Deputados enaltecem ação da Mesa em prol das famílias atingidas pelo ciclone

A Assembleia Legislativa, após reunião extraordinária da Mesa Diretora, decidiu doar R$ 30 milhões ao Executivo para que destine às famílias atingidas pelo ciclone que varreu o território barriga verde. O anúncio foi feito pelo presidente Julio Garcia (PSD), na abertura da sessão de quarta-feira (1º).

“A Mesa se reuniu e decidiu, em função da ocorrência do ciclone que atingiu o estado, destinar R$ 30 milhões para que o governo do estado possa fazer face às dificuldades”, informou o presidente, acrescentando que os recursos serão destinados a “projetos específicos de auxílio às famílias atingidas e à recuperação dos danos materiais”.

Vários deputados elogiaram a iniciativa da Mesa e destacaram a importância das economias levadas a cabo pelos 40 deputados e que suportaram a doação.

“Em virtude da experiência com os recursos da Casa em relação ao Covid-19, que infelizmente foram mal utilizados, gostaria que fosse mais restritivo essa condição de indicar os projetos, para que parte dos recursos vá para as famílias que não querem lona, mas que precisam de material de construção, às vezes a pessoa precisa do telhado do chiqueiro”, argumentou Kennedy Nunes (PSD), que elogiou o gesto da Mesa.

“Quero parabenizar essa ação concreta da Assembleia, não vai resolver o problema, mas são recursos que poderão minimizar a situação e contribuir de forma prática”, avaliou Neodi Saretta (PT).

“Essa iniciativa vai ao encontro da dificuldade, muito se anuncia e pouco chega! Este Parlamento dá uma demonstração clara e efetiva”, declarou Altair Silva (PP), que lamentou a rotina de catástrofes em Santa Catarina. “Estamos vivendo um momento muito difícil com a pandemia e ainda teve o tornado em Belmonte e Descanso”.

“Quero me solidarizar com a população atingida e lembrar que a Comissão de Finanças está fiscalizando a aplicação dos recursos”, lembrou Jair Miotto (PSC), que sugeriu o acompanhamento pela referida Comissão dos gastos derivados da doação.

“Presidente, quero parabenizá-lo pela iniciativa, pela sensibilidade por esse momento que Santa Catarina está passando, precisa da solidariedade de todos, esses recursos são válidos, porque a Defesa Civil tem todo um encaminhamento e esses recursos seriam de pronto atendimento para as pessoas”, analisou.

José Milton Scheffer (PP), completando que vários hospitais foram atingidos e que há unidades interditadas.

“Importante destacar a sensibilidade da Casa, temos aqui parlamentares de vários cantos do território, esse gesto em estender a mão aos que mais precisam demonstra a grandeza dos pares e do Parlamento”, discursou Mauro de Nadal (MDB), vice-presidente da Alesc.

“Gostaria de agradecer e parabenizar pelo gesto da Mesa, que mais uma vez está sensível ao momento importante concernente às intempéries”, afirmou Doutor Vicente Caropreso (PSDB), relatando em seguida que Massaranduba e Corupá, duramente atingidos, contabilizam perdas de 70% na safra de banana.

“A assembleia já aportou R$ 20 mi para o combate ao coronavírus e agora R$ 30 mi para o ciclone. Este evento varreu grande parte de Santa Catarina, portanto a resposta não poderia ser mais rápida e contundente”, garantiu Valdir Cobalchini (MDB).

“Quero parabenizar a Mesa Diretora pelo recurso destinado”, pontuou Coronel Mocellin (PSL).

“Parabenizo o deputado Julio Garcia por ter o cuidado de definir os destinos (dos recursos) de forma pontual”, registrou Jessé Lopes (PSL).

“Nossa solidariedade a todos os municípios atingidos pelo vendaval”, afirmou Maurício Eskudlark (PL).

“Quero me solidarizar com Garuva, quase 70% da cidade foi atingida. Joinville está com vários lugares afetados, é um momento difícil, mas somos catarinenses, quanta coisa passamos, vamos superar mais essa”, previu Fernando Krelling (MDB).

“Realmente Santa Catarina já passou por diversas calamidades e com certeza vamos passar por essa e sair mais fortes. E a Assembleia mais uma vez está dando exemplo, espero que seja bem usado, que não seja como nos respiradores”, augurou João Amin (PP).

“Também quero parabenizar a Mesa pela iniciativa de devolver o recurso ao governo e destinando às pessoas atingidas e aos prédios públicos destruídos pelos ventos fortes, temos estragos em todo estado”, reconheceu Marlene Fengler (PSD).

“Parabenizo pelo investimento solidário às vítimas”, registrou Sérgio Mota (Republicanos).

“Faço uma fala de reconhecimento ao presidente da Casa e à Mesa Diretora de colocar R$ 30 mi para atendimento direto, lá na ponta, para as famílias vítimas das catástrofes, fruto das economias da Casa e dos 40 deputados”, indicou Padre Pedro Baldissera (PT), que listou várias anomalias climáticas ocorridas em 2020. “Estiagem, muita chuva, vendavais, tornados, ciclones e assim se vai”.

