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29/06/2021 - 17h12min

Deputados alertam: 94 mil cirurgias eletivas represadas e perigo na SC-418

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Parlamentares do PSDB e do PL alertaram o Executivo para o crescimento no número de cirurgias eletivas represadas, atualmente estimadas em 94 mil, e para o perigo representado pela erosão na lateral da pista da SC-418 durante a sessão de terça-feira (29) da Assembleia Legislativa.

“O número assusta e cresce rapidamente. Em 2019 eram 73 mil pessoas aguardando uma cirurgia, em abril de 2021 a fila já somava 94 mil pessoas. Sucessivas portarias autorizaram essas cirurgias nas janelas que a pandemia abriu, mas foram poucos dias”, relatou Doutor Vicente Caropreso (PSDB).

Segundo o parlamentar, proibir cirurgias eletivas que demandam o uso de UTIs foi necessário para garantir o acesso ao kit intubação para os casos graves da Covid-19.

“Além da falta de leitos, a rede de hospitais filantrópicos encontra dificuldades na compra do kit intubação, que estão custando oito ou dez vezes mais e os distribuidores estão com dificuldade para entregar. Não há falta do kit, mas também não há em estoque”, confidenciou Caropreso.

O representante de Jaraguá do Sul explicou que a queda do número de óbitos pela Covid infelizmente não diminuiu a pressão sobre o sistema de saúde.

“Cerca de 92% dos leitos de UTI estão ocupados, por isso o represamento das cirurgias eletivas é hoje o grande gargalo da saúde. É urgente imunizar contra a Covid para desafogar os hospitais”, defendeu Caropreso, que propôs aumentar os repasses aos nosocômios e a compra, pelo estado, de kits intubação para uso na rede filantrópica.

Já o deputado Sargento Lima (PL) pediu uma rápida ação do Executivo para evitar uma tragédia no km 27 da SC-418, que liga Joinville ao Planalto Norte, haja vista a ocorrência de um deslizamento que ameaça a pista da rodovia.

“A rodovia está tão perigosa que em qualquer lugar do mundo civilizado estaria interditada. Estamos há dois anos pedindo uma contenção, um estudo científico, tem dinheiro para fazer isso, porque o dia que desmoronar será uma carnificina, será uma pilha de veículos”, advertiu Lima.

Caso Lázaro
Jessé Lopes (PSL) comemorou na tribuna o fim da caçada a Lázaro Barbosa, abatido com cerca de 38 tiros pela força tarefa da polícia goiana, que mobilizou cerca de 200 homens, helicópteros, equipamentos de última geração e um dispêndio de vários milhões de reais.

“Dia 28 é o dia do orgulho da polícia que mandou para o inferno o lixo humano do tal de Lázaro”, discursou Jessé.

Contrato definitivo
Ismael dos Santos (PSD) cobrou do governo do estado o contrato definitivo com o Dnit relativamente à aplicação dos R$ 200 mi aportados pelo estado para as obras de duplicação do trecho entre Navegantes e Indaial da BR-470.

“Solicitei uma cópia da minuta do convênio de delegação do investimento de R$ 200 mi, mas a minuta é de 26 de maio, já passou um mês e não recebemos o contrato definitivo. Cobrei do Dnit, que também não recebeu nada. Está na hora de consolidar esse convênio”, propôs Ismael.

Perdas para a Covid & corrupção na compra de vacinas
Luciane Carminatti (PT) lamentou a perda de mais de 514 mil vidas para a Covid-19 e exibiu no telão da tribuna o depoimento de uma jovem senhora de Chapecó que perdeu o companheiro, vítima do vírus que continua circulando entre os catarinenses.

“No dia seguinte à morte do meu marido, o homem que deveria zelar pela saúde, que deveria ter nos dado a vacina, falou ‘chega de frescura, chega de mi mi mi, vocês vão ficar chorando até quando?’ Vou chorar até quando quiser e enquanto puder. Quero justiça e é para isso que a gente precisa lutar”, declarou, indignada, a viúva.

Carminatti também repercutiu denúncia feita pelo deputado Luis Miranda (DEM/DF), que integra a base do governo na Câmara dos Deputados, de superfaturamento na compra da vacina indiana, denominada Covaxin.

“Em plena pandemia, 1.000% de faturamento, dez vezes mais cara que a vacina da Pfizer. O Ministério fechou a compra por valor mil vezes maior do que seis meses antes foi anunciado pelo próprio fabricante. E o denunciante declarou ter avisado pessoalmente o presidente Bolsonaro”, afirmou Carminatti.

Perdendo dinheiro com o turismo
Ivan Naatz (PL) elogiou o jornalista Anderson Silva, do Grupo NSC, pelo alerta que fez aos dirigentes públicos sobre a perda de dinheiro com o turismo em Santa Catarina.

“Essa semana a gente teve o grande feito do turismo, a neve. Ela chega, as coisas acontecem, as reportagens chamam a atenção e movimentam toda a região Serrana, que ganha dinheiro. Mas trago como reflexão uma nota do Anderson Silva, Santa Catarina perde dinheiro com o frio, o potencial é muito maior, porque o nosso estado não consegue absorver toda a demanda por falta de infraestrutura”, lamentou Naatz.

O deputado cobrou pequenos gestos do Executivo, como internet, estradas bem cuidadas, facilitação de crédito e treinamento para os operadores do turismo serrano.

Federalismo de fato
Bruno Souza (Novo) defendeu um novo federalismo, no qual os estados detenham mais poder legislativo.

“Nossos estados são meros administradores do direito nacional, precisamos falar disso, temos pouquíssimas prerrogativas para mudar a vida dos catarinenses. Não faz sentido o Brasil, com estados do tamanho de países, com leis iguais. As prioridades não são as mesmas”, garantiu Bruno.

O deputado lembrou que uma resolução aprovada pela Casa, se aprovada por outras 13 assembleias, possibilitará a proposição de emenda constitucional no Congresso Nacional dando mais poderes aos legislativos estaduais.

Kennedy no PTB
Kennedy Nunes (PTB) anunciou que aceitou convite da direção nacional do PTB e filiou-se ao partido para concorrer a uma vaga ao Senado nas eleições de 2022.

“Vou ter a grata satisfação de presidir o PTB no estado, me sinto honrado pelo convite, que faz parte do convite da ministra Damares, que nos deu a missão de no próximo ano representar as famílias em uma candidatura a senador”, justificou Kennedy.

Sardinha em conserva
Ivan Naatz denunciou movimentação política em Brasília para retirar a sardinha em conserva dos produtos com alíquota zero na Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul (Letec).

“Há um movimento em Brasília para retirar a sardinha em conserva da Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul. Isso vai deixar nossa produção extremamente desvantajosa em relação ao produto importado, por isso tem de permanecer o incentivo fiscal para competir com os produtos que vêm do exterior”, afirmou Naatz.

 

Vítor Santos
Agência AL

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