Deputados pedem CPI para investigar a falsificação de medicamentos
Com 23 assinaturas favoráveis foi protocolado na tarde desta terça-feira (5) pedido de constituição de comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a falsificação de medicamentos em Santa Catarina. No requerimento, encabeçado pelo deputado Fernando Coruja (PMDB), os signatários alegam que circulam no estado mais de 500 medicamentos piratas, principalmente hormônios anabolizantes e remédios para disfunção erétil e para emagrecer.
O presidente da Casa, Gelson Merisio (PSD), pediu aos líderes das bancadas que se manifestem até quarta-feira (6), sobre a pertinência do fato determinado, ensejador do pedido de CPI. “O pedido está suspenso até amanhã, não foi dado o recebido, mas não havendo dúvida sobre o fato determinado a Presidência receberá o requerimento”, informou Merisio.
Hospitais filantrópicos
Antonio Aguiar (PMDB) destacou a crise vivida pelos hospitais filantrópicos e elencou as alternativas que estão sendo discutidas no parlamento para mitigá-la. “É uma situação delicada. O presidente Merisio está preocupado com assunto, foi a Criciúma, Concórdia e Videira; o deputado José Milton Scheffer (PP) negocia uma linha de crédito especial no Badesc; e há mais de um ano está adormecida uma proposta de emenda constitucional de nossa autoria que destina as sobras dos poderes para os hospitais”, relatou Aguiar, que também relacionou a proposta de aumentar progressivamente o percentual dispendido pelo estado em saúde, de 12% para 15%.
Gripe H1N1
Aguiar também repercutiu na tribuna o aumento de casos de gripe causada pelo vírus H1N1 e sugeriu cautela aos catarinenses no uso da vacina. “Cuidado com a indústria da vacina, as vacinas do ano passado não resolvem mais nada, estão jogando dinheiro fora”, informou o deputado, que sugeriu cobrir a boca com um lenço ou o braço ao tossir, higienizar as mãos e os talheres e manter os ambientes ventilados.
Modelo concentrador
Dirceu Dresch (PT) criticou o modelo de integração adotado na produção cooperativa de suínos e frangos no interior de Santa Catarina. “A estratégia das indústrias foi menos produtores e mais produção. No passado havia 60 mil produtores de suínos, faziam o ciclo completo, mas o modelo de integração excluiu mais de 50 mil famílias, hoje temos 8 mil produtores integrados e cerca de mil autônomos”, descreveu Dresch.
Para o deputado, também faltou estratégia para produzir a matéria-prima para alimentar os animais. “Passamos de 850 mil hectares de milho para 300 mil hectares, o preço baixo causou uma migração para a soja”, lamentou Dresch, que defendeu o reajuste dos preços pagos pela indústria aos produtores. “Se aumentou o custo de produção tem de aumentar o preço aos produtores”.
Natalino Lázare (PR) também lamentou a crise da agricultura e informou que o senador Dalírio Beber (PSDB) agendou audiência com a ministra da Agricultura, senadora Kátia Abreu, para tratar dos problemas que atormentam os produtores. “Ela marcou para amanhã (6), com todo setor”, informou Lázare.
Momento para celebrar
Kennedy Nunes (PSD) celebrou na tribuna o aumento do percentual das investigações conduzidas pela Polícia Civil de Joinville que chegam ao Judiciário. “Em 2015 cerca de 24% das investigações chegavam à Justiça, atualmente 70% chegam, triplicou o número, o momento é para celebrar, quero parabenizar a Polícia Civil”, afirmou Kennedy, que creditou o aumento às medidas adotadas pelo novo chefe local, delegado Akira Sato.
Fora do plano de cargos e salários
Maurício Eskudlark (PR) solicitou na tribuna que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) negocie alterações no plano de cargos e salários da SSP enviado à Assembleia para atender cerca de 252 funcionários, principalmente psicólogos e assistentes sociais. “Não foram incluídos no projeto de restruturação, eles merecem justiça”, defendeu.
Violência contra Dilma
Ana Paula Lima (PT) afirmou que a presidente Dilma Rousseff vem sofrendo violência sexista. “Nos últimos tempos vimos uma onda de violência contra a presidenta Dilma, com o passar do tempo a violência passou para a capa de jornais e revistas, por não conseguirem criminalizar seus atos, tentam criar situações para atacá-la”, avaliou Ana Paula.
Exame toxicológico
Mauricio Eskudlark criticou duramente o Denatran pela obrigatoriedade do exame toxicológico para carteiras de motorista tipo “C”, “D”, e “E”, as chamadas carteiras profissionais. “Não existem clínicas para atender a demanda, hoje 17 Detrans entregaram um documento ao Denatran pedindo a suspensão do exame que é inócuo e de auto-custo”, afirmou o deputado.
Salario mínimo regional
Serafim Venzon (PSDB) afirmou que empresários e trabalhadores chegaram a um acordo sobre o índice de reajuste do salário mínimo regional para o ano de 2016. “Encontraram um índice razoável para todos, os trabalhadores queriam 13%, os patrões ofereceram 7%, chegaram a 11,11%”, informou Venzon, que ponderou que em 2015 o INPC foi de 11,28%. “Faltou um pouquinho para repor a inflação”, reconheceu o representante de Brusque.
Novo líder do PMDB
Antonio Aguiar anunciou que o deputado Valdir Cobalchini (PMDB), de Caçador, foi escolhido o novo líder da bancada peemedebista. Aguiar, que deixou a liderança nesta tarde, agradeceu a confiança dos colegas e lembrou que o PMDB de Santa Catarina “deu a primeira sinalização para saída do partido da base de apoio do atual governo do Brasil”.
Valdir Cobalchini agradeceu o apoio dos companheiros de bancada e destacou o desempenho de Aguiar no exercício da função. “Quero cumprimentá-lo pelo período em que liderou a bancada com muita determinação, força de vontade, ousadia, lealdade, sempre presente no plenário, nas comissões, o partido esteve muito bem representado”, declarou.
O novo líder contou que os ex-governadores Pedro Ivo Campos, Luiz Henrique da Silveira, Paulo Afonso Vieira e Casildo Maldaner também exerceram a liderança da bancada no Palácio Barriga-Verde e avisou que o partido apoia o governo Colombo. “Somos da base, mas somos capazes de construir e divergir”, ponderou Cobalchini.
César Grubba na mira
Mário Marcondes (PSDB) criticou a falta de resposta do secretário de Segurança Pública, César Grubba, acerca de convite para falar aos deputados sobre as perspectivas da segurança pública. “Até o dia 29 não obtivemos qualquer resposta, imagino que o secretário tenha uma agenda intensa, com muitas inaugurações”, ironizou Marcondes.
Ponte sem cabeceira
Deka May (PP) solicitou ao chefe do Deinfra agilidade nas obras complementares de uma ponte localizada na SC-100, no Sul do estado. “Aconteceu a obra, mas as cabeceiras não foram projetadas. Agora um novo projeto foi aprovado, há uma licitação em andamento, peço ao presidente do Deinfra celeridade”, declarou o representante de Tubarão.
PSB a favor do impeachment
Cleiton Salvaro (PSB) leu na tribuna carta do presidente estadual do PSB, Paulo Roberto Bornhausen, reafirmando que o PSB estadual e nacional votará favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff. “Faltam menos de duas semanas para o impeachment, no PSB de Santa Catarina sempre mantivemos uma postura crítica ao governo federal, o maior responsável por essa crise que vivemos”, alfinetou Salvaro.
Agência AL