Deputados parabenizam posse da nova reitoria da UFSC durante sessão
A posse do novo reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier, e da vice-reitora, Alacoque Lorenzini Erdmann, ocorrida na terça-feira (10), repercutiu na tribuna da Assembleia Legislativa na sessão da manhã desta quarta-feira (11). O deputado Deka May (PP) desejou sucesso à nova reitoria e que ela faça com que a UFSC “continue sendo e seja cada vez mais a universidade que todos nós catarinenses queremos”. O parlamentar destacou que Cancellier enfrentará muitos desafios neste período de dificuldades econômicas. “O altruísmo é fundamental a qualquer pessoa que assuma um desafio desses. Desejamos que ele tenha toda disposição e energia.”
O deputado Gean Loureiro (PMDB) também cumprimentou os novos dirigentes universitários, lembrando que, no mês de abril, Marcus Tomasi tomou posse como reitor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). “Agora, Cancellier tomou posse na UFSC e desejamos que tenha muito sucesso e que a capacidade de diálogo possa prevalecer”, disse Gean. O deputado acrescentou que o trabalho de extensão da UFSC precisa ser cada vez mais ampliado.
Cesar Valduga (PCdoB), da mesma forma, felicitou a reitoria recém-empossada na universidade federal e destacou que a chapa eleita obteve 47,42% dos votos na eleição realizada em novembro do ano passado. “A UFSC possui uma trajetória de 55 anos dedicada ao ser humano, com reconhecimento social que a coloca entre as melhores universidades do país e da América Latina”, disse Valduga. O deputado apresentará um requerimento para possibilitar a participação do novo reitor na tribuna da Assembleia Legislativa.
Presídio feminino
Deka May comunicou que recebeu uma resposta oficial a uma indicação feita à Secretaria de Justiça e Cidadania sobre o projeto do presídio feminino de Tubarão. A secretária Ada De Luca respondeu ao parlamentar que a licitação será lançada em breve e que o projeto será concluído até o final de 2017.
Segurança pública
Gean Loureiro convidou a população de Florianópolis a participar de audiência pública que será realizada pela Assembleia Legislativa na noite desta quarta-feira (11), no bairro de Canasvieiras. O parlamentar está realizando uma série de quatro audiências regionais – a primeira delas aconteceu na região Sul de Florianópolis – para debater esse que é um dos principais problemas da Capital.
Golpe contra Dilma
O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) leu na tribuna um texto do escritor e religioso Frei Betto, no qual ele compara a deposição da presidente Dilma ao golpe parlamentar ocorrido no Paraguai. Frei Betto afirma no texto que, apesar de ter sido muito crítico ao governo da presidente Dilma, não vai ceder a romper o limite entre a oposição e a deposição. “Aceitar que a antipatia e o fracasso administrativo devam ter mais peso que princípios constitucionais é admitir o retrocesso e jogar o Brasil e a América Latina na República das Bananas”, leu Padre Pedro, que sugeriu uma profunda reflexão. O deputado acrescentou que, em todo o mundo, artistas e intelectuais estão perplexos com o que está acontecendo em Brasília e classificam a situação como um claro golpe. “É isso que não aceitamos e não admitimos.”
Acesso ao ensino superior
Dirceu Dresch (PT) utilizou a tribuna para falar sobre a ampliação do acesso às universidades públicas no governo do PT. Ele disse que houve aumento de 80% dos concluintes do ensino superior em 12 anos, conforme o Ministério da Educação (MEC), e que criação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e a ampliação da UFSC já estão favorecendo o desenvolvimento regional do estado de Santa Catarina. “Antes da interiorização da universidade pública, os jovens do interior se deslocavam ao litoral para estudar e não mais voltavam para sua região”, argumentou. Em 2002, havia 500 mil jovens nas universidades, hoje são mais de 7,5 milhões. “Essa foi uma grande transformação”, avaliou.
Saúde
Ana Paula Lima (PT) falou sobre a situação da saúde no estado e disse que o setor entrará em colapso por conta de uma crise de gestão. A parlamentar citou inúmeros problemas que, segundo ela, não param de se acumular, incluindo atrasos nos pagamentos à rede hospitalar, suspensão de serviços do Hemosc nos municípios, paralisação de exames e serviços especiais e acúmulo de cirurgias eletivas. “As salas de cirurgia da Maternidade Carmela Dutra estão fechadas há 40 dias, por isso os procedimentos oncológicos não estão acontecendo”, denunciou. A deputada prometeu levar o tema à tribuna semanalmente para enfatizar as denúncias. “Incompetência na saúde leva à morte. Não queremos que um só catarinense morra por incompetência e por falta de atendimento.”
Em aparte, Dalmo Claro (PMDB) concordou que a saúde tem se deteriorado por várias razões. Acrescentou que era esperado um avanço na redução das filas de cirurgias e que os hospitais privados e filantrópicos não conseguem mais atuar. “A situação, realmente, está piorando e preocupante”, reforçou.
Agência AL