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11/03/2014 - 18h09min

Durante a sessão, parlamentares lamentam atos de racismo no futebol

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Sessão Ordinária - Plenário Osni Régis. Foto: Juliana Stadnik / Agência AL

Os deputados repercutiram os recentes atos de racismo ocorridos no futebol brasileiro durante a sessão ordinária da tarde desta terça-feira (11). Sandro Silva (PPS) destacou que nos últimos dias três casos ganharam destaque nacional, com palavras e gestos racistas contra os jogadores Tinga, do Cruzeiro (MG), e Arouca, do Santos (SP), bem como o árbitro gaúcho Márcio Chagas. “O que seria do futebol sem os negros”, questionou o representante de Joinville, argumentando que o problema não está restrito aos estádios.“Por mais que se puna nos estádios, eles continuarão racistas no meio de nós”, ponderou, completando que “quem grita macaco nos estádios não deixa de ser racista no dia-a-dia, continua silenciosamente”.

Sandro também observou que além do torcedor, o recrutador de mão-de-obra, os donos de empresas e até professores são racistas. “Em Joinville as empresas preferem pessoas brancas”, lamentou, lembrando em seguida que muitos são os brasileiros “que se levantam contra programas antirracismo”.

Ana Paula Lima (PT) também deplorou os gestos racistas e pregou “medidas punitivas”. Nilson Gonçalves (PSDB) lembrou que o Brasil é “o país mais negro fora da África”, circunstância que segundo o parlamentar torna o preconceito baseado na cor da pela algo “bastante lastimável”. Para Neodi Saretta (PT), o racismo é inaceitável e deve ser combatido em todos os ambientes, não apenas no futebol.

10 anos da Udesc no Oeste
Reno Caramori (PP) celebrou na tribuna os dez anos de atuação da Udesc no Oeste do estado, uma vez que a universidade está presente em Chapecó, Palmitos e Pinhalzinho. “Defendemos o curso de Zootecnia para Chapecó. Lages queria, mas eu provei pelas estatísticas que os grandes rebanhos de suínos, aves, bovinos, caprinos, eqüinos e muares estão na região de Chapecó”, declarou Reno, destacando o papel da pesquisa universitária na melhoria genética e no aumento da produtividade dos rebanhos.

163 anos de Joinville
Sandro Silva destacou a passagem dos 163 anos de fundação de Joinville, desmembrado do município de São Francisco do Sul. “É a terceira força econômica da região Sul”, declarou, ressaltando a reinauguração dos parques Zoobotânico e da Caeira. Além disso, Sandro agradeceu o governador Raimundo Colombo pela conclusão das obras do Binário do Vila Nova.

Servidores da Fatma nas galerias
Sargento Amauri Soares (PSOL) declarou apoio à pauta de reivindicação dos servidores da Fatma, que lotaram a galeria superior do Plenário Deputado Osni Régis. “A Fatma perdeu seus quadros pela baixa remuneração, agora é preciso recompor, mas o governo prefere sucatear, deixar falir e depois contratar empresas privadas para fazer o serviço, para alegria dos que querem degradar ainda mais o meio ambiente”, discursou.

Dirceu Dresch (PT) leu na tribuna documento elaborado pelos servidores, relatando as perdas salariais dos últimos 11 anos. “Cerca de 70% dos funcionários empossados desde 2008 já pediram desligamento do órgão”, revelou Dresch. Por outro lado, o representante de Saudades objetou que sem um quadro maior de funcionários não há como a Fatma cumprir seu papel. “Deveria ser um órgão ágil, mas as regionais possuem três funcionários para até 48 municípios, assim é humanamente impossível”, avaliou.

Moacir Sopelsa (PMDB) também se solidarizou com a pauta dos servidores da Fatma, destacando a quantidade de licenças ambientais que são concedidas. Carlos Chiodini (PMDB) foi além e ponderou que todos os investimentos passam pela prévia análise ambiental e que o órgão não pode estar aquém das expectativas dos empreendedores.

