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27/08/2013 - 18h17min

Parlamentares divergem sobre o programa Mais Médicos

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Sessão Ordinária - Plenário Osni Régis. Foto: Carlos Kilian

A vinda de médicos estrangeiros, principalmente cubanos, para atuarem no interior do país e nas periferias das grandes cidades no âmbito do programa Mais Médicos causou divergência entre os representantes do povo catarinense na sessão ordinária desta terça-feira (27). Sargento Amauri Soares (PDT) criticou “a reação violenta da elite médica e dos seus aliados, que têm agido de forma destemperada, com cinismo e desfaçatez”. Para o deputado, “os médicos deveriam ficar com vergonha porque se omitiram e Cuba dá de 10 a zero em saúde no Brasil”.

Maurício Eskudlark (PSD), ao contrário, criticou o improviso da classe política. “O governo federal está há dez anos no poder, de um mês para outro descobriu que faltam médicos no país. Falta planejamento, discussão com a classe médica e motivação aos estudantes”, afirmou. Segundo o parlamentar, em Balneário Camboriú o cidadão precisa ir para fila às três horas da manhã para marcar uma consulta. “Imagine no sertão”, comparou.

Serafim Venzon (PSDB) também abordou o assunto e afirmou que é favorável a vinda de médicos estrangeiros, desde que passem pelo exame Revalida, que garante acesso ao registro. “Quem vai se responsabilizar pelo ato do médico sem o registro? Hoje nós chamamos isso de charlatanismo”, observou.

Ana Paula Lima reagiu às críticas e declarou que os médicos vão atender as populações mais carentes “Não temos número suficiente de profissionais e eles não querem que outros atendam. Não posso compreender, FHC é a favor, a Frente Nacional de Prefeitos quer, por que nós não queremos?”, questionou a líder da bancada do PT. Para Angela Albino (PCdoB), a discussão tem se pautado pelo viés ideológico. “O fato de serem cubanos traz esse ranço”, analisou a parlamentar.

Jailson Lima (PT), que é médico, foi duro com seus colegas. “Ontem, no Ceará, vi uma fila de médicos, na forma mais indecente possível, vaiando os profissionais cubanos, chamando-os publicamente de escravos porque vinham atender brasileiros”, relatou Jailson, que pediu desculpas aos médicos de Cuba em nome da sociedade brasileira.

Silvio Dreveck (PP) levantou o problema do pagamento aos médicos cubanos. “Vai ser para o próprio governo cubano”, explicou. Para o representante de São Bento do Sul, o problema está no gerenciamento. “Minha experiência diz que para propiciar atendimento de qualidade, com profissionais qualificados e em quantidade é preciso fazer investimentos”, avaliou. Segundo Dreveck, a Tabela SUS está defasada em 160%, uma vez que não é reajustada desde 1997.

Erro da empresa Triunfo
Padre Pedro Baldissera (PT) denunciou outra vez a situação desesperadora das famílias atingidas pelo lago da usina Garibaldi, em Abdon Batista, no Planalto Serrano. De acordo com o deputado, um erro de cálculo provocou o elevamento do lago em cinco metros, atingindo famílias que acreditavam estar fora do alcance das águas. “A empresa tem se reportado aos proprietários de terras, mas  não aos arrendatários, meeiros e diaristas, conforme prevê decreto federal”, denunciou.

Projeto Reviver
Ismael dos Santos (PSD) agradeceu da tribuna “a belíssima acolhida às comunidades terapêuticas” que participaram, na manhã desta terça-feira, no auditório Antonieta de Barros, do lançamento do Projeto Reviver. “Hoje em Santa Catarina a história se faz e se refaz, mas não se desfaz. A construção é coletiva”, discursou Ismael, aludindo à intensa participação do Legislativo e do Executivo na construção e viabilização financeira do projeto.

