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28/10/2014 - 16h40min

Deputados criticam falsa divisão do país e defendem reforma política

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FOTOS: Carlos Kilian/Agência AL

Os deputados criticaram na sessão desta terça-feira (28) o clima de divisão do país propagado pelas redes sociais e retomaram a discussão sobre a reforma política. Dirceu Dresch (PT) defendeu o fim do financiamento privado de campanhas e garantiu que o país não está divido por região ou por renda. “Não há um lado vermelho e outro azul, há diversos matizes”, argumentou, acrescentando “que se criou um falso debate de ricos contra pobres”.

Ana Paula Lima (PT) defendeu a liberdade de expressão. “Nos meios de comunicação, nas redes sociais e nas rodas de família”, elencou, destacando que o projeto petista é fazer o país “crescer com justiça social para todos”. A deputada lamentou o comportamento “da mídia, da Veja, dos banqueiros e empresários”, que se uniram para derrotar Dilma Vana Rousseff. Ana Paula destacou o pronunciamento da presidente reeleita, que conclamou “todos a unirem-se em favor do nosso país”.

Serafim Venzon (PSDB) condenou a reeleição e as coligações como os males da democracia tupiniquim. “Se a gente observar nas nossas cidades e no estado quem vai a favor de quem está no poder vai em troca de algo valoroso, ou por um poder que pode se transformar em cifrão, ou pelo próprio cifrão”, analisou, referindo-se ao troca-troca de ministérios, secretarias, diretorias e outras nomenclaturas.

“De quem está no poder se cobra e o prefeito, o governador ou o presidente pode pagar”, observou o representante de Brusque, que condenou a reeleição por causa das condutas aéticas dos políticos. “Não podemos exigir que sejam santos, eles vão usar todos os instrumentos para ganhar a reeleição”, garantiu Venzon, que sugeriu como “cura” o fim da reeleição. “Acaba o comprador e o vendedor”, reconheceu.

Além disso,  Venzon disparou contra as coligações partidárias. “Ninguém se coliga gratuitamente, todos exigem algo em troca, dinheiro ou mais do que isso, a presidente é obrigada a pagar”, especulou o parlamentar. “É preciso acabar com as coligações”, decretou.

Ismael dos Santos (PSD) admitiu que o Brasil está dividido “em categorias, em formas de pensamento e em formas de administrar”, mas sugeriu que “o que ficou para trás, lá tem de ficar”. O deputado também pediu o fim dos “sentimentos amargos, azedos, que não contribuem para a democracia”.

José Milton Scheffer (PP) elogiou o debate presidencial. “Demonstrou amadurecimento e equilíbrio de forças”, avaliou, ponderando que o resultado foi “um recado para a presidente de que o governo precisa mudar para atender bem a população”. Scheffer lembrou que mais de 50 milhões de brasileiros confiaram na oposição. “Quero cumprimentar o PT e o PSDB e desejar que os próximos quatro anos sejam de progresso e oportunidades, para todas as regiões”, frisou o representante de Sombrio.

Projetos quase idênticos
Sargento Amauri Soares (PSOL), apesar de ter declarado voto na presidente Dilma, criticou sua campanha. “Eram duas propostas capitalistas”, resumiu, aludindo às propostas de Aécio e Dilma. Segundo o deputado, a presidente quase perdeu seu voto no último debate, quando repetiu que o investimento em um porto de Cuba foi realizado para satisfazer o interesse de uma empresa brasileira. “De tanto ela repetir, quase perde o meu voto. A verdade é isso aí, é uma caraterística dos investimento, é sempre um monopólio indo ocupar um espaço”, analisou.

Isenção de ICMS para hospitais
José Milton Scheffer defendeu a aprovação do Projeto de Lei nº 591/13, de sua autoria, que isenta a cobrança do ICMS nas contas de água, luz, telefone e gás dos hospitais filantrópicos. “Eles estão em dificuldade financeiras, mas atendem cerca de 60% dos pacientes SUS”, afirmou, destacando que a Tabela SUS está defasada e que somente para a Celesc o segmento deve cerca de R$ 30 milhões.

Scheffer propôs que em um segundo momento o Legislativo isente do ICMS as compras de máquinas e equipamentos feitas pelos 52 hospitais filantrópicos.

