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03/03/2022 - 11h34min

Deputados pedem flexibilização no uso de máscaras

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Deputados Ricardo Alba, Maurício Eskudlark e Kennedy Nunes.
FOTO: Solon Soares/Agência AL

O decreto publicado nesta quarta-feira (02) pelo governo do Estado liberando o uso de máscaras para crianças de 6 a 12 anos nos ambientes escolares repercutiu no Plenário da Assembleia Legislativa durante a sessão ordinária, na manhã desta quinta-feira (03). A medida já está em vigor e prevê que a decisão sobre o uso ou não da máscara ficará a critério dos pais ou responsáveis.

O deputado Ricardo Alba (PSL) parabenizou o governo do Estado pela iniciativa. Segundo o parlamentar, o avanço da imunização contra a Covid-19 permite a flexibilização da regra. “A gente vê que a vacinação em Santa Catarina é um sucesso. Já dá para flexibilizar o uso de máscara, ainda mais que em outros setores da sociedade não está sendo exigido, como nas mesas dos bares. A vacinação já gerou essa imunização coletiva”, argumentou.

Ricardo Alba defendeu ainda que o governo estenda a flexibilização para outras atividades. O deputado usou como exemplo o uso de máscara em práticas esportivas. “A pessoa está correndo lá na academia usando máscara. Ora, o oxigênio é fonte de energia. A pessoa precisa renovar a respiração. Não só nas academias, mas em todas as práticas esportivas. Precisa liberar o uso de máscara imediatamente na sociedade como um todo”.

Já o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) pediu cautela. “Os cuidados têm que continuar. Tudo tem que ser feito com muita ponderação. Nós tivemos altos e baixos dentro dessa situação e o que manda é o bom senso. E o que manda mais ainda é o estudo médico”, ressaltou.

Estiagem
A crise hídrica que atinge principalmente a região Oeste de Santa Catarina foi destaque no pronunciamento do deputado Maurício Eskudlark (PL). Em reunião com o governador Carlos Moisés da Silva (sem partido), nesta quarta-feira, a Bancada do Oeste da Assembleia Legislativa defendeu a criação de programas estruturantes de longo prazo como forma de combater a estiagem.

“Estudos há algum tempo já vêm alertando que a perspectiva climática no Brasil é de alteração. A estiagem aqui no Sul nunca foi tão acentuada, e quando acontecia, era em um ano e depois passava um período de normalidade, mas agora não. Estamos há três anos seguidos enfrentando a estiagem, tão severa que nos preocupa e tem dado problema de falta de água até para consumo humano”, destacou Eskudlark, que é membro da Bancada do Oeste.

O deputado Kennedy Nunes (PTB) defendeu uma atuação mais consistente do governo e a necessidade de se criar uma cultura de preservação e de armazenamento de recursos hídricos. “Infelizmente, o brasileiro não tem a cultura de preservar, de se antecipar ao problema. O governo tinha que trabalhar a necessidade dessa cultura da cisterna. Eu conversei esses dias com um produtor rural e ele disse que vai ter uma perda de 70% na colheita de soja”, alertou.

Transplante de fígado
Vice-presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, o deputado Dr. Vicente Caropreso demonstrou preocupação com o modelo adotado pela secretaria de Estado da Saúde na definição dos hospitais responsáveis pela realização de cirurgias de transplantes. Caropreso lamentou que o governo não está sabendo aproveitar a estrutura e o corpo médico qualificado do Hospital São José, de Jaraguá do Sul, especialmente em casos de transplante de fígado.

“Para fazer um transplante de fígado, você está no topo da Medicina, porque não é apenas o ato de operar, é saber a anatomia e saber os problemas que ocorrem antes e durante de um ato tão complexo como esse. A distribuição de transplantes aqui em Santa Catarina, regulado pelo Sistema Estadual de Transplante, direciona para pouquíssimos hospitais, e algumas entidades, como o Hospital São José, estão fazendo um número ínfimo de operações. Nós pedimos por escrito ao secretário André Motta Ribeiro para que ele faça uma revisão para que a gente possa ter mais centros de excelência em Medicina”, reiterou Caropreso.

Guerra Ucrânia x Rússia
O deputado Celso Zuchi (PT) abordou os impactos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia nas economias catarinense e brasileira. “O Brasil hoje importa 85% dos fertilizantes utilizados nas lavouras. O Brasil tinha uma fábrica de fertilizantes no Paraná e outra está sendo construída na cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso. Ela foi vendida recentemente para um grupo russo, e o Brasil tendo que importar 85% dos fertilizantes. Para se ter uma ideia, foi gasto em 2021 mais de US$ 15 bi em importação de fertilizante, e nós aqui fechando fábrica e vendendo fábrica para a Rússia”.    

E acrescentou: “acredito que se houvesse um pouco mais de empenho do governo federal com relação a nossas empresas, não teríamos esse problema agravado agora nesse momento de crise”.

Luto na Medicina catarinense
A morte do médico proctologista Felipe Felício, ocorrida nesta quarta-feira (02), aos 77 anos, foi lembrada pelo deputado Dr. Vicente Caropreso. Colega de profissão, Caropreso destacou a dedicação e a contribuição de Felício para a Medicina.

“Foi um grande nome para a Medicina internacional. Graduou-se na UFSC em 1969, uma das primeiras turmas. Ao longo de sua carreira exemplar, presidiu o Conselho de Medicina do Estado de Santa Catarina e foi Fellow dos Departamentos de Cirurgia da Universidade de Paris e de Cirurgia do Hospital St. Thomas em Londres. Também foi diretor do hospital que forma mais médicos aqui em Santa Catarina, o Hospital Universitário. Seu talento foi reconhecido internacionalmente ao receber os Prêmios “Crystal Knife” e “Medaille Ambroise Parré” de Paris, em 2002, a Medalha da Academia Mundial de Paris, na qualidade de Cirurgião do Ano”.

Daniela Legas
AGÊNCIA AL

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