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24/06/2013 - 15h31min

Debate aborda questões econômicas e ambientais da produção de carvão

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Seminário Carvão Mineral. Foto: Fábio Queiroz

Durante o dia de hoje (24), as assembleias legislativas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul promovem, no Plenário Osni Regis, o seminário “Panorama Energético e o Carvão Mineral”. Para encerrar a primeira parte do encontro, foi realizado um debate com a mediação de Ruy Hülse, presidente do Siecesc (Sindicato da Indústria de Extração do Carvão Mineral do Estado de Santa Catarina). Questões econômicas e ambientais marcaram os pronunciamentos.

Gilmar Bonifácio, representante do Movimento Içarense pela Vida, da cidade de Içara, no Sul do estado, chamou a atenção dos presentes para os fatores poluentes da produção do carvão mineral. Disse que na realidade, muitas comunidades são contra a extração do minério devido aos danos que provoca na natureza. “Os meios de comunicação repetem e repetem que a energia é limpa e barata. Mas é barata para quem e a custa de quê?”, reclamou.

Bonifácio se disse assustado pelo fato de que por cinco anos se pediu a volta do carvão aos leilões de energia, mas que só agora se busca políticas públicas de incentivo. “Agora se tem uma corrida contra o tempo para que a energia fique barata. Então ela não é barata?”, questionou ao solicitar aos deputados que analisem os custos de produção do carvão.

“Não vi até agora ninguém calcular os milhões de litros de água que são retirados do solo para lavar o carvão e depois devolver esta água poluída ao meio ambiente”. O representante do movimento de Içara ainda disse ser inconcebível o custo de uma tecnologia para “limpar” a produção de carvão. “O lugar para este debate é esta Casa do povo”, destacou.

O vereador de Bagé, no Rio Grande do Sul, Antenor Teixeira (PP), defendeu a produção de carvão e disse que quem é contra “deve apresentar as alternativas” em relação ao uso do mineral. Afirmou que em sua região as famílias são a favor da extração do minério. “Pode perguntar para qualquer um. Todos apoiam”.

Para Teixeira, o governo federal deve apresentar alternativas para a produção com menos danos ambientais. “Precisamos pressionar o governo federal para disponibilizar a tecnologia pela produção mais limpa do carvão mineral. O carvão não pode ficar de fora da matriz energética”, disse.

Fernando Zancan, presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral, um dos palestrantes do evento, ponderou dizendo que ninguém está pedindo dinheiro do governo federal e, sim. isonomia frente aos demais meios de produção de energia elétrica. “Queremos ser iguais aos outros”. Sobre as questões ambientais, disse que todos os meios de produção têm problemas ambientais, como na Amazônia com a produção hidrelétrica.

Rony Ramos
Rádio AL

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