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16/09/2016 - 14h21min

Critérios para doação de sangue mais rígidos podem evitar contaminação

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A partir desta semana, a triagem clínica de doadores de sangue em todo o país segue critérios específicos para prevenir a transmissão dos vírus zika e chikungunya por meio de transfusão sanguínea. A nova orientação foi divulgada em nota técnica conjunta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde na segunda-feira (12).

A mudança foi baseada em estudos recentes que indicam que a transmissão de zika e chikungunya também pode ocorrer pelo sangue. Outra evidência considerada é a possibilidade de transmissão de zika por contato sexual com portadores do vírus.

A nota técnica aponta uma série de requisitos que devem ser adotados na triagem de doadores pelos serviços de hemoterapia de todo o país. Agora os candidatos à doação de sangue diagnosticados clinica ou laboratorialmente com um dos vírus não podem doar por um período de 30 dias após a recuperação completa. O mesmo intervalo de impedimento vale para pessoas que tiveram contato sexual com alguém que apresentou diagnóstico de zika nos últimos 90 dias.

Além disso, as pessoas que estiveram em regiões com epidemias confirmadas para chikungunya ou que residam nestes locais com número elevado de casos registrados também são consideradas inaptas a doar sangue por 30 dias. “Por exemplo: se um morador de Santa Catarina que esteve na Bahia quiser doar, fica impossibilitado por 30 dias após a passagem pela área considerada epidêmica. Tentamos fechar um pouco as fronteiras, limitar o acesso das pessoas à doação de sangue nos locais onde não existe a epidemia”, disse a diretora geral do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc), Denise Linhares Gerent.

Acesse o Boletim Epidemiológico 28/2016 sobre a situação da dengue, febre do chikungunya e zika vírus em Santa Catarina, atualizado em 3 de setembro.
 

A nota indica, ainda, que os critérios de inaptidão clínica para o candidato à doação de sangue podem ser mais rígidos caso o serviço de hemoterapia considere mais apropriado para a realidade local. “Cada estado pode tomar medidas que ache necessárias, de acordo com a característica epidemiológica da região. A intenção sempre é tentar proteger quem vai receber o sangue, reduzir os riscos de contaminação”, ressaltou Denise.

Outro cuidado a ser observado pelo doador é informar o hemocentro caso apresente sintomas como febre, ínguas, gripe ou diarreia até 15 dias após o procedimento. O comunicado permite o descarte de possíveis bolsas de sangue contaminadas ou o acompanhamento dos receptores.

Conforme a Anvisa e o Ministério da Saúde, as medidas preventivas podem ser alteradas diante novas evidências sobre os vírus zika e chikungunya.

Santa Catarina
De acordo com a diretora geral do Hemosc, a unidade já tomava precauções relacionadas a critérios mais rígidos na triagem clínica quanto a sinais e sintomas das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. “Num primeiro momento, em 2015, considerávamos inapto por 60 dias o candidato à doação que tinha passado por área endêmica. Santa Catarina foi mais restritiva, se compararmos com outros estados, porque a medida não prejudicava tanto os nossos estoques. Depois, passamos a adotar os 30 dias”, comentou Denise.

A médica manifestou sua preocupação quanto ao aumento do número de casos de dengue, zika e chikungunya registrados em Santa Catarina em relação ao mesmo período do ano passado. O desafio, segundo ela, é manter os estoques do banco de sangue em níveis adequados “Nossa situação deve se complicar um pouco, pois, infelizmente, os casos devem aumentar, limitando o número de doadores. Devemos manter a luta contra o mosquito. Precisamos da conscientização de todos para que ajudem a eliminar os focos do Aedes.”

(Com informações da Ascom/Anvisa)

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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