Parlamentares cobram a recuperação da SC-135, entre Matos Costa e Porto União
Membros das bancadas do PMDB e do PR cobraram a recuperação da rodovia SC-135, que liga as cidades de Matos Costa e Porto União, no Planalto Norte barriga-verde. “Quero me solidarizar com muitos catarinenses que ao se deslocarem pela SC-135 se deparam com uma rodovia completamente exaurida, em colapso total, com acidentes que se repetem todos os dias”, declarou Valdir Cobalchini (PMDB), durante a sessão ordinária desta terça-feira (7) da Assembleia Legislativa.
Cobalchini admitiu que a situação da rodovia tem causado constrangimento às lideranças locais. “Quero eximir o governador da responsabilidade, antes de deixar a Secretaria de Infraestrutura colhi a assinatura do governador para o lançamento de edital de recuperação daquele trecho. Infelizmente, por conta da burocracia até o momento as providências não foram tomadas, é situação inaceitável”, esclareceu o representante de Caçador, que cobrou do governador “lançamento imediato do edital”.
Mauricio Eskudlark (PR) concordou com as críticas. “A situação incomoda, demorei quase uma hora para fazer o trajeto, andando a 20 km/h. Chovia e vi uma família trocando o pneu na escuridão. Os filhos, com medo, nem quiseram ficar dentro do veículo”, informou Eskudlark, que reivindicou medidas urgentes do Deinfra. “A cobrança é muito grande”, justificou.
Ivan Naatz
Tomou posse na tarde desta terça-feira o deputado Ivan Naatz (PDT), de Blumenau. Depois de jurar à Constituição e ser declarado empossado pelo presidente Gelson Merisio (PSD), Naatz fez um retrospecto de sua trajetória e revelou que foi empossado deputado pela primeira vez em 3 de junho de 2008. “Foi minha primeira compreensão do processo político, relatei a lei que deu fim ao Ipesc, hoje volto mais maduro, mais preparado para a missão que o povo de Blumenau e do Vale do Itajaí me confiou”, confessou o deputado.
Naatz emocionou o plenário e as galerias ao referir-se à morte do filho. “Ele está aqui, embora não possa abraçá-lo, posso vê-lo caminhando como naquele 3 de junho”, contou Naatz, que agradeceu o gesto do deputado Rodrigo Minotto (PDT), cuja licença de 60 dias permitiu sua posse. O novo deputado informou que defenderá a criação da região metropolitana de Blumenau. “A grande causa do Vale”, justificou o deputado.
MST x floresta nacional
Padre Pedro Baldissera (PT) defendeu a invasão, pelo MST/SC, de cerca de 800 hectares da floresta nacional localizada entre os municípios de Chapecó e Guatambu, no Oeste. “São mais de 1.600 hectares, cerca de 800 são de mata virgem, esta área o movimento não tem ocupado, mas ocupou uma faixa de 800 hectares onde existem pinus eliotis, plantados há mais de 40 anos”, descreveu Padre Pedro.
O deputado explicou que nasceu e se criou às margens dessa floresta. “Conheço muito bem esta área, passei pelo meio muitas vezes. É inadmissível que uma floresta nacional possa ser tomada com um plantio por mais de 40 anos de pinus, é uma área bonita, com terras planas, aonde se poderia produzir muito alimento”, sugeriu o deputado, revelando em seguida que os sem terra planejam produzir alimentos orgânicos ou agroecológicos no local.
Interdição de escolas
Antonio Aguiar (PMDB), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, informou que visitou uma unidade escolar em Bela Vista do Toldo, no Planalto Norte. “A família tem de saber em que lugar o filho tem o seu segundo lar, se tem banheiros decentes, se a cozinha não está contaminada”, declarou Aguiar.
O deputado afirmou que a comissão está fazendo uma radiografia das escolas. “Queremos saber quantas escolas têm problema, quais escolas foram reformadas, quanto temos para investir”, frisou o representante de Canoinhas.
