Deputados criticam ação do MPT e benesses para a elite do funcionalismo
Parlamentares criticaram a ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) contra o trabalho escravo em Ituporanga, assim como a concessão de benesses à elite dos servidores públicos na sessão de terça-feira (14) da Assembleia Legislativa.
“Semana passada aconteceu algo que entristece, o MPT e a polícia batendo na porta de plantadores de cebola que movem a economia, tratando o agricultor como bandido”, declarou Ricardo Alba (PSL).
Segundo o deputado, tratam-se de migrantes que vêm atrás de emprego, geralmente pernambucanos, e que são contratados, têm moradia, recebem alimentação, água, luz e salários.
“Isso é trabalho escravo?”, perguntou Alba, acrescentando que o MPT multou um plantador de cebola em R$ 300 mil pelo uso de mão de mão de obra em condições análogas à escravidão.
“Não procede a acusação contra o agricultor, é uma vergonha o que o MPT fez em Ituporanga, taxando de criminosos aqueles que trabalham a terra. O MPT vai ser questionado, vou a fundo, conheço os agricultores e não tenho medo de avalizar o trabalho honesto deles”, garantiu Alba.
Nilso Berlanda (PL), vice-presidente da Casa, concordou com Alba.
“Realmente é muito grave o cidadão vir trabalhar e não ter oportunidade”, pontuou Berlanda.
Já o deputado Kennedy Nunes (PTB) denunciou a presença de jabutis em projetos de leis com várias benesses à elite dos servidores públicos. Entre as concessões, destaque para vale gasolina para quem está em home office; 1/3 do salário de abono; um dia de folga a cada três trabalhados; e a transposição de contadores para auditores sem concurso.
“Nunca vi nada parecido. Por que não falam em inflação, por que são tão vorazes com o dinheiro público? Fiquem de olho no que esta Casa vai aprovar nessas duas últimas semanas”, alertou Kennedy.
Plano 1000
Paulinha (sem partido) repercutiu o lançamento do Plano 1000, programa do governo do estado que destinará recursos aos municípios calculados na proporção de R$ 1 mil por habitante.
“É uma ação integrada da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF), Casa Civil, Secretaria de Infraestrutura e será um divisor de águas na história do desenvolvimento do estado. A primeira fase terá cerca de 70 cidades, elegíveis pela população ou situação específica, como as cidades portuárias e turísticas. Qualquer prefeito pode acessar e buscar benefícios diretos para sua gente e nós sabemos o quanto isso é raro”, opinou Paulinha.
Causa animal
Paulinha defendeu a aprovação de projeto de lei que impede a corrida de cães galgos no estado, de autoria do deputado Marcius Machado (PL) e de outros parlamentares.
“Santa Catarina é um estado que respeita sua gente e seus animais, não podemos ignorar os maus tratos que acontecem no dia a dia. Temos de trabalhar para edificar uma sociedade melhor, corrigindo esses desvios que ainda acontecem”, avaliou a ex-prefeita de Bombinhas.
A deputada ainda defendeu a criação do Conselho de Proteção Animal e uma estrutura administrativa mínima para coordenar as ações de proteção animal.
Agência AL