Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
06/06/2012 - 18h30min

Dirce Heiderscheidt avalia participação na 11ª Conferência Global sobre Envelhecimento

Imprimir Enviar
Deputada Dirce Heidersheidt (PMDB)
A deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB) representou o Parlamento catarinense na 11ª Conferência Global sobre Envelhecimento, encontro que reuniu 64 países em Praga, capital da República Tcheca, entre os dias 28 e 31 de maio, para discutir as políticas e práticas voltadas aos idosos. Em sua apresentação no evento, a parlamentar destacou dois exemplos bem-sucedidos de políticas públicas direcionadas à terceira idade em Santa Catarina. Ela falou a respeito da Cidade do Idoso, experiência desenvolvida em Chapecó, e da Faculdade da Maturidade, um projeto de extensão da Faculdade Municipal de Palhoça. Esta iniciativa foi incluída pela direção da Federação Internacional sobre Envelhecimento (IFA) no mapa global de modelos a serem seguidos. Nesta entrevista concedida à jornalista Ludmilla Gadotti, da Agência AL, a parlamentar, que coordena o Fórum Parlamentar em Defesa da Pessoa Idosa, fala sobre a sua participação na Conferência Global, o seu ingresso como membro da IFA e a possibilidade de realização de eventos internacionais promovidos pela federação em Florianópolis. Agência AL – Qual o balanço que a senhora faz da 11ª Conferência Global sobre Envelhecimento? Dirce – Acredito que nós, brasileiros, estamos tratando o idoso com mais dignidade. Estamos tentando socializar mais o idoso, fazendo com que ele tenha mais qualidade de vida. Agência AL – Quais aspectos mais relevantes dos dois projetos apresentados na conferência a senhora pode destacar? Dirce – Fizemos todo um levantamento em Santa Catarina com relação a projetos voltados à terceira idade. Obtivemos como resultado de sucesso a Cidade do Idoso, em Chapecó, um projeto muito interessante que realiza diversas atividades com foco no idoso, como artesanato, terapias alternativas, caminhadas, além de oferecer refeições e contar com atendimento médico, psicológico, de assistência social. A Cidade do Idoso de Chapecó é tida como referência, atendendo 5 mil idosos que passam o dia nos espaços de convivência. Inclusive a nova proposta do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) é que cada município tenha o seu Centro Dia, que seria um centro de convivência ampliado. A Secretaria do Desenvolvimento Social de Santa Catarina já está com o propósito de implantar cerca de 20 Centros Dia para o idoso no estado. Considerada um exemplo inspirador na conferência, a Faculdade da Maturidade, em Palhoça, em funcionamento desde 2007, já formou 296 alunos. Agência AL – É possível aplicar no Brasil e em Santa Catarina experiências bem-sucedidas em outros países? Pode citar algum exemplo? Dirce – É possível, sim. Sob o ponto de vista de atendimento e acolhimento ao idoso, estamos na frente. Outros países estão mais avançados em termos de tecnologia, que foi o principal tema debatido na conferência deste ano. Tivemos a oportunidade de conhecer diversas tecnologias sociais. Existe, por exemplo, um aparelho que monitora diariamente a condição física do idoso, como sinais vitais, e os dados são encaminhados a uma central médica. No momento que se percebe algum problema, a central já entra e m contato com o idoso e, se for necessário, envia uma equipe. Também estavam expostos outros aparelhos, como um telefone celular adaptado especialmente para os idosos, bem simples, com teclas maiores. Agência AL – Na opinião da senhora, quais são as políticas públicas prioritárias para que o país e o estado garantam à população um envelhecimento digno? Dirce – Temos, principalmente, que assegurar os direitos previstos em lei. Na conferência, apresentamos também o nosso Estatuto do Idoso, que teve uma repercussão muito positiva. Estamos mais avançados em termos de legislação, como, por exemplo, as questões de atendimento preferencial e de benefícios concedidos a idosos em situação de vulnerabilidade social. Agência AL – No evento, a senhora foi convidada pelo presidente da IFA, Ganga Dahran, a integrar a federação como membro representante do Brasil e de Santa Catarina. Quais são os trâmites para fazer parte da IFA? Dirce – Gostaria de relatar a felicidade que os membros da IFA demonstraram ao saber que, pela primeira vez, brasileiros estavam participando da Conferência Global sobre Envelhecimento. Aceitamos imediatamente o convite para participar como membro da federação e agora estamos tratando da documentação para formalizar o pedido. Isto me deixa muito feliz, porque é um assunto pelo qual sou apaixonada, tanto que aqui na Assembleia Legislativa criei o Fórum Parlamentar em Defesa da Pessoa Idosa. Estaremos fazendo este trabalho em conjunto com a IFA para buscar um envelhecimento mais digno para os nossos idosos. Agência AL – Representantes da Federação Internacional sobre Envelhecimento (IFA) pretendem fazer um encontro regional em Florianópolis em 2013 e demonstram interesse em realizar a 14ª ou a 15ª Conferência Global na capital catarinense. Qual será o encaminhamento dessas propostas? Dirce – O presidente da IFA viajará no mês de agosto a Nova Iorque (Estados Unidos), e em seguida provavelmente fará uma visita a Florianópolis para conhecer o nosso estado. No ano de 2013, haverá em Florianópolis uma regional da IFA, já confirmada, com a participação de países da América do Sul. Os dirigentes, então, devem organizar a grande conferência de 2014, que com certeza será na capital de Santa Catarina. Agência AL – Qual é a expectativa para a realização das seis audiências públicas regionais do Fórum Parlamentar em Defesa da Pessoa Idosa agendadas para junho e julho? Dirce – Vamos promover um fórum de discussão sobre a questão do idoso, percorrendo todo o estado. O objetivo é que possamos debater os anseios e as angústias da sociedade catarinense. Faremos o levantamento de dados e elaboraremos um documento para apresentar ao governador para melhorar as políticas públicas de atendimento ao idoso.
Voltar