Deputados pedem que PMSC convoque excedentes e autorize praças a pilotar
Parlamentares do PSD e do PSL pediram a nomeação dos excedentes do último concurso para oficial da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) e a autorização para que os praças habilitados possam pilotar aeronaves na sessão virtual de quarta-feira (11) da Assembleia Legislativa.
“Por que não chamar os excedentes se o presidente Bolsonaro está chamando somente os excedentes?”, reclamou Kennedy Nunes (PSD), acrescentando que há 107 excedentes aptos a começar o curso.
Coronel Mocellin (PSL), que já comandou o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), concordou com Kennedy, afirmou que na época em que comandou a instituição, chamou os excedentes e sugeriu dialogar com o Executivo.
“Vamos ver se conseguimos trazer esses excedentes”, afirmou Mocellin.
Kennedy também criticou licitação da PMSC para contratar em outros estados pilotos de aeronaves.
“Está faltando piloto de helicóptero e querem contratar piloto de outros estados para pilotar a aeronave da PM porque só oficial pode pilotar a aeronave. Há mais de uma dezena de pilotos praças que não podem (pilotar), mas quem diz quem pode é a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), não a Polícia Militar”, advertiu Kennedy.
Felipe Estevão (PSL) se juntou ao representante de Joinville e também criticou a exclusão dos praças.
“Venho acompanhando essa luta, são pilotos preparados, capacitados e tudo que querem é servir o estado, mas por pura questão de vaidade têm sido impedidos, causando um rombo nos cofres públicos”, lamentou Estevão.
Mocellin ponderou que na maioria dos estados apenas oficiais pilotam aeronaves e relatou que o piloto é o comandante da operação, razão pela qual os pilotos são oficiais.
“Tem de ter harmonia na aeronave”, afirmou.
Câmeras de vigilância
Kennedy ainda denunciou licitação da PMSC para comprar 2,4 mil câmeras de vigilância no âmbito do projeto Bem-te-vi.
“Ontem saiu uma licitação de R$ 15 mi para compra de 2,4 mil câmeras digitais para servir a população no projeto Bem-te-vi. São somente as câmeras, é a mesma coisa que comprar um avião sem trem-de-pouso e sem onde ter onde pousar. Não tem software, nobreak, postes e pessoal preparado”, pontuou o representante de Joinville.
Segundo Kennedy, a licitação foi “direcionada para a Intelbrás” e, além disso, o sistema que opera as câmeras do projeto Bem-te-vi “está 25% acima do contratado e não tem como colocar uma câmara a mais”.
Agência AL