“Gostaria de parabenizar pelo repasse para atender o cidadão diante dos efeitos do ciclone, mas gostaria de cumprimentar o grande parlamentar que está capitaneando esta ação, que está fazendo um mandato exemplar”, afirmou Ada de Luca (MDB), referindo-se ao presidente Julio Garcia.

“Ontem fomos assolados por uma tempestade muito forte e hoje visitei os municípios, os prejuízos são bilionários. Fiquei de coração partido em ver prefeitos que não sabem o que fazer, mas fiquei muito orgulhoso de ser um tijolinho nessa construção e ver o Parlamento, na pessoa do Julio Garcia, doando 30 milhões”, declarou Felipe Estevão (PSL), que cobrou agilidade da Celesc na recomposição da energia.

Operação banquete
Jessé Lopes (PSL) acusou o governador Moisés de transformar o palácio da Agronômica em uma casa de festas e denunciou que servidora lotada na Casa Civil recebeu mais de R$ 600 mil para bancar despesas da residência oficial.

“Uma situação peculiar, Tarsila Vieira Lorenzetti está lotada na Casa Civil, com liberdade de conduzir veículos da frota oficial, mas o que chama atenção não é a nomeação, além do salário que ganha da Casa Civil, recebe um valor muito significativo pelo palácio da Agronômica. Em 2019 foram R$ 654 mil”, relatou Jessé.

O deputado questionou o Executivo, que respondeu que os recursos depositados referem-se a adiantamento para atender despesas com a manutenção da residência oficial.

Segundo o deputado, a servidora é de Tubarão e possui uma empresa que organiza festas, inclusive na residência do Chefe do Executivo. Jessé pediu apoio dos colegas para sustar o decreto que tornou os gastos da Agronômica sigilosos.

Kennedy Nunes elogiou a investigação feita pelo colega.

“Tem na casa a CPI da Balada, estão aí as provas da CPI da Balada”.

Casa da Mulher Brasileira
Sérgio Mota anunciou investimento de R$ 830 mil do governo federal para a construção da Casa da Mulher Brasileira em Tubarão.

“Estivemos em Brasília para trazer para Santa Catarina a Casa da Mulher Brasileira. Vamos ter a instalação em Tubarão, aonde as mulheres terão apoio psicológico, delegacia, defensoria, juizado de violência doméstica. Já estão nos cofres R$ 830 mil para a construção”, comemorou Mota.

Luciane Carminatti (PT), em parte, frisou que as casas de acolhimento para mulheres vítimas de violência integraram o programa da presidente Dilma Rousseff.

“Faz parte da rede de atendimento Maria da Penha, já tínhamos os recursos na conta e o terreno disponível, mas a prefeitura da capital não deu conta das adequações”, revelou Carminatti.

Marlene Fengler, Jair Miotto e Kennedy Nunes também destacaram a importância da construção da referida casa para Tubarão e região.

Fundo da Defesa Civil
Valdir Cobalchini defendeu a constituição de um fundo para a Defesa Civil com o objetivo de socorrer empresas atingidas pelas catástrofes climáticas.

“Talvez seja a hora de ter um fundo para socorrer empresas que da noite para o dia são arrasadas. Como se retorna as operações dessas empresas e os empregos?”, questionou Cobalchini, que sugeriu que o Badesc e o BRDE poderiam oferecer linhas de crédito com juros subsidiados às empresas.

Mauricio Eskudlark concordou com o representante de Caçador.

“Tivemos o problema da seca e o prefeito de Mondaí procurou a Defesa Civil para fazer projeto de ampliação de caixas de água em comunidades do interior. Qual a resposta? Só podemos agir depois do problema acontecer, essa resposta tardia do estado está prejudicando a população”, disparou Eskudlark, que propôs um modelo de defesa civil que atue de forma preventiva.

Radar meteorológico
Fernando Krelling (MDB) pediu agilidade na instalação de um radar meteorológico no Norte do estado. Vicente Caropreso apoiou o pedido de Krelling e informou que o município de Joinville já oficializou a doação do terreno que abrigará o equipamento.

Aumento dos casos x volta às aulas
Luciane Carminatti ponderou a necessidade de segurança sanitária para o retorno às atividades escolares presenciais. De acordo com a deputada, dados do Núcleo de Estudos Econômicos da UFSC demonstram que o contágio do coronavírus acelerou e continua se espalhando pelo estado.

“Em apenas sete dias, entre 18 a 25 de junho, saltou 41%.  Dos 295 municípios, 262 já registram casos. Não há nenhuma condição de voltar em agosto se continuar o crescimento em todas as regiões. Significa colocar em risco a saúde de professores e alunos. O retorno só pode ser assegurado quando a curva estiver estabilizada e em queda, um quarto da população vai para a escola e volta para casa e tem contato com os outros três quartos”, alertou.

Ada de Luca (MDB) concordou com Carminatti.

“É fundamental manter o isolamento social e seguir as orientações dos profissionais de saúde”.