Deputados criticam obras em BRs só com dinheiro estadual e apagão no Oeste
Deputados criticaram o fato de que as obras nas rodovias federais em Santa Catarina terão somente recursos estaduais, além de um apagão causado por fortes ventos no Oeste na sessão de quarta-feira (20) da Assembleia Legislativa.
“O governo federal cortou as contrapartidas que ia dar aos R$ 465 milhões para as BRs 280, 470 e 163, agora só esses recursos serão aplicados nas rodovias, 100% das obras federais em Santa Catarina serão feitas com recursos estaduais, não vamos ter nada do governo federal”, reclamou Fabiano da Luz (PT).
Por outro lado, Adrianinho (PT) cobrou da Celesc mais agilidade e mais investimentos nas redes elétricas, haja vista o apagão que atingiu as regiões de Concórdia e Xanxerê.
“Trago a indignação de milhares de famílias atingidas por temporais na última semana, com fortes chuvas e ventos entre quarta e quinta passada que causaram danos na rede elétrica. Cerca de 32 mil unidades ficaram sem luz na região de Concórdia. Na região de Xanxerê, até segunda-feira, cinco dias depois, cerca de 200 unidades consumidoras ainda estavam sem energia”, criticou Adrianinho.
Segundo o representante de Xanxerê, os técnicos da Celesc trabalharam continuamente, mas não conseguiram, sozinhos, consertar os estragos. O deputado propôs que a Celesc estabeleça parceria com os municípios para que máquinas das prefeituras possam ajudar no conserto das redes.
Além disso, Adrianinho sugeriu a retirada das redes das propriedades rurais, sujeitas, ali, às quedas de galhos e árvores, para que sejam instaladas às margens das rodovias e estradas, ficando, assim, mais acessíveis à manutenção.
Preconceito contra bolsonarista
Jessé Lopes (PSL) informou que denunciará um psicólogo ao Conselho Regional de Psicologia porque declarou, durante uma live e em tom irônico, que “tem horror de atender bolsonaristas” e que “todo dia tem bolsonarista no meu divã virtual, a vontade é jogar pela janela”.
“Quero o mesmo tratamento que tiveram as doutoras Patrícia Teixeira e Marisa Lobo”, discursou Jessé, aludindo às profissionais de psicologia que perderam o registro por condenarem a ideologia de gênero.
O deputado ainda provocou o psicólogo, convidando-o para visitar seu gabinete e o do colega, Sargento Lima (PL).
“Vamos esmerilhar todos os ossos do seu corpo”, prometeu Jessé.
“Quero que o Conselho Regional de Psicologia tenha a sensibilidade de ver que ali ele disse que mataria alguém”, afirmou Lima.
Filiação de cooperativas
Adrianinho comunicou o protocolo de projeto de lei que altera a Lei nº 16.834/2015, que dispõe sobre a política de apoio ao cooperativismo, para desobrigar as cooperativas à filiação ao sindicato e Organização das Cooperativas de Santa Catarina (Ocesc) ou a qualquer tipo de federação.
Segundo o deputado, as cooperativas da agricultura familiar, por exemplo, são igualmente obrigadas a registrar-se.
“Se não têm filiação, ficam fora do sistema, fora das políticas públicas, como o troca-troca, porque somente as cooperativas filiadas podem operar o programa”, justificou.
Falta de efetivo policial
Sargento Lima voltou a criticar a distribuição do efetivo policial e cobrou o envio de mais policiais para atuarem na 5ª Região, que vai de Barra velha a Rio Negrinho. Segundo Lima, moradores de Itapoá, Araquari e Piçarras estão sendo vitimas de roubos e furtos.
Para Lima, o governo cometeu um erro ao destinar 79 policiais para a 3ª Região Militar, que compreende a Foz do Rio Itajaí, enquanto o Norte não recebeu um terço dos policiais destinados à Foz do Itajaí.
“Itapoá pede socorro, no bairro Itinga, em Araquari, os comerciantes são vítimas de furto e roubo, uma região que tinha certa tranquilidade”, descreveu Lima.
Semana do Contestado
Fernando Krelling (MDB) lembrou a passagem da Semana do Contestado e a importância da guerra fraticida para a definição dos limites regionais, principalmente das áreas em conflito.
“Um momento especial para o Planalto e o Meio Oeste", avaliou Krelling.
Estagnação até 2060
Bruno Souza (Novo) repercutiu estudo da OCDE que previu que a economia brasileira permanecerá estagnada até meados de 2060.
“Segundo a OCDE o Brasil está condenado a 40 anos de estagnação, crescerá 1,1% ao ano até 2030 e 1,4% de 2030 a 2060. É muito pouco, porque até agora cresceu colocando mais braços na economia, mais gente trabalhando, o bônus demográfico que atingiu o auge em 2010, mas a partir de 2030 vamos ter mais pessoas saindo do que entrando, com queda de 0,30% da força de trabalho por ano”, advertiu Bruno, que defendeu as reformas administrativa e tributária.
Maus tratos contra animais
Marcius Machado (PL) parabenizou o delegado Danilo Valter, de Jaguaruna, pela ação contra os chamados gigolôs de cães naquele município.
“Em uma ação retiraram dos maus tratos 48 cachorros de raça em um canil clandestino, são os gigolôs de cães, que pegam um canil e começam a criar para venda, para ganhar dinheiro”, contou Marcius, que propôs o ensino do direito dos animais na rede pública e privada de educação.
O deputado também defendeu que o programa de castração de animais, como o implantado na região Serrana, seja estendido para todo o território catarinense.
Agência AL