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18/10/2022 - 16h38min

Deputados destacam dia do médico e leis estaduais questionadas no STF

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FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

Representantes do PSDB, do PSD e do PL destacaram a passagem do dia do médico e o questionamento ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a legalidade das leis complementares estaduais 771 e 783, aprovadas no final de 2021, durante a sessão de terça-feira (18) da Assembleia Legislativa.

“Um dia importante, dia do médico, 18 de outubro. Como representante da classe na Assembleia tenho a obrigação de me dirigir aos médicos e à população. Formei em 1979, na UFSC, não tinha tomografia, não tinha ressonância, tinha livro e a arte médica dirigida às pessoas e tínhamos de fazer o diagnóstico. Formamos bons clínicos”, afirmou Doutor Vicente Caropreso (PSDB).

Para o deputado, o fundamental na medicina é saber diminuir a distância entre o médico e o paciente.

“Uma boa relação traz tranquilidade para a pessoa dizer o que ela tem, as situações pelas quais passa, muitas vezes não precisa nem solicitar exames”, explicou Caropreso, acrescentando que na Assembleia defende “a boa medicina e não o médico em qualquer situação”.

Caropreso demonstrou preocupação com a criação de dezenas de novos cursos de medicina e alertou para a falta de pediatras.

“Nos últimos anos as faculdades saíram de 181 para 386 no país e Santa Catarina foi o estado em que mais proliferaram. De uma maneira muito clara temos uma preocupação sobre o tipo de ensinamento que é feito, tenho minhas reservas, temos que rever inclusive a falta de especialidades médicas, cadê os pediatras? Sumiram. É uma situação importante de saúde pública, pois muitos plantões não fecham mais”, informou o parlamentar.

Milton Hobus (PSD) e Maurício Eskudlark (PL) também homenagearam os profissionais da medicina.

“Vossa Excelência, doutor Vicente, é um médico carinhoso, reconhecido pela contribuição para a saúde da população e à assistência hospitalar. São pessoas como o senhor que têm de estar nesta Casa. Em seu nome quero parabenizar todos os médicos e médicas de Santa Catarina”, afirmou Hobus.

“Curar quando possível; aliviar quando necessário; e consolar sempre. Hoje é dia do médico e por essa razão quero fazer uma homenagem aos médicos, essas pessoas que fazem o juramento de salvar a vida de pessoas que nem conhecem e que fazem isso nos hospitais e nas guerras, arriscando a própria vida”, discursou Eskudlark, que defendeu a realização de mutirões para zerar as filas do SUS no estado.

Já o deputado Sargento Lima (PL) comunicou que a Procuradoria-Geral da República (PGR-MPF) decidiu questionar no Supremo Tribunal Federal (STF) a legalidade das leis complementares que, aprovadas em dezembro de 2021, mudaram disposições sobre a verba indenizatória de combustíveis para os defensores públicos e a transposição de cargos sem concurso público na Fazenda.

“Foi constatado que o que fizeram aqui foi uma sacanagem com o povo, algo calculado, que avisamos e que agora está no STF. Não houve bom senso e profissionalismo nas Comissões, foi um erro infantil, acharam que ninguém estava percebendo”, afirmou Lima.

Doutrinamento na escolas
Ana Campagnolo (PL) denunciou a continuidade do “doutrinamento político” nas escolas públicas e privadas de Santa Catarina. Desta vez, a parlamentar descreveu o caso de uma professora de Antropologia da Faculdade Ielusc, de Joinville, que tuitou ofensas contra os joinvilenses por conta do resultado eleitoral.

“Joinville é uma cidade pujante, com cultura, tem único balé Bolshoi, parabéns para o cidadão joinvilense pela trajetória da cidade”, discursou Ana, informando em seguida que a faculdade afastou a professora.

Kennedy Nunes (PTB), por sua vez, denunciou um episódio de “censura” ocorrido em uma escola estadual de Gaspar, eis que uma professora de Biologia “proibiu” alunos de postarem comentários políticos em redes sociais.

DCE da UFSC
Kennedy criticou duramente o Diretório Central de Estudantes da UFSC por ter, sem a devida competência legal, determinado a suspensão das aulas na universidade.

“Fui fundador do DCE Cruz e Sousa, do Ielusc. A luta do DCE do nosso curso de jornalismo era por melhores condições de estudo, aprimoramento da grade curricular, verificação do currículo dos professores, o DCE cuidava até das questões físicas da faculdade, mas sempre voltado ao aluno”, comparou Kennedy.

Jessé Lopes (PL) concordou com Kennedy.

“Estão aí fazendo mais uma balbúrdia nas universidades, com o apoio das reitorias. O orçamento da UFSC é de R$ 1,7 bi anual e o contingenciamento foi de R$ 13 mi. Eles dizem que estão fazendo essa mobilização porque têm medo da universidade parar de funcionar, e o que fazem?”, perguntou Jessé, que acusou os alunos de utilizarem carteiras e cadeiras para construírem barricadas.

Enchentes no Oeste
Fabiano da Luz (PT) cobrou do governo estadual auxílio para os municípios atingidos pelas chuvas torrenciais que caíram sobre o estado, principalmente o Oeste.

“Por alguns anos trouxemos a preocupação do povo do Oeste com a estiagem, mas nos últimos dias estamos mais uma vez diante de uma crise, só que agora é o excesso de chuvas. Foram 350 mm em 48 horas, a maior precipitação desde 2014. Rios transbordaram, desalojando pessoas, destruindo lavouras, causando um estrago maior que a estiagem, porque lava a terra e leva todos os nutrientes e o custo para recuperar o solo é alto”, reconheceu.

Segundo Fabiano, 16 municípios do Oeste decretaram situação de emergência e 22 municípios da Grande Florianópolis reportaram danos em suas infraestruturas.

“Da mesma forma como o governo socorreu na estiagem, agora precisamos fazer um levantamento para que a Defesa Civil e o Estado ajudem a recuperar, atendendo os municípios”, insistiu.

 

 

Vítor Santos
Agência AL

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