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19/04/2016 - 17h27min

Deputados propõem pacto pós-impeachment e PT avisa que não participará

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Deputados Valdir Cobalchini, Leonel Pavan e Dirceu Dresch

Integrantes das bancadas do PSD, PSDB e PMDB propuseram na sessão desta terça-feira (19) da Assembleia Legislativa um pacto nacional pós-impedimento da presidente Dilma Rousseff. “Precisamos deixar a disputa política e as vaidades de lado para pensar no país, o momento é de reconstrução”, propôs Darci de Matos (PSD). “Temos de resolver essa discussão de uma vez por todas, não com raiva, todos os partidos têm de se sentar”, concordou Vicente Caropreso (PSDB).

Dirceu Dresch (PT) discordou dos colegas. “Nós não temos compromisso com um governo de coalisão”, declarou, avisando em seguida que a presidente não renunciará e que está sendo condenada por não admitir a corrupção. “Se tivesse acordado com os corruptos, mas ela não aceitou salvar o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) na Comissão de Ética, por isso ele encaminhou o impeachment”, destacou o representante de Saudades.

Dresch ainda alertou os parlamentares. “A presidente será afastada por seis meses, o Temer assume o Brasil, depois a presidente volta, olha o que pode acontecer com as empresas e os programas sociais”, ponderou o parlamentar, que classificou o programa “Ponte para o Futuro”, do PMDB, de uma “pinguela para o passado”.

Mauro de Nadal (PMDB) argumentou que o vice-presidente está à altura do desafio. “Michel Temer terá condições de recolocar o país nos trilhos, com todos os partidos participando, com equilíbrio”, informou.

Para Valdir Cobalchini (PMDB), o governo Dilma acabou. “Esgotou, tem de reconhecer, não tem mais capacidade de reação, o Brasil está afundando, neste momento temos de ter humildade de reconhecer que não pode continuar desta forma, precisamos compor um governo de coalização nacional”, avaliou o líder da bancada do PMDB, referindo-se a um possível governo Temer.

Mauricio Eskudlark (PR) previu dias difíceis. “Serão seis a oito meses em uma situação econômica difícil, ou se toma providências agora, e isso vai ser exigido do Temer, ou nós vamos cada vez de mal a pior”, garantiu Eskudlark, que criticou os investimentos do governo petista no Caribe e na África. “Levaram recursos para Cuba e Angola, quando poderiam levar para Blumenau”, observou o deputado.

Luciane Carminatti (PT) lembrou que ao contrário de Dilma Rousseff, que não responde por crime de corrupção, “o vice tem denúncias diretas de ter recebido dinheiro de empreiteiras”. Segundo a representante de Chapecó, o impedimento de Dilma indica que há um “grande acordo para parar a Lava Jato e salvar Eduardo Cunha”.

A deputada encerrou a discussão citando Darci Ribeiro: “fracassei em tudo que tentei na vida, mas meus fracassos são as minhas vitórias, eu detestaria estar no lugar de quem venceu”.

Agro 30
Natalino Lázare (PR) elogiou o programa “Agro 30”, da prefeitura de Arroio Trinta, criado para incrementar a produção de leite. “Tenho uma filosofia: o desenvolvimento econômico é o caminho mais curto e justo para alcançar a justiça, quando se cria demasiados programas de exceção é porque a economia não vai bem”, analisou Natalino, que ressaltou a diversificação das atividades no campo.

Segundo Natalino, a produção de leite corresponde a 16% do faturamento do agronegócio brasileiro. “A região tem laticínios, tem padrão de sanidade, tem recursos naturais, é um campo aberto para o desenvolvimento”, declarou o deputado, que lembrou que o homem do campo exige políticas claras e investimentos públicos. “É o único setor da economia que dá resultados positivos”, esclareceu.

Acidentes no trabalho
Luciane Carminatti revelou que visitou o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, de Chapecó, e ficou surpreendida com o alto número de acidentes de trabalho que acontecem na região. “Foram 2.799 registros em Chapecó, com oito óbitos e 208 acidentes rurais”, informou Carminatti. Já na macrorregião, que engloba 76 municípios, foram 5.456 registros e 20 óbitos.

A deputada alertou que o centro não possui servidor técnico para levar adiante atividades de prevenção e fiscalização. Além disso, conforme a deputada, a região de Joaçaba está abandonada. “Não tem um centro de referência”, criticou.

Microempreendedor rural
Dirceu Dresch anunciou que propôs a realização de audiência pública para discutir o projeto do Executivo que cria a figura jurídica do microempreendedor rural. “É uma reivindicação antiga da agricultura familiar, o governo encaminhou o projeto, queremos que a sociedade participe e discuta a matéria”, justificou Dresch.

Vítor Santos
Agência AL

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