“Em um aparelho de Raio-X quase 40% são de ICMS”, criticou o parlamentar, que pediu o apoio dos pares para uma rápida tramitação da matéria.

Falta resposta
Kennedy Nunes (PSD) criticou as secretarias de Segurança Pública e de Justiça e Cidadania pela falta de respostas aos pleitos de Joinville. “Dia 26 de agosto reuniu-se o comitê temático de segurança de Joinville, delegados, oficiais da PM, Ministério Público, Defesa Civil, bombeiros, uma vez por mês avaliam a segurança”, descreveu o deputado, acrescentando que a reunião resultou em questionamentos às secretarias.

“Prometeram que seria resolvido em 30 dias, que dariam a resposta para o Comitê, estamos no dia 28 de outubro, passaram 62 dias e sequer uma resposta veio”, lamentou.

Leite adulterado
José Milton Scheffer parabenizou o Gaeco pelo flagrante de adulteração de leite no Oeste. “É uma atividade essencial, no caminho até a indústria é adulterado, prejudicando os produtores e os consumidores”, lamentou, lembrando em seguida que o leite tem mais de 200 subprodutos. “Precisamos acompanhar de perto, esse comportamento não faz parte da índole do catarinense”, disparou Scheffer.

Moacir Sopelsa (PMDB) também lamentou a adulteração do leite. “Eu sou produtor de leite, uma parceria com meu irmão, sei o quanto as famílias prezam pela qualidade do produto, quem adultera são pessoas sem consciência”, afirmou o deputado, que sugeriu aos deputados ouvir os relatos das autoridades que debelaram a adulteração.

Dia do produtor de tabaco
Mauro de Nadal (PMDB) comemorou o primeiro ano de vigência da Lei nº 16.114/13, que instituiu o dia estadual do produtor de tabaco. “Em Canoinhas estão comemorando, é um reconhecimento à cadeia produtiva do tabaco, na qual pequenos espaços de terra geram renda considerável”, declarou Nadal.

Moacir Sopelsa lembrou que seu pai foi pioneiro no plantio de fumo de estufa. “Foi a primeira estufa de Concórdia”, declarou, explicando que naquela época a atividade exigia mais sacrífico físico. “Hoje tem muita tecnologia, ficou mais facilitada a atividade”, resumiu.

Ponte Iraí-Palmitos
Nadal elogiou a liberação parcial da ponte que liga Iraí, no Rio Grande do Sul, a Palmitos, em Santa Catarina. “É uma ponte importantíssima, vamos ficar atentos e cobrando agilidade, precisamos dela toda liberada”, observou Nadal, que criticou o prefeito de Iraí, que estaria impedindo a implantação de uma balsa. “O prefeito de Iraí tem restrições”, avisou, informando em seguida que o prefeito de Palmitos está executando as obras para a balsa no lado barriga verde do rio Uruguai.

Esgoto
Silvio Dreveck (PP) lamentou que o esgotamento sanitário não tenha sido priorizado nos debates eleitorais. “É comum os órgãos ambientais reagirem quando se pensa em fazer corte de árvore”, declarou Silvio, ressaltando que esses mesmo órgãos silenciam quando se constrói rede de esgoto, mas não se faz as ligações com as unidades geradoras de esgoto.

Reno Caramori (PP), em aparte, lembrou que pediu para a TVAL filmar o esgoto lançado na rede pluvial pelas empresas de Caçador, acusadas de poluidoras, para comparar com as imagens do esgoto lançados pelas casas. “A água que saía das empresas era limpinha, já o esgoto da cidade é um absurdo, transformou o rio do Peixe em um corredor de merda”, deplorou Reno. 

Dia 28 de outubro na história catarinense
1745 – Procedeu-se, nesta data, a benção da capela do forte de Santo Antonio dos Ratones, na ilha homônima, localizada na baia norte da ilha de Santa Catarina.
1899 – Circulou em Desterro o primeiro número do jornal “O Gato”, cuja duração não ultrapassou esse mesmo ano.
1901 – Circulou, em Desterro, o primeiro número do jornal “O Brazil”, que resistiu até 1902.

Vítor Santos
Agência AL

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