Defesa Civil elabora plano para minimizar efeitos da estiagem do Oeste
A Secretaria de Estado da Defesa Civil quer transformar Santa Catarina, já no ano que vem, no primeiro estado resiliente do país, ou seja, capaz de resistir, absorver e se recuperar de forma eficiente dos efeitos de um desastre natural e de maneira organizada prevenir que vidas e bens sejam perdidos. Para isso, mais um passo importante foi dado na última semana, com a assinatura do plano de trabalho entre a secretaria, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) para a elaboração do Plano Diretor de Estiagem do Oeste do estado.
“Nosso objetivo com o plano diretor é entender o que ocorre, saber quais as reais necessidades e o que tem que ser feito para que a população saiba conviver com a estiagem sem que ocorram danos para a vida humana e para a economia do Oeste”, explicou o secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli.
O estudo abrangerá 118 municípios das regiões de São Miguel do Oeste, Chapecó, Xanxerê, Concórdia e Joaçaba. A expectativa é que ele esteja concluído em um ano. Para isso, serão investidos R$ 306 mil.
Segundo a Defesa Civil estadual, de 2002 a 2012 foram 1.003 registros de situação de emergência por causa da estiagem no Oeste. Em 2014, até esta segunda-feira (7), 57 municípios comunicaram problemas à Defesa Civil. “No entanto, neste ano, nenhum dos casos implicou em danos para o abastecimento de água da população. Foram relatados problemas na agricultura e na pecuária, por causa das altas temperaturas, que aumentaram o consumo de água”, disse o secretário.
As medidas adotadas atualmente durante a estiagem, como a perfuração de poços artesianos e a construção de cisternas, são consideradas paliativas. Além de indicar quais os investimentos que devem ser feitos para minimizar os efeitos da estiagem, o plano diretor, segundo Moratelli, vai orientar como deve ser o aproveitamento dos recursos hídricos do Oeste pela agropecuária, de forma a evitar escassez de água, apontando, inclusive, a ocupação adequada do solo. “É uma forma de permitir o uso racional e sustentável desse recurso para que não haja prejuízos nem para o consumo da população nem para a economia da região”, afirmou.
Agência AL