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14/08/2018 - 18h07min

Deputados denunciam cartelização na comercialização da maçã

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Parlamentares das bancadas do PDT, MDB e PT denunciaram a formação de cartel na comercialização da maçã na sessão desta terça-feira (14) da Assembleia Legislativa.

“Sem acesso aos agentes do sistema financeiro, pequenos e médios produtores se valem do adiantamento dos armazenadores, um descalabro, eles atuam de forma cartelizada, compram, armazenam e depois fixam o preço. Os produtores estão reféns das poucas e grandes empresas que dominam o comércio nacional da maçã”, revelou Rodrigo Minotto (PDT.

Segundo o deputado, atualmente o preço pago pelos chamados armazenadores não ultrapassa R$ 0,75 o quilo.

“Há um movimento de confrontação, para restabelecer o regime da livre concorrência”, alertou Minotto, que sugeriu ao Poder Legislativo mediar a discussão junto ao governo do estado.

Mário Marcondes (MDB), Moacir Sopelsa (MDB) e Dirceu Dresch (PT) concordaram com Minotto.

“Uma situação muito complicada, terminam a safra devendo, têm de entregar para os grandes pelos preços que eles bem entendem”, declarou Marcondes, que sugeriu ao setor adotar a estratégia da indústria fumageira. “Você planta, mas você sabe por qual preço vai vender”.

“Esta é a verdadeira situação, quando terminam de colher, pagam a dívida do ano passado e daí voltam a financiar mais uma vez o capital de giro com as empresas que compram a produção”, explicou Sopelsa.

“Acompanhamos a luta dos nossos agricultores nas mais diversas atividades, nós conseguimos incluir a maçã na política de seguro do governo federal e eu e o deputado Saretta (PT) apresentamos projeto de lei para incluir a maçã na alimentação escolar”, informou Dresch.

O céu é o limite
Kennedy Nunes (PSD) e Luciane Carminatti (PT) criticaram duramente a decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de aumentar os próprios salários em 16,38% em 2019.

“Nosso repudio à decisão do STF de aumentar o próprio salário em mais de 16%, um absurdo, se corta gasto em todos os lugares, Ministério da Educação cortando bolsas de estudos de mestrado e doutorado, a Emenda Constitucional  95 congelando para os próximos 20 anos os investimentos, e os caras não têm limite, o limite é o céu, mas tem limite para o salário mínimo”, comparou Carminatti.

“Engraçado que a gente não vê a grande mídia falar disso, as entidades de contas abertas, que colocam uma lupa nos políticos, quando se trata da toga, todo mundo tem medo”, ironizou Kennedy Nunes.

97 cidades com um policial
Kennedy Nunes revelou que no momento em que falava na tribuna que havia 97 cidades em Santa Catarina com apenas um policial de serviço.

“Existem 97 cidades que estão com só um policial militar trabalhando, e tantas outras com dois, com três, com quatro, para atender dois três mil habitantes, assim a cidade não se sente segura”, avaliou o representante de Joinville, que cobrou uma solução para a falta de fetivo dos candidatos ao governo do estado.

Mais 40 vagas para Medicina
Luciane Carminatti propôs o aumento de 40 vagas no curso de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e a transformação do Hospital da Criança de Chapecó em hospital regional.

Por outro lado, a parlamentar cobrou a liberação, pelo Executivo, de emenda de sua autoria que destina R$ 1 milhão para o Hospital Regional de Chapecó.

Família Paganini
Natalino Lázare (PODE) homenageou a Banda Família Paganini, grupo de Arroio Trinta que divulga a cultura musical italiana nos três estados do Sul.

“Poucas vezes este Parlamento parou para valorizar aquilo de bom que temos na sociedade, se temos problemas econômicos e políticos, temos pessoas e entidades que dão exemplo, como Família Paganini: são dez anos, três CDs, mais de mil apresentações, a melhor banda em estilo italiano no Sul do Brasil”, afirmou Natalino.

 

Vítor Santos
Agência AL

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