Antonio Aguiar (PMDB) parabenizou Ismael e afirmou quer a pior droga “é a bebida alcoólica”, que é consumida por cerca de 63% dos jovens. “Temos de influenciar o drogado, se ele não quiser ser tratado tem de ter lei obrigando a ser internado”, argumentou, citando projeto de lei de sua autoria que prevê a internação compulsória de dependentes químicos.

Serafim Venzon destacou o apoio da Casa e do governador ao Projeto Reviver, que visa a recuperação dos dependentes químicos. “Cerca de 70% da criminalidade está ligado ao consumo e ao comércio de drogas”, revelou o representante de Brusque, argumentando que a medida terá reflexos na segurança pública.

O presidente do Legislativo, deputado Joares Carlos Ponticelli (PP), declarou que viveu nesta terça-feira a maior emoção da sua vida parlamentar. “O projeto nasceu aqui, tivemos o acolhimento do governador, das entidades ligadas às instituições religiosas. A Casa viveu um grande momento na manhã de hoje”, confessou Ponticelli.

Alto Vale do Itajaí
Aldo Schneider (PMDB) anunciou que o governador Colombo determinou o recapeamento da rua Rui Barbosa, em Rio do Sul. “Para dar segurança às pessoas que dependem dela para transitar”, informou. O líder do governo ainda enumerou diversos equipamentos que foram entregues às municipalidades do Alto Vale do Itajaí, adquiridas através de emenda do deputado federal Rogério Mendonça (PMDB/SC) e com recursos próprios do estado.

Segundo Aldo, foram entregues três motos niveladoras para Vidal Ramos, Agronômica e Imbuia; uma escavadeira hidráulica para Leoberto Leal; uma retroescavadeira para Lontras; e tratores de pneus para Pouso Redondo e Witmarsun. “As receitas dos municípios catarinenses estão comprometidas”, explicou, justificando a necessidade de utilizar recursos dos governos federal e estadual para adquirir equipamentos.

Em aparte, o deputado Renato Hinnig (PMDB) concordou com o colega de partido e defendeu a discussão de um novo pacto federativo. “Muitas atribuições foram delegadas aos municípios sem contrapartida financeira”, avaliou.

Explicação pessoal
Sargento Amauri Soares justificou o fato de aparecer em reportagem do Jornal ‘Notícias do Dia’ como réu em processos crimes. “De acordo com a reportagem este parlamentar responde a dois processos. Eu até imaginava que tinha mais”, brincou Soares, explicando que os processos dizem respeito à época em que dirigiu a Aprasc. “Foram 11 anos de mobilizações que acabaram na paralisação de 2008. Os processos vieram da Justiça Militar”, ponderou.

CPI das Águas
Angela Albino destacou a elevada discussão havida na CCJ em torno do imbróglio criado pela CPI das Águas. A parlamentar expressou solidariedade ao povo de Palhoça. “Não sabem quem é o prefeito, mas elegeram um que dizia que as Águas de Palhoça era um antro de corrupção”, declarou, acrescentando que a CPI mira a municipalização dos serviços de água e esgoto.

Rebelde
Kennedy Nunes (PSD) se declarou rebelde e se disse chocado com o fato de uma mãe ter sido levada no caixão para despedir-se do filho que estava preso em uma penitenciária no município de Lages. “Fiquei chocado com a reportagem, precisamos tomar uma atitude”, reclamou.

Aprovados
Neodi Saretta (PT) anunciou que os cursos de Computação, Geografia, História, Filosofia e Administração, oferecidos pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em Chapecó, foram aprovados no processo de avaliação do MEC. “Receberam nota quatro e Pedagogia obteve a nota máxima, que é cinco”, declarou.

Telefonia rural
Dirceu Dresch (PT) revelou que a empresa TIM se comprometeu, ao vencer leilão promovido pela Anatel em 2012, a disponibilizar sinal de telefonia móvel e internet às comunidades do interior. Segundo Dresch, a obrigação se circunscreve a 30 km no entorno das cidades sedes dos municípios. “Nosso compromisso é agilizar a implantação dessa política”, avisou.

Vítor Santos
Agência AL

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