Deputados destacam passagem do dia da consciência negra
A passagem do dia da consciência negra, celebrada segunda-feira (20), ganhou destaque na sessão da tarde de terça-feira (21) da Assembleia Legislativa.
"O movimento negro saiu às ruas para denunciar o racismo, a violência, a falta de oportunidades, o extermínio da juventude e a desproporcionalidade dos salários. Os negros são os mais afetados pela desigualdade e pela violência e enfrentam dificuldades na progressão da carreira, além de serem mais vulneráveis ao assédio moral no mercado de trabalho”, descreveu Cesar Valduga (PCdoB).
Rodrigo Minotto (PDT) lembrou que a data é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, morto dia 20 de novembro.
“Os escravos foram trazidos para trabalhar nas lavouras, mas de lá para cá se cristalizou o quadro das desigualdades econômicas que inviabiliza o acesso coletivo às riquezas, Zumbi é o símbolo da resistência à escravidão”, declarou Minotto.
Segundo o representante do PDT, a democracia brasileira tem uma dívida em aberto com os negros.
“A promoção da igualdade racial ainda exige uma agenda social de concertação para que o Brasil encontre o caminho da universalização dos direitos humanos”, justificou Minotto.
Fernando Coruja (PMDB) abordou o assunto através do programa de igualdade na primeira infância, do governo federal.
“Cada vez mais se percebe que para que as pessoas sejam iguais tem uma época que precisa de uma atenção especial: a gestação e a primeira infância. Se uma criança não tem uma situação adequada intra-útero, no parto ou na primeira infância, produz uma desigualdade difícil de ser diminuída”, opinou Coruja.
Segundo o representante de Lages, apenas os estados de Santa Catarina e Minas Gerais não aderiram ao programa da primeira infância.
“Não se integraram na proposta relacionada à primeira infância, mas é preciso prioridade para investir naquilo que vai fazer diferença”, lamentou Coruja, informando em seguida que recolhe assinaturas dos colegas para criar uma frente parlamentar em defesa da primeira infância.
VI Encontro dos Portadores de Câncer
Neodi Saretta (PT) noticiou a realização, dias 27 e 28 de novembro, do VI Encontro Brasileiro de Portadores de Câncer, que acontecerá em Florianópolis, com apoio da Comissão de Saúde da Alesc.
“O público alvo é o portador de câncer, seus familiares, voluntários, servidores da saúde e ex-portadores de câncer”, informou Saretta, acrescentando que serão discutidos temas “como tratar o câncer de maneira mais eficaz e menos tóxica” e “o que deveríamos saber sobre câncer de cabeça e pescoço”.
Contorno de Garuva
Mauricio Eskudlark (PR) criticou a sobras do trevo implantado no encontro do Contorno de Garuva com a SC-417.
“Ficou um local perigoso, vários acidentes de trânsito já aconteceram lá, o Deinfra precisa tomar algumas providências, uma obra recém inaugurada, não ficou nem uma rotatória, ficou um Deus nos acuda”, disparou Eskudlark.
Exemplo do Canadá
Ismael dos Santos (PSD) exibiu na tribuna vídeo de um brasileiro contando as consequência de ter sido flagrado dirigindo embriagado no Canadá.
“O carro foi detido, a carteira apreendida por três anos, além de adotar uma máquina que o carro não liga sem soprar ela e o carro em movimento também pede para soprar”, contou o brasileiro, referindo-se a um bafômetro instalado no automóvel.
“É um exemplo do primeiro mundo, na Itália o carro também é confiscado”, contou Ismael, que revelou que de 2013 a 2016 o Ministério Público do estado denunciou 21.940 motoristas por dirigirem embriagados.
Situação constrangedora
Roberto Salum (PRB) reclamou de um jornalista que classificou os deputados Fernando Coruja, Mário Marcondes (PSDB) e o próprio Salum de “bocudos”.
“Não sou bocudo, ele me colocou em situação constrangedora, não desafiei o governador, são jornalistas como esse que mataram meu amigo Cancelier”, reclamou Salum.
Isonomia
Roberto Salum pediu aos colegas que tratem os funcionários do Legislativo da mesma forma como são tratados os servidores do Ministério Público, Tribunal de Contas e Tribunal de Justiça.
“O MP tem as suas vantagens e ninguém tem coragem de dizer não, então fiz uma sugestão, vamos fazer um pacto, o que for aprovado doravante para o MP, o TCE e o TJ, que se faça o mesmo com os nossos funcionários”, propôs Salum.
A saúde está doente
Ana Paula Lima (PT) ressaltou as dificuldades enfrentadas pela saúde pública em Santa Catarina
“A saúde infelizmente está doente, enferma, e não está recebendo a atenção necessária do governo, quando requer ações imediatas para a Secretaria de Estado da Saúde (SES) fazer seu dever de casa”, criticou Ana Paula.
A representante de Blumenau citou o caso do Hospital e Maternidade Teresa Ramos, de Lages. “O Hospital Teresa Ramos suspendeu os exames de mamografia, (o mamógrafo) não passava por manutenção desde 2010, a normalização ainda não foi anunciada, nos casos de emergência os exames são feitos no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres”, lamentou a parlamentar.
Cinco anos do Código Florestal
Dirceu Dresch (PT) convidou os colegas e os catarinenses para participarem, nesta terça-feira, às 18h30, na Assembleia, de um debate sobre os cinco anos do Código Florestal.
“A lei 12.651/2012 criou as normas gerais sobre a proteção da vegetação nativa, garantiu tratamento diferenciado às pequenas propriedades, mas ainda há muitos desafios”, admitiu Dresch, citando, entre outros, o programa de regularização ambiental, a concessão crédito, a assistência técnica e a recuperação de APPs.
Congresso de despachantes
Manoel Mota (PMDB) destacou a realização do Congresso de Despachantes, em Criciúma, no último final de semana.
“O estado inteiro estava presente em Criciúma, cerca de mil pessoas, o evento contou com a participação do governador, do prefeito da cidade, deputados federais e estaduais, são 40 anos de funcionamento”, justificou Mota.
Segundo o parlamentar, os despachantes são responsáveis pela agilidade na confecção da documentação dos veículos.
"Fui emplacar o carro, quando entreguei a documentação perguntei ‘quando volto, amanhã?’ Me responderam ‘espera cinco minutos e você vai levar os documentos’. Quem fez esse investimento foi os despachantes de Santa Catarina”, afirmou Mota.
Roberto Salum (PRB) concordou com Mota e lembrou da época em que todos os documentos relacionados aos veículos eram expedidos pelo Detran ou pela Ciretran.
“Hoje os despachantes fazem tudo com a fiscalização do Detran, queria dar os parabéns ao deputado, mas com reparos à vistoria, que demora e depende deles”, ponderou Salum.
Foco errado
Serafim Venzon (PSDB) avaliou que o governo federal erra ao focar o déficit da previdência como argumento a favor da reforma.
“No meu entender está errando no foco de porquê reformar a previdência, enfatiza o déficit, já os contrários justificam que não precisa reformar porque existe um grande número de devedores, então não haveria déficit”, descreveu o deputado, acrescentando que dos 500 bilhões gastos nos últimos 12 meses com aposentadorias, R$ 220 bilhões foram bancados por todos os brasileiros, “inclusive por quem não paga a previdência”.
Na primeira divisão do surfe
João Amin (PP) destacou na tribuna a conquista dos catarinenses Willian Cardoso, Tomas Hermes e Iago Dora, que conquistaram vaga na elite mundial do surfe em 2018. “Desde os irmãos Teco e Neco Padaratz não tínhamos representantes”, informou Amin.
Agência AL