procuradoria do Estado ameaça destituir dirigentes legitimamente eleitos e o Sintespe acumula multas que ultrapassam R$ 2 milhões, tentativas que querem forçar o fechamento da entidade, conforme o dirigente.
O dirigente do Sintespe pediu o apoio dos parlamentares para conseguir uma audiência com o governador. "Não sabemos se o governador tem conhecimento dos absurdos que vêm sendo feitos em nome dele." O deputado Neodi Saretta (PT) manifestou apoio à categoria em sua reivindicação de diálogo com o governador.
A greve foi suspensa na sexta-feira (4), por decisão do comando, fato que não tem relação com as ameaças, conforme Chucre, e deve-se à abertura de negociação por parte do governo. A greve foi deflagrada porque o governo não teria cumprido parte do acordo obtido em outra paralisação, no final do ano passado, que previa a revisão do Plano de Cargos e Salários. "A greve é legítima, tem amparo no estado democrático de direito, foi decidida livremente pelos trabalhadores e é vitoriosa até este ponto", defendeu.
O sindicato sofre uma campanha de criminalização liderada por membros do governo estadual, na opinião do dirigente. Decisões judiciais que resultaram no bloqueio de contas, multas pesadas e a tentativa de destituição de dirigentes são interpretadas pelos líderes da greve como ataques ao estado democrático. "Fechar um sindicato é coisa que se fazia no tempo da ditadura", disparou Chucre.
Agência AL