Álvaro Pille
Valdir Cobalchini noticiou na tribuna a morte do juiz aposentado Álvaro Pille, ocorrida na sexta-feira (3). “Foi secretário de Segurança Pública, um advogado brilhante, nasceu em Itá, morou em Concórdia e atualmente residia em Indaial. Uma trajetória irretocável”, declarou Cobalchini, que expressou solidariedade à família e aos amigos do ex-juiz.
Pavan no Parlasul
Leonel Pavan (PSDB) destacou sua ascensão à presidência do Parlamento do Mercosul (Parlasul), ocorrida no último encontro dos membros da instituição, realizado em Aracaju (SE), nos primeiros dias de junho. “Tive a honra de assumir a presidência do Parlasul, que congrega deputados dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul”, descreveu Pavan, que garantiu a continuidade da luta “por projetos comuns” dos quatro estados.
Vicente Caropreso (PSDB) parabenizou o colega de partido e sugeriu esforço para harmonizar as leis sanitárias entre os países membros do Mercosul. “Principalmente na área de medicamentos, é uma esperança que temos”, revelou Caropreso. Pavan agradeceu a sugestão. “O Parlasul será a mola propulsora para que todos estejamos conscientes e preparados para os desafios”, prometeu o presidente do Parlasul.
Presidente sem comida
Dirceu Dresch (PT) ridicularizou a decisão do presidente interino Michel Temer de cortar recursos destinados à cozinha do Palácio do Planalto, bem como viagens da presidente afastada em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). “Um absurdo cortar o alimento da presidente, Dilma vai continuar a viajar e a reagir a este golpe descarado”, declarou Dresch, que lembrou que sete ministros de Temer são acusados de corrupção.
Digital
Leonel Pavan repercutiu o lançamento do edital para melhorias na SC-414, conhecida como Transbeto, que liga a BR-101 ao Parque Beto Carrero, em Penha. “Tem a minha digital, fiz muitos pronunciamentos, enviei requerimentos, convoquei reuniões com secretários, fiz reunião com o governador e com o presidente da Celesc”, contou Pavan.
Por outro lado, Pavan criticou duramente o secretário regional local, que creditou a si mesmo os méritos pelo lançamento do edital. “O que estou fazendo aqui na tribuna? Nós pleiteamos a obra, aí o secretário publica ‘uma vitória do secretário’. Só por que é candidato a prefeito de Penha? É uma vergonha, causa revolta, dá impressão de que somos bobos”, desabafou Pavan, que acusou o secretário regional de “vangloriar-se de um ato de nossa luta e de bater continência com o chapéu dos outros”.
Criança mal educada
Mauricio Eskudlark (PR) responsabilizou os pais pela tragédia que resultou na morte de um menino de dez anos, baleado por policiais no Rio de Janeiro. “Um garoto de 10 anos assaltando, ele convidou o amigo para assaltarem o condomínio, mas chegaram, tinha uma caminhonete com vidro aberto, roubaram a caminhonete. Notificada, a polícia localizou o veículo, deu sinal para os autores pararem e não pararam. Os policiais foram recebidos a tiro, revidaram e mataram o menor”, descreveu Eskudlark.
“Quem fez isso foi a mãe, que não soube dar educação, que deveria estar presa por isso. Ela já foi presa por tráfico, o pai está preso por tráfico. Tentaram incriminar a polícia, mas a polícia não sabia quem estava dentro do carro, sabia que era um ladrão e infelizmente matou”, concluiu Eskudlark.
Centro de Eventos de Balneário Camboriú
Fábio Flôr (PP) anunciou na tribuna que se a União não repassar os R$ 55 milhões previstos para a execução do Centro de Eventos de Balneário Camboriú, a prefeitura local bancará os recursos. “Estamos na expectativa de receber R$ 55 milhões do governo federal, mas não havendo certeza (do repasse), o município fará o aporte do dinheiro que resta para concretizar o sonho de mais de uma década da comunidade”, declarou. Em aparte, Leonel Pavan lembrou que a obra é estadual. “O governo do estado tem de botar, é obra do estado”, opinou Pavan.
Agência AL