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04/07/2013 - 13h06min

Deputados criticam planos da União de importar banana do Equador

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Sessão ordinária desta quinta-feira (4). FOTO: Miriam Zomer/Agência AL

O deputado Serafim Venzon (PSDB) denunciou a intenção do Ministério da Agricultura de importar banana do Equador. De acordo com o parlamentar, o pool de empresas que produz bananas no Equador domina o comércio mundial e está forçando o Brasil a importar. “A presidente Dilma autorizou a importação, mas no Equador o custo é menor e resulta em competição desleal”, ressaltou.

Ana Paula Lima (PT) tranquilizou o deputado Venzon e informou que o Ministério da Agricultura constatou dois problemas que inviabilizam as importações. “A banana deles é mais cara e eles não têm produção suficiente para exportar”, declarou a líder petista, também contrária à importação.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de banana, com área plantada de 500 mil hectares, gerando 500 mil empregos diretos, com salários anuais em torno de R$ 7,6 bilhões. Em Santa Catarina a banana é produzida em pequenas propriedades, no Sul e no Norte do estado, com destaque para os municípios de Corupá, Luis Alves, Garuva e Massaranduba.

Sargento Cláudio
Sargento Amauri Soares (PDT) alertou as autoridades que investigam o assassinato do sargento Cláudio para não se deixarem seduzir pela tese de legítima defesa. “Duas pessoas esfaqueadas pelas costas, não dá para acreditar em legítima defesa”, ponderou. Soares cobrou justiça e chamou a atenção do Judiciário e do Ministério Público para o sentimento de indignação que toma conta dos praças e familiares do sargento assassinado.

Médicos importados
Soares defendeu que as entidades representativas dos médicos façam como a OAB e passem a exigir dos formandos que submetam seus conhecimentos a exame, da mesma forma com que reivindicam uma prova para validar os conhecimentos dos médicos formados no exterior. Soares ainda destacou que os médicos “não querem ir para o interior por que lá não tem clientela para os planos privados e não têm equipamentos necessários”.

Soares responsabilizou as escolas de medicina, que “estão formando médicos que pedem exames antes de conversar com os pacientes” por parte da crise do SUS. O parlamentar reconheceu que trazer médicos do exterior “é paliativo, mas necessário”.

Jailson Lima (PT), comentando a importação de profissionais da saúde, confessou que não seria o melhor remédio. “Mas tem hora que a gente tem que dar algum”, receitou, acrescentando que há 1.300 cidades no país sem médicos.

Plebiscito, o bode na sala
Kennedy Nunes (PSD) repudiou veementemente a proposta da presidente Dilma Rousseff de realizar um plebiscito. “Parece que a solução do país está em saber se o voto é distrital, se proporcional, se vai ter ou não financiamento público. A Dilma, para dividir a carga, colocou o bode na sala”, argumentou Kennedy.

Para o representante de Joinville a agenda das ruas é outra. “O que vai mudar para o povo se coliga ou não? Estão precisando é de saúde, educação, é como se o problema do país, da falta de médico, de exame, do transporte caro, estivesse na composição dos legislativos”, comparou Kennedy, que ironizou o uso de R$ 500 milhões em um plebiscito “para saber o que o povo já falou nas ruas”, e defendeu que se pergunte à população sobre a divisão dos recursos com os municípios e o reajuste da tabela SUS.

Jailson Lima fez o contraponto e, aludindo à divisão do bolo tributário, observou que “não se muda a distribuição dos recursos do dia para noite e que em 10 anos quase 40 milhões de brasileiros saíram da linha de miséria”. Também argumentou que um programa habitacional para todo o país requer subsídios que os municípios e os estados não têm condições de bancar. “O dinheiro tem de vir de algum lugar”, avaliou, justificando os gastos da União.

Jailson defendeu a realização de uma consulta popular. “O plebiscito não é bode na sala, é fazer o que o Congresso não tem coragem de fazer”, declarou.

A ferrovia no Paraná está garantida
Reno Caramori (PP) relatou o conteúdo de reunião do Fórum Parlamentar Catarinense com o presidente da EPL, empresa de planejamento e logística do governo federal, Bernardo Figueiredo. De acordo com o representante de Caçador, a União já decidiu construir a ferrovia que liga o Cerrado ao Litoral, ligando Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao porto de Paranaguá, no Paraná. “Os 100 km da Lapa a Paranaguá custarão R$ 3 bi”, informou.

Caramori defendeu a união dos catarinenses para pressionar a União a incluir Santa Catarina no percurso da ferrovia. Uma das opções seria ligar Guarapuava a Porto União e daí até São Francisco do Sul. Outra opção é ligar Guarapuava diretamente a Mafra e desta seguir para o Litoral catarinense. “Apelo ao governo de Santa Catarina, temos de mostrar ao governo federal que o estado não pode ficar fora do processo”, 

Extinção imediata das SDRs
Padre Pedro Baldissera (PT) apresentou na tribuna a agenda política da Federação das Associações de Moradores de Santa Catarina (Famesc), definida durante o 13º Congresso Estadual, realizado no último final de semana, em Araranguá. Os lideres de associações de moradores querem a extinção imediata das secretarias regionais, o cumprimento do acordo salarial com os policiais militares e a reforma política, entre outros.

Ainda segundo Padre Pedro, os participantes do encontro defenderam  um “estado mais forte, contrapondo-se ao capitalismo, que exclui das decisões a grande maioria da população, estado forte respaldado na participação e na decisão populares”.

Vítor Santos
Agência AL

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