Curso capacita pais e professores sobre síndrome de Down
“Crescendo com a síndrome de Down” é o tema de curso de capacitação promovido nesta segunda-feira (24), no Auditório Antonieta de Barros da Assembleia Legislativa. Ao longo do dia, profissionais de diversas áreas vão atualizar conhecimentos e esclarecer dúvidas de pais e professores. A Associação Amigo Down realiza o evento, em parceria com a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
A oportunidade de obter informação e atualizar conhecimentos é importante para que pais e professores estimulem desde cedo as crianças com síndrome de Down e, dessa forma, aumentem as suas potencialidades, de acordo com a presidente da associação, Maria Zita Goedert Lehmkuhl. “Se estimuladas, as crianças com a síndrome vão longe”, disse, exemplificando que a filha dela tem síndrome de Down e aprendeu a ler e escrever, estuda e canta no coral da escola.
O deputado José Nei Ascari (PSD), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, destacou o papel da comissão como instrumento para formulação de políticas públicas. “Muitas leis e iniciativas surgiram em eventos desta natureza, que subsidiam a atuação dos parlamentares e o aperfeiçoamento da legislação.”
Também presente no evento, o deputado José Milton Scheffer (PP) afirmou que “o conhecimento é a ferramenta na busca dos direitos e da inclusão”, parabenizando as entidades pelos esforços de atualização e conscientização. A deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB) complementou que a garantia dos direitos da pessoa com síndrome de Down precisa vencer ainda muitas indagações, preconceitos e “a necessidade de capacitações cada vez mais esclarecedoras que possam levar à inclusão social”.
Programação
“Como as pessoas com síndrome de Down estão sendo atendidas em saúde e educação? Será que cada um está fazendo seu papel?” As indagações são da médica Gisele Rozone De Luca, pediatra e geneticista do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG). Ela palestrou sobre a situação atual na atenção à saúde em Santa Catarina e falou sobre as dificuldades das famílias no acesso a um direito que é o da prioridade no atendimento de saúde para as pessoas com síndrome de Down.
Conforme Gisele, quando a criança chega ao HIJG tem o atendimento prioritário assegurado, mas nem sempre isso acontece na rede básica, que deve fazer o encaminhamento das famílias. A especialista defende a necessidade de melhor formação técnica e humana para os profissionais da área da saúde nas diversas graduações – medicina, enfermagem, assistência social e pedagogia, por exemplo.
No decorrer da manhã, o curso vai abordar outros aspectos como a genética e o aconselhamento genético, o cromossomo 21 e cuidados com a saúde do paciente com síndrome de Down. No período da tarde serão abordados temas relacionados à família, ao professor e ao processo de inclusão, profissionalização e sexualidade.
Agência AL