Farra do boi x torneio de laço
Reno Caramori tratou na tribuna das diferenças entre a farra do boi e o torneio de laço. “Sou proprietário de um terreninho em Governador Celso Ramos e assisti um farrista sangrando o quarto de um boi com um canivete, o boi só tremia, estava paralisado”, relatou, contrapondo em seguida que o torneio de laço tem regras, que o laço tem peso máximo e que o cavaleiro não pode usar espora de roseta. “Não pode golpear o boi”, comparou Caramori.

Taxas cartoriais
Dresch comunicou o plenário que a bancada do Partido dos Trabalhadores decidiu manter o veto do governador aposto ao projeto de lei 11/13, que aumentou as taxas dos cartórios e tabelionatos. Segundo o parlamentar, dependendo do documento o aumento pode chegar até a 1000%. “É um abuso”, tachou.

Leilão 4G
Silvio Dreveck (PP) comentou matéria publicada na edição de 6 de março do jornal Folha de São Paulo, informando que o governo pretende elevar o valor cobrado das operadoras no leilão de 4G para fazer caixa e alcançar um superávit em 2014 de 1,9% do PIB em detrimento das metas de cobertura. “O projeto inicial era de R$ 6 bi, mas com meta de cobertura, agora querem levantar R$ 15 bi, mas com o mínimo de metas, o que pode afetar a cobertura, deixando de fora as pequenas cidades”, concluiu Dreveck.

Sensibilidade do governador
Sopelsa destacou a sensibilidade política do governador Raimundo Colombo que no último fim de semana assinou ordem de serviço autorizando o início das obras do contorno viário de Concórdia. “São R$ 34 milhões e foi uma empresa de Concórdia que ganhou a licitação”, comemorou Sopelsa, revelando que o governador ainda autorizou o início das obras do contorno de Seara.

Escola pública esquerdista
Kennedy Nunes (PSD), assim como fez na sessão desta manhã, reproduziu durante seu tempo na tribuna vídeo da professora Ana Maria Campanholo, de Chapecó, que desancou a revisão da proposta curricular das escolas publicas estaduais patrocinada pela Secretaria da Educação. Segundo a professora, a proposta curricular está assentada no materialismo histórico, tendo como referência as análises de Karl Marx e Friedrich Engels, além de outros pensadores ditos marxistas.

Luciane Carminatti (PT) criticou a fala da professora e lembrou que no século XX foram os filósofos e pensadores alinhados ao marxismo que discutiram com mais ênfase a questão pedagógica. “A proposta curricular de Santa Catarina é referência para o Brasil, tem o viés do materialismo histórico porque ultrapassamos o viés positivista, é isto que esta professora ignora”, objetou Carminatti.

Sargento Amauri Soares explicou que não se pode fechar a porta para nenhuma filosofia. “Não precisa banir os filósofos marxistas, acho que não tem de ter doutrinação, mas apresentação objetiva do conteúdo”, ensinou.

Dia da mulher
Ana Paula Lima elogiou a série de reportagens publicada pela Agência AL, bem como pela TVAL, alusivas ao dia internacional da mulher, celebrado no último dia 8 de março. Segundo Ana Paula, as mulheres querem respeito. “Infelizmente vivemos em mundo que não respeita as mulheres”, declarou, conclamando os catarinenses a mudar a realidade do estado, uma vez que as catarinenses estão entre as brasileiras que mais sofrem agressões físicas e morais. (Vitor Santos / Agência AL)

Dia 11 de março na história
1717 – O rei de Portugal, nesta data, solicita informações sobre a Ilha de Santa Catarina, cuja propriedade foi requerida por Sebastião da Veiga Cabral, alegando que estava deserta e inabitada.

1839 – Neste dia as forças Farroupilhas que ocuparam a vila de Nossa Senhora dos Prazeres dos Campos das Lajens, atual Lages, proclamam ali a República.

1907 – morreu, no Rio de Janeiro, o conselheiro Manoel da Silva Mafra, advogado da causa catarinense na questão dos limites com o Paraná. Está sepultado no cemitério da Irmandade de Nosso Senhor dos Passos, em Florianópolis.

Vítor Santos
Agência AL

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